Combustíveis.
Manter o imposto sobre os combustíveis.
Vou mais longe: aumente-se.
É claro que a concordância com o Governo tem uma diferença óbvia: a fundamentação.
O Governo diz que não sobe porque seria injusto para quem não conduz e mau para o ambiente e aposta nas energias renováveis. Argumento interessante de economia pública / políticas públicas.
Mas suspeito que não é o verdadeiro.
Suspeito que o verdadeiro seja querer evitar perder receita num momento de pseudo-histeria orçamental.
Para Lorenzetti a justificação do ISP não é orçamental. Até porque orçamento nunca nos serve de justificação. É burocrática e nada substancial.
A boa razão para manter ou até aumentar o ISP é simples: além da questão ambiental, e de quem não conduz não dever pagar a factura de quem conduz, importa ter em conta que é uma oportunidade e estímulo fantásticos para várias coisas:
- reduzir os problemas de tráfego;
- aumentar o consumo de transportes públicos (sendo que o aumento do consumo estimulará a expansão da sua oferta e qualidade);
- reduz custos para a carteira de quem deixa de usar carro;
- reduz a dependência externa e a nossa balança comercial, que historica e estupidamente tem sido em muito desequilibrada pelas importações de petróleo.
Marcadores: ambiente, balança comercial, combustíveis, gasolina, governo, impostos, ISP, José Sócrates, petróleo
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