08 maio 2008

'Newsletter'


Acabo de receber e ler a newsletter mensal da Fundação Gulbenkian.

Ponto +

A obra 'do mês' da Biblioteca de arte:

Fr. João de S. Joseph do Prado [1751] Monumento sacro da fabrica, e solemnissima sagração da Santa Basílica do Real Convento, que junto à Villa de Mafra dedicou a N. Senhora, e Santo António..., Lisboa: Off. Miguel Rodrigues, uma obra sobre o Palácio e Convento de Mafra, exemplo magistral de boa arquitectura num país de patos bravos e caos urbanístico.

Importa notar que este livro não era de Gulbenkian. Em boa verdade, os bons livros portugueses [e parte substancial de livros antigos] da biblioteca Gulbenkian, criada em 1968, foram legados por coleccionadores portugueses. A colecção particular de Calouste Gulbenkian tinha apenas uns 3000 volumes.

Ponto -

A representação do Estado Português na posse do novo Presidente Arménio ter sido 'atribuída' a Rui Vilar, Presidente da Fundação Gulbenkian. Tendo estado presente o Embaixador de Portugal [Marcelo Curto], parece-nos estranho que o Governo Português -- e o Presidente Cavaco Silva -- tenham atribuído a Rui Vilar essa função, tendo sido Rui Vilar a transmitir 'uma mensagem do Presidente da República Portuguesa'.

Se é certa a qualidade de Vilar e que a Gulbenkian tem um papel fundamental na cultura portuguesa actual e nas relações Portugal-Arménia, é também certo que Portugal tem um PR, um MNE, e uma máquina diplomática que não é barata. Não se percebe pois porque teve o Estado de atribuir tais funções ao presidente de uma fundação privada. E fazendo-o, o Governo e o PR poderiam ter dispensado, então, a presença do Embaixador Marcelo Curto, vindo de Moscovo. Tendo em conta a histeria orçamental dos últimos governos, ao menos poupava-se em dinheiro aquilo que se perdeu em protocolo.

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