Curiosamente, encontrei-o ontem, bem perto, num voo da ainda nossa TAP.
O Professor Campos e Cunha foi ministro de Estado e das financas em 2oo5 [uns 4 meses], interrompendo uma bela carreira academica na UNL. E entre 1996 e 2oo2, governador do Banco de Portugal.
E hoje continua do lado da razao: Socrates e o PS so estao no Governo porque nao ha oposicao do PSD, e porque os partidos minoritarios nunca foram para os portugueses uma opcao de voto. Depois queixem-se.
'Museu Berardo' traz o playboy de subúrbio aos museus.
Como sempre, deixei a poeira assentar [neste caso não demasiado, porque não me admira que a poeira voe em breve] e visitei o 'Museu Berardo', que aloja obras do homem sobre o qual mais se fala em Portugal, seja pelo BCP, pelo Benfica, pelo Museu, ou simplesmente porque não pára de aparecer na imprensa, em estilo readymade.
O CCB, aka 'Centro Cultural Berardo', para alguns 'centro comercial', trouxe uma novo cenário para os museus em Portugal.
Acabou a ideia de sossego associada a um vigilante de museu: agora, o CCB está em estado de sítio -- os visitantes não ligam nenhuma às linhas que no chão indicam a distância a ter das obras, urram de um lado para o outro das galerias, ouvem-se crianças a chorar, ou a correr, ou a mexer nas obras. Ou a arrastar-se pelo chão, o que vendo bem, até pode ajudar a quem iria limpar o pó. Só faltavam pitbulls e um chuning.
Mas o público do CCB não ficou maluco. O que acontece é que a fauna que por lá se vê, para citar uma amiga minha, não é nada do que se vê normalmente num museu. Quem ia, deixou de ir. Quem vai, estava normalmente num qualquer subúrbio.
Berardo deve pois estar satisfeito: o objectivo de trazer o 'povo' ao museu fica cumprido, pelo menos até ao fim do ano, porque a entrada é grátis.
O museu deixou de ser um local de contemplação de arte para ser um local de turismo, onde se tira uma foto para por no screensaver do PC umas semanas, ou num álbum, ou num folder perdido no computador, ou colado ao frigorífico.
A experiència não é ver arte: é tirar umas fotos. E depois olhar para elas.
Mas o que é mesmo impressionante neste Museu Berardo é, e ainda no domínio da sociologia, que as fotos não são das obras em si, mas das pessoas que visitam o museu. Fotos dos filhos desdentados a dizer adeus ao lado de umas latas de Campbell soup, ou do pai trintão e de barba por fazer ao lado de um David Hockney.
Ou até de toda a família [chamaram-me a atenção quando ouvi o bip-bip-bip do temporizador da máquina], colocando um a camera e correndo todos para o pé de um quadro qualquer a dizer adeus ou a fazer caretas, ou a fingir que seguram um quadro, ou que são eles próprios parte do quadro.
Essencialmente, os portugueses deram função ao Museu Berardo: substituir a extinta Feira Popular.
Não digo que não; pelo menos quando passar ao lado o edifício não me faz tanta impressão. Mas também eu não ia ao Campo Grande...
O que gostei? O logotipo da Fundação Berardo, embora demasiado semelhante aos símbolos da Bentley e da Breitling.
E 3 quadros:
Jan ARP [c.1926], sem título
Pablo PICASSO [1947]Femme au Fauteil
Raymond HAINS [1970] Seita
Assinalei outras 23 obras como de boa qualidade, mas estas 3 eram as que correspondiam ao meu gosto estético.
Na próxima semana publico as conclusões que tirei da leitura dos estatutos da Fundação, que acabam por ser 'o' documento para avaliar o 'negócio' entre Berardo e o Governo, que tanto se discutiu há uns tempos, mas creio que sem grande substância e nenhumas conclusões úteis. Abaixo seguem os devidos links.
Diz-se que o português é o rei do desenrasca. O personagem que, sem qualquer preparação, se 'safa' da situação difícil. Sem qualquer organização ou planeamento, depara-se com um cenário de catástrofe e 'lá se arranja'.
E assim se vai 'andando'.
O resultado nunca é 'óptimo', mas a mediania, ou a mediocridade, é 'melhor que nada' e o povo, 'brando', não se importa. Porque... 'podia ser [bem] pior'.
Etc., etc.. Balelas.
Tendências podem inverter-se, mas a tendência do nosso país é -- e temos razão no nosso realismo [mas não no fatalismo] -- para o abismo.
É normal.
Só temos democracia desde 1975. Estamos em 2oo7.
Nestes 32 anos, a coisa foi simples.
Nos primeiros 5, de 1975 a 1980, vivemos em total incerteza política, social e económica.
De 1980 a 85 não deve ter sido muito diferente.
E da adesão à 'CEE' até hoje, tivemos 20 anos bem claros: recebemos dinheiro que gastámos e não investimos.
Ou, se quisermos, que alguns receberam e gastaram em Ferraris e afins, e não investiram devidamente nos meios de produção, seja indústria, serviços ou pesca, e sobretudo educação e inovação tecnológica: o 'milagre irlandês' não nasceu do nada.
Agora, com o alargamento a leste, o fim dos quadros comunitários de apoio como os conhecíamos: os novos países da 'Europa a 27' são o Portugalete dos anos 90, e Portugal devia agora viver dos resultados do investimento dos subsídios que recebeu.
Com o alargamento, Portugal deixa de receber, mas não deixa de dar [sobretudo para cumprir com o histerismo orçamental, designadamente os limites ao endividamento / défice público].
E agora nada sobra: o dinheiro deixou de cair e o investimento, inexistente, não pode dar frutos.
Por isso ninguém pode esperar o fim da crise: o fim do buraco não chega, até porque a queda a sério começa agora.
'REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Assembleia Legislativa
Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira n.o 13/2006/M
Protocolo na Região Autónoma da Madeira
Considerando que, ultrapassando critérios de bom senso, de boa educação e de realismo, a Assembleia da República, insolitamente, pretende incluir na vertigem regulamentarista e positivista da inflação legislativa matérias de protocolo;
Considerando que tais fantasias mais uma vez secundarizam corporativamente os eleitos pelo povo soberano;
Considerando que, inclusive, e uma vez mais, pretende ilegalmente invadir matérias de normal disposição pelas Regiões Autónomas nos respectivos territórios;
Considerando que jamais sucederam incidentes protocolares na Região Autónoma da Madeira, dado que, em cada circunstância, imperou o bom senso e a boa educação:
A Assembleia Legislativa da Madeira resolve, desde já, manter na Região Autónoma os procedimentos que tão boa conta têm dado.
Aprovada em sessão plenária da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em 28 de Junho de 2006.
O Presidente da Assembleia Legislativa, José Miguel Jardim d’Olival Mendonça'
[ Testamento feito em caso de calamidade pública ]
1. Se qualquer pessoa estiver inibida de socorrer-se das formas comuns de testamento, por se encontrar em lugar onde grasse epidemia ou por outro motivo de calamidade pública, pode testar perante algum notário, ,juíz ou sacerdote, com observância das formalidades prescritas nos artigos 2211º ou 2212º.
'Banks in Europe and elsewhere have spent huge sums refurbishing their branches, often without a clear payback. They should devote more effort to managing customer visits' leio no McKinsey Quarterly.
'Estas são as divisões da sociedade realmente fundamentais na Era da Informação: primeiro, o fragmentar interno da força de trabalho entre produtores informacionais e mão-de-obra-genérica substituível. Segundo, a exclusão social de um segmento significativo da sociedade formado por indivíduos descartados cujo valor como trabalhadores/consumidores já foi usado e cuja importância como pessoa é ignorada. E terceiro a separação entre a lógica de mercado das redes globais de fluxos de capital e a experiência humana dos trabalhadores' p.471
'O terceiro nível do processo de apropriação de lucros pelo capital é história antiga, tanto quanto é característica fundamental do novo capitalismo informacional. Diz respeito à natureza dos mercados financeiros globais. Nestes mercados, os lucros de todas as fontes acabam por convergir na procura de maiores ganhos. Na verdade, as margens de lucro no mercado accionista, monetário, de títulos, futuros, opções e derivados, isto é, nos mercados financeiros em geral, são, em média, muito maiores que na maior parte dos investimentos directos, exceptuando de alguns casos de especulação.
Esta vantagem não decorre da natureza do capital financeiro, a forma mais antiga de capital na história, mas das condições tecnológicas em que o capital opera no informacionalismo, nomeadamente, este último invalida o conceito de espaço e tempo mediante meios electrónicos.
A sua capacidade tecnológica e informacional de procurar em todo o planeta oportunidades de investimento e de mudar de uma escolha para outra em questão de segundos, faz com que o capital esteja em movimento constante, fundindo capital de todas as origens, como em investimentos em fundos mútuos.
Os recursos de programação e precisão dos modelos de gestão financeira possibilitam inúmeros cenários alternativos, vendendo 'património irreal' como direitos de propriedade imaterial. Jogando-se segundo as regras, não existe nada de diabólico neste casino global.
Afinal, se uma gestão cuidadosa e a tecnologia apropriada evitam crises de mercado, as perdas de algumas fracções de capital representam os ganhos de outras, de forma que, a longo prazo, o mercado faz um balanço e mantém um equilíbio dinâmico.
Contudo, em virtude do diferencial entre o montante de lucros obtidos com a produção de bens e serviços e o valor que se pode conseguir com investimentos financeiros, os capitais individuais de todos esses tipos dependem, sem dúvida, do destino dos seus investimentos nos mercados financeiros globais, visto que o capital nunca pode ficar parado.
Deste modo, os mercados financeiros globais e as suas redes de gestão são o verdadeiro capitalista colectivo, a mãe de todas as acumulações [...] mas estes movimentos não seguem uma lógica de mercado. Este é torcido, manipulado e transformado por uma combinação de de manobras estratégicas accionadas por computadores, psicologia de multidões multiculturais e turbulências inesperadas devido a graus cada vez maiores de complexidade na interacção entre os fluxos de capital a uma escala global.
CASTELLS, Manuel [2oo3] A Era da Informção: Economia, Sociedade e Cultura, vol. III [O Fim do Milénio], Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, pp.466-467
continua a visitar-nos e a tocar com o seu génio, inclusive em zonas relativamente remotas do país, apesar dos seus quase 90 anos [nasceu em 1928, ano marcante da história portuguesa].
Desta vez foi na fantástica biblioteca pública de Évora, fundada por Frei Manuel do Cenáculo e detentora de uma extraordinária colecção do século XVIII que em muito ajudou a um ambiente acolhedor numa noite de Verão, pouco [e ainda bem] iluminada, onde o ruído veio sob a forma de sinos de igreja e sobretudo de uns quaisquer javardos que berravam na rua, por estupidez, bebedeira, ou ambas, por esta ordem.
Dizia o DN que 'o grande cravista holandês Gustav Leonhardt dá hoje um recital, às 21.30, na Sala de Leitura da Biblioteca Pública de Évora, interpretando obras de Frescobaldi e Froberger'.
Mas afinal não houve nenhum dos compositores. O programa foi bem melhor: depois de Couperin, Leroux, Balbastre, deliciei-me com Du Phly e as minhas favoritas Allemande, Les Graces, La Pothouein. E depois do intervalo, com La Rameau, La Monttigny, La Sylva e La Boisson, de Forqueray, que adoro e recomendo como umas das melhores peças que conheço para cravo entre os não clássicos do mainstream 'cravístico'.
20 Agosto – Concerto Hyundai Obras de P.A. Avondano, Vivaldi, Marcello, Seixas (atr.) Orquestra barroca Divino Sospiro Enrico Onofri e Iskrena Yordanova, Violinos Pedro Castro, Oboé Diana Vinagre, Violoncelo Ella Sevskaia, Cravo Enrico Onofri, direção musical Convento do Espinheiro – 21.30 h
22 Agosto – Recital de Cravo Obras de Frescobaldi e Froberger Prof. Gustav Leonhardt, Cravo Biblioteca Pública de Évora – Sala de Leitura – 21.30 h
24 Agosto – Concerto Creative Commons Recital de Música de Câmara – Obras de Merula, Cima, Vivaldi, Telemann, Zelenka, Telemann, Bach Enrico Onofri, Violino Pedro Castro, Oboé e flauta Diana Vinagre, violoncelo Ella Sevskaia, Cravo Colégio do Espírito Santo – Sala dos Actos 21.30 h
25 Agosto – Dança e Música Francesas Sec. XVII Sonades et Concerts et autres Airs à Danser et à Jouer pour les flûtes, violes et violons Obras de F. Couperin, M.A. Charpentier e Marin Marais Akiko Veaux, Bailarina e o Ludovice Ensemble Joana Amorim, Traverso Bojan Cicic, Violino barroco Romina Lischka, Viola da Gamba Diana Vinagre, Violoncelo Fernando Miguel Jalôto, Cravo e Direcção Musical Biblioteca Pública de Évora – Sala de Leitura 21.30 h
27 Agosto – Concerto REVUE - Música da Sé de Évora Da Quaresma à Ascensão Obras de Frei Manuel Cardoso, Estêvão de Brito, Francisco Martins Officium Grupo Vocal Pedro Teixeira, direção musical Colégio do Espírito Santo – Sala de Actos 21.30 h
30 Agosto – Gala de Opera Barroca – Obras de Almeida, Handel, Muffat, Rameau, Purcell e Bach Orquestra barroca Divino Sospiro Ana Quintans e Maria Cristina Kiehr – Sopranos Alfredo Bernardini - Oboé Enrico Onofri, direção musical Colégio do Espírito Santo – Claustro da Cisterna 21.30 h
31 Agosto – Concerto da Universidade de Évora – Orquestra barroca Divino Sospiro Ana Quintans, Maria Cristina Kiehr – Sopranos Alfredo Bernardini – Oboé Enrico Onofri, direção musical Colégio do Espírito Santo –18.30 h
Já lá vai o tempo em que o 'homem da meteorologia' era um marrão cinzento, nerd, maçador, geek.
Passou, com a SIC e suas congéneres, a ser uma miúda girita com trajes reduzidos ou com 'peças' que extravasavam o tecido.
E agora, passa a ser um indivíduo bem remediado: apesar da crise no mercado accionista, as grandes empresas estão a contratá-los às hordas e a belos preços para reduzir o 'risco meteorológico' e o 'risco climatérico', o primeiro de curto-médio prazo e o segundo de longo prazo, na era do aquecimento global. Já não há grande empresa que não tenha um 'consultor meteorológico' e uns pareceres climatéricos.
Pergunto-me se a 'geração 50Cent / Puff Daddy' irá reorientar as antenas para a meteorologia, 'profissão de futuro'.
Ha ha. Com vídeos destes, este blog aumenta as 'audiências'. Já a qualidade...
A EuroCCP será a contraparte central e a compensação e liquidação serão pelo Citi.
Espera-se uma redução de 50% nos custos de transacção, em comparação com as bolsas tradicionais, sendo esta híbrida, combinando transacções dentro e fora de bolsa, baseada em Londres e de âmbito europeu, nesta plataforma que deverá abrir a 1 de Novembro.
colocam-se, no entanto, as questões do costume:
- conflitos de interesse ? - inside dealing / manipulaçõ de mercado ? - concorrência ?
Li hoje no Público que 'o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, defendeu hoje, em Bagdad, que devem ser os iraquianos a encontrar uma solução para a violência no Iraque'.
Podendo essa ser uma realidade simples e aceitável, deixa de ser tão simples aceitá-la tendo em conta que não se deixou os iraquianos, desde o início, tratar sozinhos dos seus assuntos internos.
O Iraque, antiga Mesopotâmia, conhecida como berço da civilização, nunca esteve bem em paz.
Com invasões inglesas em 1918 e 1941 [será qe a actual conta?] veio mais tarde a invasão americana, entre 1980 e 1988.
Pouco depois, a chamada primeira guerra do Golfo, novamente com os americanos, em 1991 [a famosa operação 'Tempestade do Deserto'], e depois dessa, a segunda, que começou em 2oo3 e ainda hoje continua, sem sucesso, sem data de retirada, e com muitos mortos em todos os lados, naquilo que são os escombros de uma terra milenar, cujo património artístico é [veja-se o tesouro de Nimrud, por exemplo], ou era genial, antes de destruído ou roubado por invasores ou oportunistas internos.
Depois de tanta confusão, não sei se faz muito sentido atirar para os 'iraquianos' os restos do seu país, para que o governem.
Até porque já nem deve haver muito para governar. Nem pessoas, nem património.
Seria interessante que a UE tomasse uma posição, em vez de ir a reboque, como de costume.
O ruído continua a ser um problema e Portugal continua a ignorá-lo, como qualquer país atrasado, onde o ruído, como muitas outras coisas, é ignorado e quem dele se queixa visto como um mariquinhas, um chato, ou ambos.
D. Duarte de Bragança trouxe o tema, dado estar a sofrer no Algarve [pobre sítio para passar férias], ainda por cima na [in]famous praia da Rocha, com o ruído dos bares Sasha e Nikki junto da sua casa. Os resultados das medições de ruído, dizia o DN de 14.8.2oo7, eram abaixo do máximo legal.
Como se já não bastasse o turismo manhoso e a construção desenfreada e de estupidez abismal.
Como em muitas outras coisas, a lei está mal feita: é relativamente óbvio que em muitos casos o ruído incomoda [senão nem era apresentada queixa] e se o resultado dos testes de ruído dá errado das 3 uma: ou foi mal feito, ou foi falseado, ou o limite legal está errado, e tem de ser alterado [diminuído].
Por outro lado, é inacreditável o conflito de interesses entre quem mede o ruído ou é responsável pela aplicação da lei [câmaras municipais] e o causador do ruído [a própria câmara, actividades por ela patrocinadas, ou actividades que rendem a câmara receitas em licenciamentos, ou mesmo dinheiro para campanhas políticas do seu executivo, e referimo-nos aqui a câmaras em geral e não às de Faro ou de Portimão].
Admiro D. Duarte por ainda não ter fugido do Algarve e ter ido para algo que ainda seja sossegado, género isolated spot no sul de Itália, França ou, especialmente, Grécia.
Todos os índices de acções continuam a descer, ao que parece porque os americanos aumentaram a taxa de juro e os americanos em subprime lending / empréstimos hipotecários manhosos, deixaram de pagar as prestações. Por causa disso, todos os bancos estão a ficar nervosos, e centrais ou de investimento, não deixam de injectar capital, até agora sem grande sucesso. A conta deste jantar, quando acabar e onde os comensais passaram a ser a sobremesa, vai ser cara.
Azarito. É o preço do mercado livre... E quem não andava pelo mercado de capitais está provavelmente em óptima altura ou para aproveitar uma subida e comprar ou, bem mais seguro e interessante, em preparar-se para comprar uns bons quadros ou casas aos desesperados de bolsa que vai haver por aí dentro de uns tempos.
Dados: Bloomberg às ou pouco antes das New York, Aug 16 03:53 London, Aug 16 08:53 Tokyo, Aug 16 16:53
Esta e a conclusao que se tira do documento que anda a circular por e.mail e que desenvolve as tabelas de slots vagos apresentadas pelo candidato do MPT a Camara de Lisboa no debate na SIC Noticias, que juntou todos os candidatos.
De acordo com os mapas de slots, o aeroporto de Lisboa parece ter imenso espaco para aterragens e partidas.
Nao deixa de ser um dado muito interessante [para nao dizer aliviante] num momento em que a politica nacional se baseia na logica do corte financeiro e do sacrificio e em que os proprios autores da 'teoria da crise' sao os que mais gastam, e mal, seja em aeroportos seja em estadios ou em TGVs que param nas aldeias todas.
Esta semana discute-se em Londres uma terceira pista para Heathrow e um quinto terminal. Em Lisboa acaba de inaugurar-se um...
'Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país'.
Almeida Santos, dirigente do PS e ex-Presidente da AR, citado pelo Publico... e visto em todos os telejornais.
'Na margem sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio...seria necessário deslocar milhões de pessoas...seria o mesmo que construir Brasília no Alto Alentejo'.
Mario Lino, citado pelo Publico e... visto em todos os telejornais.
Já ninguém se lembra ou fala de Arafat, o líder 'histórico' palestiniano, cujo 'carisma pessoal e político' era consensual.
Falou-se esta semana dele, uma vez que a viúva foi expulsa da Tunísia, onde vivia desde a morte de Arafat em Paris.
A direita, os EUA e 'aliados', os pró-israelitas, diziam que Arafat era o culpado e que tinha de morrer ou, pelo menos, ser 'afastado' para que a paz chegasse ao médio oriente.
A esquerda e os pró-palestinianos diziam que Israel, os EUA e seus 'aliados' eram os culpados, verdadeiros colonizadores.
Hoje confirmamos que não era Arafat que bloqueava a questão do médio oriente e em particular a pancadaria, já clássica, entre Israel e a Palestina, que para o mundo se resume a um bocado de terra onde há pessoas numas barracas chamadas colonatos, com um muro que entretanto Israel construiu, e que foi comparado com o muro de Berlim, para não dizer pior.
No entanto, tendo-nos todos apercebido -- ou simplesmente confirmado -- que Arafat não era a 'chave de bloqueio', interessaria desbloquear a situação de outro modo.
Fala-se de um quarteto, e foi-se buscar Tony Blair, que se demitiu do governo inglês depois de um governo fracassado, que caía de podre, e cuja demissão lhe terá valido o encerramento da investigação 'Cash for Honours', na qual foi por diversas vezes interrogado pela polícia e alvo de buscas, algo inédito na história política inglesa.
Por este caminho, continua tudo na mesma. E a culpa não é de Arafat.
Na semana passada cruzei-me com Bill Gates no Ritz de Lisboa, parte da Four Seasons adquirida por Bill Gates há uns tempos. Curiosamente, esta semana adquiri uma deliciosa biografia de César Ritz na qual me deparei com a seguinte passagem:
'He was there the centre of a crowd of sportsmen, among them Santos Dumont, Mr C. S. Gulbenkian, then as now one of the richest men in the world, was there, appraising with a discriminating collector's eye the lovely décor which Mewès and Ritz had brought into being [...] They came, they came! The Place Vendôme was crowded with elegant carriages, dozens of powdered footmen stood under the arcade, the reception rooms sparkled and shone with superb uniforms and jewels. And Ritz, no longer nervous, but calm and smiling, elegant in his black redingote, stood at the doorway, greeting everyone by name'.
No meio de tanta 'reforma' não se percebe como o Governo ainda não fez uma coisa tão simples e barata: tirar as referências de caça do diário da república colocando-as noutra série ou num suplemento.
A realidade, como a conhecemos, e bem confusa e no mínimo maçadora, vem abaixo.
DR 156 SÉRIE I de 2007-08-14
Lei n.º 36/2007 Assembleia da República Aprova o regime de organização e funcionamento do Conselho Superior da Magistratura
Lei n.º 37/2007 Assembleia da República Aprova normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo
Resolução do Conselho de Ministros n.º 106/2007 Presidência do Conselho de Ministros Prorroga por um ano o prazo de funcionamento da equipa de projecto de apoio à informatização dos tribunais, criada nos termos do n.º 1 do artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 102/2001, de 29 de Março
Portaria n.º 903/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de seis anos, a concessão da zona de caça associativa de Rabal, abrangendo vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Rabal, França e Aveleda, município de Bragança (processo n.º 1838-DGRF)
Portaria n.º 904/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de Pêro Guerreiro vários prédios rústicos sitos na freguesia e município de Almodôvar (processo n.º 4309-DGRF)
Portaria n.º 905/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Exclui da zona de caça municipal de Alferce vários prédios rústicos sitos na freguesia de Alferce, município de Monchique (processo n.º 4180-DGRF)
Portaria n.º 906/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Exclui da zona de caça municipal da Picota vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Monchique e Alferce, município de Monchique (processo n.º 4178-DGRF)
Portaria n.º 907/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de Alferce vários prédios rústicos sitos na freguesia de Alferce, município de Monchique (processo n.º 3993-DGRF)
Portaria n.º 908/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de 12 anos, a concessão da zona de caça associativa de Pousa Flores, abrangendo vários prédios rústicos sitos na freguesia de Pousaflores, município de Ansião, e anexa à presente zona de caça vários prédios rústicos sitos na freguesia de Pousaflores, município de Ansião (processo n.º 1800-DGRF)
Portaria n.º 909/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de 12 anos, a concessão da zona de caça associativa de Campo de Jales, abrangendo vários prédios sitos nas freguesias de Bornes e Bornes de Aguiar, município de Vila Pouca de Aguiar (processo n.º 1687-DGRF)
Portaria n.º 910/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de 12 anos, a concessão da zona de caça associativa de Sezelhe, abrangendo vários prédios rústicos sitos na freguesia de Sezelhe, município de Montalegre (processo n.º 1710-DGRF)
Portaria n.º 911/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa do Esgravatadouro, Montes Velhos e outras vários prédios rústicos sitos na freguesia de Alferce, município de Monchique (processo n.º 3393-DGRF)
Portaria n.º 912/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, pelo período de seis anos, a António Xavier de Lima a zona de caça turística da Quinta da Comenda, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia de Nossa Senhora da Anunciada, município de Setúbal. Revoga a Portaria n.º 667-X6/93, de 14 de Julho (processo n.º 1433-DGRF)
Portaria n.º 913/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Exclui da zona de caça municipal da freguesia de Marmelete vários prédios rústicos, sitos nas freguesias de Monchique e Marmelete, município de Monchique (processo n.º 4191-DGRF)
Portaria n.º 914/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Cria a zona de caça municipal de Ílhavo, pelo período de seis anos, integrando os terrenos cinegéticos sitos nas freguesias de Gafanha do Carmo, Gafanha da Nazaré e Ílhavo, município de Ílhavo (processo n.º 4659-DGRF)
Portaria n.º 915/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, por um período de 12 anos, ao Clube de Caçadores Amiense a zona de caça associativa de Amiais de Baixo, englobando vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Abrã e Amiais de Baixo, município de Santarém, e nas freguesias de Espinheiro, Louriceira e Malhou, município de Alcanena (processo n.º 1488-DGRF)
Portaria n.º 916/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa das Malhadas vários prédios rústicos, sitos na freguesia de Malhadas, município de Miranda do Douro (processo n.º 1110-DGRF).
Portaria n.º 917/2007 Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça turística da Pega vários prédios rústicos sitos na freguesia e município de Mértola (processo n.º 733-DGRF)
Portaria n.º 918/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue por caducidade a zona de caça associativa do Carregado (processo n.º 1407-DGRF), renova a zona de caça municipal de Alenquer, por um período de seis anos, englobando vários terrenos cinegéticos sitos na freguesia de Santo Estêvão, Cadafais, Carregado e Triana, município de Alenquer (processo n.º 2540-DGRF), e anexa vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Carregado e Cadafais, município de Alenquer. Revoga a Portaria n.º 526/94, de 8 de Julho, alterada pela Portaria n.º 706/99, de 24 de Agosto.
Portaria n.º 919/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de Santa Maria, São Pedro e Usseira vários prédios rústicos sitos na freguesia de São Pedro, município de Óbidos (processo n.º 4128-DGRF)
Portaria n.º 920/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça associativa Lezíria da Palmeira e outras (processo n.º 110-DGRF), na parte respeitante a vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Almeirim e Benfica do Ribatejo, município de Almeirim, que anexa à zona de caça associativa da Herdade do Casal Branco (processo n.º 3495-DGRF)
Portaria n.º 921/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de 12 anos, a concessão da zona de caça associativa da Lezíria da Palmeira e outras, abrangendo vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Almeirim e Raposa, município de Almeirim, e anexa vários prédios rústicos sitos nas mesmas freguesias e município (processo n.º 110-DGRF)
Portaria n.º 922/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Exclui da zona de caça municipal de Arneiros de Almeirim vários prédios rústicos sitos na freguesia de Almeirim e Fazendas de Almeirim, município de Almeirim (processo n.º 4148-DGRF)
Portaria n.º 923/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Cria a zona de caça municipal de Pedrógão Pequeno, pelo período de seis anos, e transfere a sua gestão para a Associação de Caçadores de Pedrógão Pequeno, passando a integrar os terrenos cinegéticos sitos na freguesia de Pedrógão Pequeno, município da Sertã (processo n.º 4682-DGRF)
Portaria n.º 924/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça associativa da Herdade do Monte-d El-Rei (processo n.º 1336-DGRF) e concessiona, pelo período de 12 anos, à Associação de Caçadores de Diana a zona de caça associativa da Herdade de Monte-d El-Rei e anexas, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia de Assunção, município de Arronches, e freguesia e município de Monforte (processo n.º 4684-DGRF). Revoga a Portaria n.º 580/99, de 30 de Julho
Portaria n.º 925/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça turística de Águas Belinhas (processo n.º 1709-DGRF) e concessiona, pelo período de 12 anos, a Maria Teresa de Jesus da Silva Ribeiro de Conde Belo a zona de caça turística de Águas Belinhas, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia do Couço, município de Coruche (processo n.º 4688-DGRF). Revoga a Portaria n.º 600/95, de 23 de Junho, alterada pela Portaria n.º 566/2001, de 5 de Junho
Portaria n.º 926/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de 12 anos, a concessão da zona de caça turística da Herdade da Defesa da Sapata, abrangendo vários prédios rústicos sitos na freguesia de São Vicente do Pigueiro, município de Évora, e na freguesia e município de Reguengos de Monsaraz (processo n.º 1106-DGRF)
Portaria n.º 927/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça municipal da Herdade de Chança (processo n.º 3258-DGRF) e anexa à zona de caça associativa da Ribeira de Chança vários prédio rústicos sitos nas freguesias de Corte Pinto e Santana de Cambas, município de Mértola (processo n.º 2443-DGRF)
Portaria n.º 928/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de Casal Curtido e outras vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Concavada e Pego, município de Abrantes (processo n.º 2227-DGRF)
Portaria n.º 929/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça municipal da Granja do Ulmeiro vários prédios rústicos sitos na freguesia de Santo Varão, município de Montemor-o-Velho (processo n.º 3394-DGRF)
Portaria n.º 930/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça municipal de Jarmelo vários prédios rústicos sitos nas freguesias de São Pedro do Jarmelo, São Miguel do Jarmelo, Gonçalo Bocas, Ribeira dos Carinhos, Pêra do Moço e Arrifana, município da Guarda, e na freguesia de Pomares, município de Pinhel (processo n.º 2977-DGRF)
Portaria n.º 931/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de São Domingos da Serra vários prédios rústicos situados na freguesia de São Domingos da Serra, município de Santiago do Cacém (processo n.º 3774-DGRF)
Portaria n.º 932/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça turística da Herdade Grande o prédio rústico denominado «Responsa», sito na freguesia do Torrão, município de Alcácer do Sal (processo n.º 4218-DGRF)
Portaria n.º 933/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça turística da Quinta do Peru vários prédios rústicos situados na freguesia de São Lourenço, município de Setúbal (processo n.º 1113-DGRF)
Portaria n.º 934/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa do Malheiro vários prédios rústicos sitos na freguesia de Selmes, município da Vidigueira (processo n.º 2035-DGRF)
Portaria n.º 935/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Transfere a zona de caça associativa do Carregouçal para a Associação de Caça do Carregouçal e anexa à presente zona de caça vários prédios rústicos situados na freguesia de Santa Maria, município de Odemira (processo n.º 3221-DGRF)
Portaria n.º 936/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Renova, por um período de seis anos, a zona de caça municipal do Sul do Cávado, englobando vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Merlim, São Paio, Mire de Tibães, Padim da Graça, Parada de Tibães, Semelhe, Cabreiros, São Julião de Passos, Gondizalves, Sequeira, Vilaça, Tabim e Cunha, município de Braga, e nas freguesias de Adães, Airó, Areias de Vilar, Bastuço (São João), Bastuço (Santo Estêvão), Encourados, Martim, Pousa, Rio Covo (Santa Eugénia), Sequeade e Várzia, município de Barcelos (processo n.º 2550-DGRF)
Portaria n.º 937/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa de Glória do Ribatejo vários prédios rústicos sitos na freguesia de Muge, município de Salvaterra de Magos (processo n.º 3496-DGRF)
Portaria n.º 938/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, pelo período de 12 anos, à Herdade da Senhora da Azenha a zona de caça turística da Senhora da Azenha, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia de Monsanto, município de Idanha-a-Nova (processo n.º 4660-DGRF)
Portaria n.º 939/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa da Brenha vários prédios rústicos sitos na freguesia de Alhadas, município da Figueira da Foz (processo n.º 4388-DGRF)
Portaria n.º 940/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça associativa do Vale da Senhora da Póvoa (processo n.º 1594) e concessiona, pelo período de 12 anos, à Associação Desportiva e Cultural de Caça e Pesca da Senhora da Póvoa a zona de caça associativa da Senhora da Póvoa, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia de Nossa Senhora da Póvoa, município de Penamacor (processo n.º 4671-DGRF)
Portaria n.º 941/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Cria a zona de caça municipal dos Amigos de São Miguel, pelo período de seis anos, e transfere a sua gestão para o Clube de Caça e Pesca Os Amigos de São Miguel, passando a integrar esta zona de caça os terrenos cinegéticos sitos nas freguesias de Sátão e São Miguel de Vila Boa, município do Sátão (processo n.º 4654-DGRF)
Portaria n.º 942/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, pelo período de 12 anos, à Sociedade Agro-Pecuária da Herdade do Sobral, Lda., a zona de caça turística das Herdades do Sobral e Montinho, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia e município de Redondo (processo n.º 4662-DGRF)
Portaria n.º 943/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Extingue a zona de caça municipal da Póvoa de São Miguel (processo n.º 3635-DGRF) e concessiona, pelo período de 12 anos, à Associação de Caçadores da Freguesia da Póvoa de São Miguel a zona de caça associativa da Defesa do Vale das Éguas e outros, englobando vários prédios rústicos, sitos na freguesia de Póvoa de São Miguel, município de Moura (processo n.º 4689-DGRF). Revoga a Portaria n.º 568/2004, de 26 de Maio
Portaria n.º 944/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, pelo período de 12 anos, aos Três Unidos - Associação de Caça de Lapas, Ribeira e São Pedro a zona de caça associativa das freguesias de Lapas, Ribeira e São Pedro, englobando vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Lapas, Ribeira Branca e São Pedro, município de Torres Novas (processo n.º 1282-DGRF)
Portaria n.º 945/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa da freguesia de Corte Pinto vários prédios rústicos sitos na freguesia de Corte Pinto, município de Mértola (processo n.º 2594-DGRF)
Portaria n.º 946/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Exclui da zona de caça municipal de Alvito vários prédios rústicos sitos nas freguesias de Vila Nova da Baronia e Alvito, município de Alvito (processo n.º 4130-DGRF)
Portaria n.º 947/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Anexa à zona de caça associativa da Mariadona e anexas vários prédios rústicos sitos na freguesia e município do Alvito (processo n.º 3882-DGRF)
Portaria n.º 948/2007 Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Concessiona, por um período de sete anos, à Associação de Caçadores da Pedragosa e anexas a zona de caça associativa da Pedragosa e anexas, englobando vários prédios rústicos sitos na freguesia de Vila Nova da Baronia, município do Alvito (processo n.º 4668-DGRF)
80,000 islâmicos reuniram-se na Indonésia numa conferência que visa recuperar o Califado, um Estado único islâmico tal como existia, mais recentemente, em 1924, designadamente através da 'Jihad menor', uma 'guerra santa'.
Para os povos católicos como nós, isto parece estranho.
Não devia: os nossos católicos templários e hospitalários tinham uma ideia bem semelhante.
No meio destas tolices, quem se safa são os asiáticos e os russos.
'The European Central Bank had earlier pumped a further €61bn (£41bn) into the money markets to fend off the threat of a credit crunch, where the availability of loans dries up and interest rates soar. The ECB had provided an unprecedented €95bn on Thursday to ensure liquidity in the markets and keep a lid on short-term interest rates. The world's central banks have now injected $323bn (£160bn) into the money markets over the past 48 hours, equivalent to a quarter of Britain's entire annual economic output [...] the Federal Reserve in Washington ploughed another $16bn into the US financial system, hard on the heels of a $19bn injection early this morning. The Fed had injected $24bn into the markets the day before in the same way. The action is not uncommon for the Fed in its daily management of the money markets, but the size of the cash injections is unusually high [...] Japan's central bank had earlier injected one trillion yen (£4.2bn) into the Tokyo market. At close of trade in Japan, the Nikkei 225 average had lost 2.4%. Hiroko Ota, the economy minister, said: "It is hard to tell how the sub-prime issue will affect the Japanese economy right now." The Hang Seng in Hong Kong fell 2.9%. The central banks across Asia and in Australia also took action to calm their volatile financial markets'G
Todos sabemos que o fantastico momento de alta que estamos a viver nao dura para sempre. Sera isto um aviso ou mesmo o fim do ciclo? Nao sei, mas vou ter isso em conta na escolha do proximo emprego... Adeusinho derivados de accoes!
Uma amiga minha, advogada, comentava que estava farta da sua Ordem, a sua 'entidade reguladora' e, ao mesmo tempo, 'sindicato'. Deixou de ser advogada em Lisboa e agora está em Londres, num escritório americano, o que em Londres é, em regra, muito bom. E com Lisboa nem vale a pena comparar...
Ela chegou ao ponto de dizer que a Ordem dos Advogados devia acabar e que devia haver autoregulação.
De certa forma percebo os seus lamentos: há outras profissões liberais com riscos enormes para os 'consumidores' que não têm regulação semelhante e os efeitos não são especialmente nefastos: haverá uma Ordem dos canalizadores ou dos ténicos de elevadores? etc. etc. E sei que foi muito penoso para ela ter uma no de aulas de preparação para 6 exames na Ordem quando já tinha feito isso tudo nos 5 anos de Faculdade.
Mas há questões ainda mais importantes e sem regulação mesmo nenhuma.
Ter filhos, por exemplo.
Por razões religiosas e um direito baseado nelas, 'os pais são livres de educar os seus filhos' coisa de normalmente significa deixá-los ser como eles. Mesmo que os pais sejam uns javardos, para usar o termo mais adequado à realidade que aqui se descreve. Isso vê-se um pouco por todo o lado. Desde o interior de Portugal, onde havia crianças a beber vinho ao pequeno almoço, ou os centros comerciais das 'cidades', onde pululam jovens hooligans, sem limites. Ou até as mais simples escolas, onde os pais deixam os filhos não para ser educados, mas estilo kindergarden prolongado, até à Faculdade se possível. Ter filhos é bom: deixa-se na escola o dia todo.
Para se tratar de doentes tira-se medicina. Para as defender tira-se direito. Para as analisar tira-se psicologia. Para se abrir uma empresa tem de se ter um capital mínimo. Mas quem prepara as pessoas para ter filhos?
Mesmo que sejam paupérrimos podem ter 21 filhos [sendo que o número de filhos aumenta, em regra, nas classes não médias, mas sobretudo baixas, embora esses 'morram mais'].
Numa sociedade capitalista, onde o 'mercado' é o grande oráculo que regula as nossas vidas, a liberdade de se ter filhos, sobretudo sem quaisquer limites quanto à forma como são tratados e educados [mesmo que alguns limites estejam na lei, nada nem ninguém garante a sua aplicação em cada casa de família, onde não se sabe o que se passa] é questionável. Não o seria, evidentemente, numa sociedade onde tudo estivesse garantido.
Porque é que uma pessoa que tem filhos tem vantagens fiscais e apoios sociais face a uma que não tenha? Por uma simples razão de política de natalidade?
Ao mesmo tempo, como coordenar isso com o desemprego cada vez mais elevado, em todas as áreas profissionais?
E quem protege as crianças dos pais sem qualquer preparação? Será justo que o 'direito dos pais a ter filhos' se sobreponha a um direito [que não há] a ter bons pais?
Leis como a da adopção visam, diz a lei, proteger 'os interesses da criança'.
E o direito a ter filhos e a [des]educá-los como quiser, visa proteger quem?
Li hoje no Público que os 'accionistas do BCP suspeitam de sabotagem na falha informática' e que o 'Conselho Geral e de Supervisão (CGS) do Banco Comercial Português esteve reunido durante a noite, no Hotel Sheraton, no Porto, para apurar responsabilidades no falhanço da assembleia geral de ontem que acabou por ser adiada para 27 de Agosto'. Diz o jornal que 'A reunião de accionistas, que chegou a ter 63 por cento do capital presente, teve que ser adiada devido ao bloqueio do sistema informático de contagem dos votos [...] alguns deles admitiam mesmo a possibilidade do sistema ter sido eventualmente alvo de "boicote". Joe Berardo levantou mesmo a possibilidade de existência de fraude. Em causa está o maior banco português, de capital aberto e com uma capitalização bolsista de 14 mil milhões de euros, com inúmeros investidores institucionais estrangeiros. O sistema e os processos informáticos que suportaram a AG, e que inviabilizaram a contagem dos votos beneficiaram de pareceres e de auditorias da Novabase e da PricewaterhouseCoppers, e que foram realizadas antes da reunião, para garantir que esta decorria sem contrariedades. [...] A suspensão da reunião poderá desencadear uma nova trama jurídica à volta da necessidade de garantir, ou não, a reprodução das condições em que a de ontem se realizou, assegurando que serão os mesmos accionistas, com as mesmas posições, que vão estar presentes no dia 27. [...] O PÚBLICO apurou que Joe Berardo equaciona a possibilidade de pedir o cancelamento desta assembleia e a convocatória de uma nova para Setembro'.
Enfim. Num país que passa a vida a dizer que tem de ser mais competitivo, e onde a atracção de capital estrangeiro é o mote -- porque não há capital nacional ou pelo menos quem o tem não o quer libertar no próprio país -- aquilo que quem está de fora e lê a notícia do Público, como de tantos outros jornais é 'amadorismo'.
E quando o amadorismo chega à AG do maior grupo financeiro privado de um país, cujos accionistas institucionais estrangeiros são relevantes, a coisa não pode ser boa.
Ou se contraria esta ideia ou a coisa vai mal.
Quando era pequeno brincava -- perda de tempo, pois ele chegaria -- com o meu melhor amigo às empresas. Lá chateávamos os pais a pedir gravatas e material de escritório e formulários etc etc.
Se alguma criança me pedir para brincar às empresas já sei onde mandá-la.
Governar em Portugal nos últimos anos [que abrangem as legislaturas até à queda do Governo Guterres, do qual fazia parte do actual PM] tem sido relativamente fácil.
O argumento do défice, da tanga, enfim, da crise financeira do Estado nas suas várias vertentes e expressões, tem sido a desculpa.
Tudo o que não se faz de bom, é 'porque o défice obriga a contenção' orçamental.
Tudo o que se faz de mau é 'dano colateral do défice' e como que 'desresponsabiliza' o Governo.
É claro que apesar da crise, num dos países mais pobres da Europa dos 27, gastaram-se milhões em estádios que agora nem para pasto servem [e não vale dizer que Portugal não pagou 100% da construção], pretendem gastar-se mais milhões num TGV e num aeroporto que nem se sabe se é necessário tendo em conta o actual vazio de slots e os milhões que t~em sido gastos em renovações e ampliações no aeroporto de Lisboa, que ainda esta semana inaugurou um novo terminal.
O actual Governo tem sido reformador, pelo menos no papel: o Diário da República, onde é publicada a legislação e também coisas tão díspares como zonas de caça, está cheio de diplomas alterados pelo actual Governo. Portugal não será o mesmo: embora continue pobre, tem mais leis ou, pelo menos, leis diferentes.
Em particular, foram alteradas todas [?] as leis orgânicas do Estado, dos pequenos institutos, etc. etc..
O frenesi jurídico-administrativo tem sido imparável.
Não sei se alterar leis é, por si e sem ligar ao conteúdo, uma reforma.
Mas estou certo que tendo esse poder e tendo tido essa intervenção -- que se alarga até a alterações de dirigentes, mesmo nos museus, na ópera, no teatro -- deixaram de haver desculpas para maus desempenhos.
Nos próximos anos, o Governo -- ou os seus sobreviventes -- não poderão dizer que não tiveram liberdade para alterar o que quiseram, nem de culpar os governos anteriores pela qualidade da legislação ou 'barreiras legais' à acção governativa. Fizeram-no.
Formalmente não, todos o sabemos. Mas informalmente, a manutenção de ministros que a opinião pública vê como desértico Mário Lino, o insensível Campos, a nervosa e perdida Lourdes Rodrigues e o teimoso e monotónico José Sócrates, revela-o.
Formalmente o governo não caiu por uma simples razão: o Presidente gosta de um partido de esquerda com política de direita, com um líder que era da JSD.
E porque não há oposição.
Pelo menos no PSD, que neste momento não existe. E do seu antigo parceiro, o CDS, que também definha. Ao ponto de se falar já de um novo partido de direita e de uma crise na direita.
E sobretudo, porque o eleitorado [ainda] não teve coragem -- porque prefere um mal certo a um futuro incerto -- para votar PCP, Bloco de Esquerda, ou qualquer outro pequeno partido.
Suponho que seja por isso que voltou a discussão da eventual integração de Portugal em Espanha...
Não deixava de ser curioso: Portugal, região autónoma de Espanha, e Madeira, uma espécie de país basco sem lucro e sem bombas.
Delfim Sardo é um grande nome da arte contemporânea em Portugal e o internediário dos artistas / obras e das pessoas que visitam as exposições que organiza.
Desta vez foi o criador de uma petição online, que referimos há dias, e que hoje ia nas 800 e tal assinaturas a favor de Dalila Rodrigues, reconhecendo o seu trabalho no MNAA e questionando o Governo sobre as motivações políticas da decisão. Porque técnicas, já o director do Instituto de Museus esclareceu, não foram.
É interessante recordar e ver a própria história de Delfim Sardo no CCB e dos seus sucessores, para verporque não foi afastado do cargo [porque se demitiu?], quais as razões da sua demissão e das suas sucessoras.
Lia-se no DN de 5.11.2oo5:
'Delfim Sardo, director do Centro de Exposições do CCB em funções desde Maio de 2003, demitiu-se por entender que o seu projecto "era ambicioso e necessitava de outra relação de confiança" com o Conselho de Administração (CA). A sua carta, datada de 28 de Outubro, terá chegado quarta-feira às mãos dos administradores, abrindo assim mais uma crise na gestão no CCB, que em Dezembro deverá apresentar a programação para 2006.
"Sabia que havia divergências, não sabia mais nada", diz ao DN Margarida Veiga, que foi indigitada há um mês para o CA, em substituição de Guta Moura Guedes. Segundo a assessora do Ministério da Cultura, a arquitecta e ex-directora do Centro de Exposições (de 1996 a 2003) entrará em funções, "em princípio, na próxima semana". Fraústo da Silva, presidente do CA, está em Macau durante 15 dias. E Isabel Trigo de Morais, actualmente a única vogal na administração, não quis comentar esta demissão.
O CCB tem para 2006 uma dotação estatal de oito milhões de euros e deverá gerar outro tanto em receitas próprias. Dizendo só que o seu orçamento é "muito penalizador" - na ordem dos 600 a 500 mil euros, conforme avançado pelo DN e ontem noticiado pelo Público -, Delfim Sardo garante que a sua decisão foi "reflectida" e não se prendeu apenas com o corte de dois terços (em relação a este ano) nas verbas para exposições, o que inviabiliza grandes mostras e projectos de produção própria. "Não estava construída uma relação de confiança entre mim e a administração que permitisse desenvolver um projecto, e não sentia apoio por parte da administração", afirma ao DN.
Delfim Sardo ficará mais "dois meses", para "resolver problemas correntes", e diz que "é necessária uma profunda remodelação do modelo do CCB".
À pergunta sobre se as suas opções são demasiado arrojadas para o CA, responde que sai no momento em que se revê numa programação "com capacidade de risco, que aposta em nomes menos conhecidos e propostas próprias". E defende a transformação do Centro de Exposições num Museu de Arte Contemporânea, com autonomia face ao CA e "capacidade para fazer exposições temporárias mas também para seduzir coleccionadores privados, ter depósitos permanentes e parcerias com instituições congéneres".
Recorde-se que esta demissão ocorre um ano depois da convulsão gerada pela exoneração, a pedido de Fraústo da Silva, dos administradores Miguel Vaz e Adelaide Rocha. Por "graves e continuadas tensões e divergências, reconheceu na altura o ministério. Miguel Vaz esteve no cargo oito meses - substituíra Francisco da Motta Veiga, demitido pela tutela em 2004, que ao DN admitiu então a existência de "elementos de bloqueio" no CCB. E Adelaide Rocha estava na equipa de Fraústo da Silva desde 1996.
Sucederam-lhes Isabel Trigo de Morais e Guta Moura Guedes, que saiu há um mês. "Delfim Sardo é um homem inteligente, persistente, e um curador e teórico de elevado calibre", afirma Moura Guedes ao DN, escusando-se, porém, a comentar "o que se passa dentro do CCB". O Ministério da Cultura, "para já", também não comenta'.
Entretanto apareceu Mega Ferreira, que curiosamente também se demitiu...
Delfim Sardo não era o 'administrador', mas o 'director'. Mas não deixa de ser curioso que a natureza dos problemas é sempre igual. E em todos estes casos, a qualidade da cultura servida aos portugueses é que perde.
Uma amiga comentava que ja sabemos quem vai para o MNAA, mas o que interessa e saber quem vai para o Museu do Azulejo. Para ela, e nessa nomeacao -- nesse eventual boy -- que reside o 'cerne' da 'polemica MNAA'.
O Museu Nacional de Arte Antiga, o mais importante Museu público português, foi dirigido, nos últimos três anos, por Dalila Rodrigues.
Neste período e sob esta direcção, o MNAA viu crescer o seu público, reforçar a componente mecenática do seu financiamento, foi objecto de importantes reestruturações no seu circuito, programa e perspectiva museológica. Posicionou-se, sob a direcção de Dalila Rodrigues como uma instituição aberta, dinâmica e capaz de responder às necessidades do seu tempo, cumprindo melhor a sua missão de preservar, divulgar e educar.
A exoneração da sua Directora pelo Ministério da Cultura só pode, portanto, ter outras razões que não a sua competência, dedicação e empenho. Também só pode resultar de uma total desconsideração, por parte dos responsáveis ministeriais, pelos resultados obtidos pelo Museu; como se o melhor cumprimento da missão que dá razão de ser ao MNAA fosse irrelevante.
Quais são, então, as razões para a exoneração de Dalila Rodrigues?
Evidentemente, resultam da posição pública que a Directora tomou em favor de uma maior autonomia da instituição, quer em termos administrativos e financeiros como em termos da sua programação.
Trata-se, tão somente, de seguir o caminho de outras instituições congéneres, como o Museu do Prado, ou o Museu do Louvre. Ou seja, trata-se de seguir o caminho que permite uma maior ligação à comunidade científica, prestar um melhor serviço ao público, desenvolver um plano educativo e de divulgação mais consistente, ter flexibilidade e construir laços com parceiros mecenáticos e institucionais. Enfim, o que hoje devemos esperar de um museu.
A prática dos actuais responsáveis do Ministério da Cultura pauta-se por outras prioridades: promover a obediência, concentrar a decisão, controlar ideologicamente as instituições.
No presente caso, com total desrespeito pela competência, pelos resultados, pelo arrojo. Estamos, assim, confrontados com uma mistura de autoritarismo e autismo, de populismo e controlo.
Os abaixo-assinados vêm, assim, insurgir-se contra esta forma de entender a política cultural, reclamando uma visão mais aberta, dialogante e moderna. Recusamos este centralismo e falta de visão de futuro.
Exigimos, enfim, que Portugal não desperdice o que tem de mais importante e raro: a competência, o rigor e a determinação dos responsáveis certos no lugar certo.
Este era, certamente, o caso de Dalila Rodrigues como Directora do Museu Nacional de Arte Antiga.
A atenção que Lorenzetti dedicou ao caso foi causa e consequência da atenção do público e dos leitores do blog.
De acordo com o Sitemeter, Lorenzetti teve 94 acessos no dia em que a saída de Dalila Rodrigues do MNAA se tornou notícia, e que ultrapassa largamente as 60 pessoas que estiveram presentes -- incluindo Lorenzetti -- no MNAA na vigília do mesmo dia, quinta feira, 2 de Agosto de 2oo7.
Embora 94 acessos não sejam muito comparados com acessos a blogs mais populares -- caso óbvio do Abrupto, por exemplo -- trata-se de um aumento substancial, visto que nos dois dias anteriores, dia 31 e dia 1, os acessos foram 59 em cada, e no dia 30, os acessos tinham sido apenas 41.
Estamos em Portugal e somos portugueses. E temos uma Constituição.
Na Constituição temos o conjunto dos direitos e deveres enquanto cidadãos.
E temos a organização da nossa economia, sociedade, cultura, política e justiça.
Importa neste momento da vida nacional recordar que o artigo 2.º reconhece que 'a República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa'.
E que no artigo seguinte, se diz que 'A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática. A validade das leis e dos demais actos do Estado, das regiões autónomas, do poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com a Constituição'.
É também tarefa fundamental do Estado, diz-nos o artigo 9.º, 'garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático, defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais, [...] proteger e valorizar o património cultural do povo português'.
Pelo por mais 'engenharia constitucional' que se faça, não se pode fugir a isto sem fugir à lei, à legitimidade popular e àquilo a que podemos chamar de bom senso, boa educação e honestidade.
"Vigília de descontentamento" em Lisboa pela saída da directora do Museu de Arte Antiga [...] Vigília de apoio a Dalila Rodrigues reuniu mais de 50 pessoas no Museu de Arte Antiga 02.08.2007 - 21h27 Joana Amaral Cardoso
Pouco antes das 19h, a vigília de apoio à directora exonerada do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) parecia esquálida, mas quando Dalila Rodrigues assomou à porta do museu, 35 minutos depois, as dezenas de apoiantes entretanto reunidos encheram o acesso do MNAA de aplausos e gritos de “Viva”, “Dalila, Dalila” e “Obrigada”. “Baralhada” e “sensibilizada” com a manifestação de apoio e “muito surpreendida” pelo seu afastamento, Dalila Rodrigues falou brevemente aos jornalistas e abandonou o local ladeada por colegas.
Mais de meia centena de pessoas - entre frequentadores e funcionários do MNAA, representantes do Grupo de Amigos do Museu, artistas, escritores, críticos culturais, políticos e responsáveis do sector artístico - foi-se juntando à porta do MNAA às 19h, com duas palavras em comum: solidariedade e protesto.
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André Dourado, antigo assessor cultural do Governo de Durão Barroso, esteve na vigília para protestar contra “uma política incompreensível do Ministério da Cultura que penaliza a qualidade” e que vai “impondo uma mediania”. “É a quarta demissão deste tipo”, elencou, citando três casos prévios: o afastamento de António Lagarto do Teatro Nacional D. Maria II, de Paolo Pinamonti do Teatro São Carlos e de Rui Pereira do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas.
Cerca das 19h, Manuel Costa Cabral, director do Serviço de Belas Artes da Fundação Gulbenkian, ouviu comentários nostálgicos nos cafés do bairro. Diziam “que nunca viram o museu assim”, contou ao PÚBLICO, solidário com a directora e surpreendido pela “forma pouco clara” como a tutela geriu o afastamento da profissional.
Jorge Molder, director do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP), elogiou o trabalho de “agitação” que recuperou “um museu que estava altamente clandestino” e criticou também a falta de “lisura” que pautou o processo e “que merece contestação”.
Luís Monteiro, presidente socialista da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho, onde se situa o MNAA, e a quem Dalila Rodrigues chamou, à saída do museu, “o meu presidente”, classificou como “inacreditável a posição tomada pelo Governo” e vai enviar uma missiva à ministra em que tornará clara a sua "indignação". A saída da actual directora “vai sentir-se profundamente no bairro”, lamentou.
Um dos organizadores da vigília, o antiquário Álvaro Roquette, frisava que além das pessoas presentes, recebeu inúmeros e-mails do estrangeiro de comissários de arte e telefonemas de pessoas, ausentes em férias, que apoiavam a manifestação, que “não é uma tentativa de readmissão”. Foi sim um elogio à “melhor directora que o MNAA teve”, segundo o arquitecto Manuel Graça Dias.
Após a saída de Dalila Rodrigues do local, alguns colaboradores da directora suspiravam com desalento. Álvaro Roquette dizia apenas que a vigília foi “um sucesso” e que espera que “o próximo director (Paulo Henriques, que transita do Museu Nacional do Azulejo) continue o trabalho da actual directora. O arquitecto Manuel Graça Dias rematava que, no final deste processo que lhe causou “repulsa”, “resta o museu”. “E espero que reste um pouco de bom senso no Ministério da Cultura”.
Contra as nossas férias e outros compromissos, e até o equilíbrio de conteúdos deste blog, esta está a ser uma semana de protestos como este.
Ao contrário de quem vive disso e até os provoca, fazêmo-lo com pesar. Não só pelo 'desequilíbrio de conteúdos' mas, sobretudo, por o país precisar deles.
'O Governo Português anunciou que irá encerrar o Consulado Geral de Portugal em Sevilha. Esse encerramento implica a perda de um Edifício Histórico Português, que foi construído para albergar o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Sevilha de 1929 e cuja propriedade será devolvida ao Ayuntamiento de Sevilha.
Este Edifício Histórico está localizado no centro da cidade de Sevilha, ao lado do Hotel Alfonso XIII, um dos melhores de Espanha e é cobiçado por grandes interesses espanhóis e internacionais. Nós que o temos na mão, por direito, decidimos abandoná-lo.
Será que o Governo entende que temos demasiadas referências culturais portuguesas em Espanha?
Será que, decididamente, preferimos acabar com todos os símbolos nacionais? Como este que a Espanha nos cedeu gratuitamente há quase um século, no centro de uma das suas mais importantes e bonitas cidades?
Um Consulado não se mede só pelos serviços que presta. Conta por ser uma presença de um País numa cidade amiga. Uma cidade onde trabalham Portugueses, onde estudam Portugueses, onde se ensina o Português a centenas de estudantes espanhóis. Uma cidade Amiga. Por isso e por estar num Edifício Histórico Português, pode ser também uma Referência da Cultura Portuguesa, a melhor Marca de Portugal. Em Espanha.
Todo o Português que vai a Sevilha se orgulha de ver o seu País, a sua Imagem, o seu Símbolo no centro da Cidade-Monumento.
O Governo Português vai acabar com ele. E sem ganhar nada com isso. Provavelmente veremos em breve no seu interior uma delegação do Guggenheim ou do Rainha Sofia. É que os Espanhóis tratam bem o que têm.
Denuncie esta situação aos seus amigos. E se conhecer o Presidente da República, ou o Primeiro-Ministro envie-lhes também. Para que não digam que o Povo não os avisou. Não envie é para Amigos Espanhóis. Por vergonha.