27 fevereiro 2007

Uma sociedade interessante. Ou nem por isso.


Soube do 'caso' do jogador de futebol 'DECO' e fico satisfeito por nao ter ido a mesma discoteca na mesma noite...

E certo que nao percebo de futebol, mas neste caso tratou-se de golos de champanhe numas meninas pagas e nao propriamente com rede...

Tendo uma 'namorada' (palavra dificil) fanatica por futebol, la 'tive' de ouvir a historia.

E lembrei-me de uma musica que se aplica por ai.

Avenue D
Do I Look Like A Slut?

Do I look like a slut?
Uh-huh.
Shut up.

You know, I don't understand why everyone keeps calling us sluts.
Me neither, I'm a good girl.
Yeah, me too.
Hell, I just went to church the other day.

Here's a story about the boys of the alter.
Some of them got between me and my halter.
But I don't think the Good Lord would mind,
I was calling his name the whole time.

Sometimes I get a little drunk,
and I go home with some crazy punks.
But don't judge me by what I do,
'cause baby you know you want to hit it too.
Shit, you know they all want to hit it.
Yeah, they're just talkin' shit 'cause they want it.

You know, maybe it's these outfits we wear, I mean, I can see your boobies.
Shit my stylist is on a budget, he's just trying to save some fabric.
It really doesn't matter, I'm just gonna end up taking it off anyway.
So what if I'm a little nudie?
It don't mean you're gonna get some booty,
Baby I just want to shake it,
it took mama nine months to make it.
My daisy dukes they fit just right,
they squeeze my coochie really tight.
So that when I shake and dance,
there's a party in my pants.
Shit, I like your daisy dukes, I think they're real classy.

Do I look like a slut?
Is it the way I move my butt?
Is it the way my clothes are cut?
I like to do it, and what?

Do I look like a slut?
Is it the way I move my butt?
Is it how my clothes are cut?
I don't give a fuck.

I saw Mikey on the street yesterday, and do you know what he called me?
What?
He called me a slut.
No.
Yeah.
Honey, don't worry, he's just a fag anyway.
I'm not a fuckin' slut you fucking cock sucker,
your mom's the one letting everyone fuck her.
Everyone knows she's a fuckin' ho,
sucks dick on the corner for a little blow.
Just because I like to freak each and every night of the week,
don't mean I can't resist temptation,
hell I don't give a damn about my reputation.
Shit, you know I'm grade A, top joint, speed baby.
This is one classy ass.

I can't believe she'd get off talkin' shit like that.
I mean she's one to talk.
At least we don't let just anyone stick it in.
what a fucking slut.
Slut!

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novo spot publicitário... novo spot do fio.


Está na 'moda'.

Usa-se mesmo não sendo confortável nem higiénico. Usa-se sendo gorda ou magra, gira ou horrível.

FIO DENTAL... sem ser nos dentes!

FIO DENTAL...

Liberta a Bitch que há em todas as mulheres que o compram ou aceitam.

E claro, está na moda...

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Os Novos Pobres


Porque é que ninguém fala deles?

Só se fala de novos ricos. Das suas vantag€n$ e saloíces. A malta do Jaguar, tão celebrizado entre as classes médias após Portasgate, o famoso acidente junto às Amoreiras.

Nada sobre os Novos Pobres. Para os quais, quando saem de casa, é chocante ver a forma como a maioria das pessoas vive no dia a dia.

A população em geral, classes baixas e médias.

A violência de movimentos, olhares e palavras; a brutalidade do cuspir na rua e dos erros ortográficos; do perfume de mau gosto à sua ausência; a forma selvática como fazem compras; como casam, quase autómatos que, pelo 'establishment' namoraram e casam 'com tudo a que dizem ter direito', com os mesmos vestidos, as mesmas festas, as mesmas músicas, as mesmas bebidas, as mesmas comidas e as mesmas cadeiras douradas ou com lacinhos e claro, as mesmas viagens; a forma como (não) educam os filhos e como acham que a tudo têm direito sem nada fazer e como ignoram os direitos que têm e não os fazem valer.

Aqueles que não votam porque está Sol, para quem a monarquia faria sentido porque é 'bonita' ou para quem não faz sentido nenhum porque não é 'moderna'.

Os mesmos que se pelam por apelidos 'bonitos' acrescentando 'des' e 'és' e arrastam o seu ego para todos os processos de decisão, sem usar a razão.

Aqueles para quem Figo é o verdadeiro embaixador do país, e para quem o futebol é 'o' desporto e o resto meras modalidades e que adoram usar e oferecer equipamentos desportivos 'oficiais' com o nome dos 'verdadeiros' jogadores

E que adoram a sua 'mini', a sua 'jola' e bricolage. E surfar não por surfar, mas pelo estilo (pelo ego?) e pelo sonho de miúdas. O mesmo para o skate, o rugby e muitas outras coisas.

Que ouvem as músicas da moda, sem qualquer sentido crítico. O mesmo quanto aos filmes. O mesmo quanto aos bares e discos. Não quanto aos livros, porque não lêem.

E presos às marcas, até porque não sabem distinguir qualidade de engodo: champagne tem de ser Moët, malas têm de ser Vuitton (mas falsas, claro), telemóveis Nokia, carros BMW e Mercedes, a casa tem de ser moderna, pseudo-minimal, às vezes com um toque 'rústico'. São as suas 'garantias de segurança'. As marcas... como se alguém verdadeiramente 'conhecedor' estivesse a preocupar-se com a sua satisfação pela qualidade e não apenas com o seu pouco dinheiro.

É assim que se julgam felizes, comprando coisas e arranjando um marido ou mulher, um namorado ou namorada. É esse o seu objectivo, o seu dia a dia. Comprar, consumir, e ter a ilusão de que são amados e, quem sabe, admirados.

Os Novos Pobres continuam ignorados, só os chamam quando precisam do tal 'nome bonito'. Mas como não têm dinheiro, não interessam. São uns Elitistas, diz-se. Mesmo que sejam eles os tais 'conhecedores' e que, respeitando os seus princípios de nobreza, não alinhassem em todo o manancial de indiscrição, histeria, ignorância e depressão mitigada que caracteriza a realidade presente. Um homem com 'princípios' deixou de merecer o epíteto de 'pessoa séria' para ser, nos dias de hoje, um 'pato'.

Como é perigosa, a mediania. Que afunila e cega, dando a ilusão da felicidade e do esclarecimento, enchendo o ego, como se houvera verdades únicas, simples e acessíveis. E como é banal.


Mas será finita?

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Open up...




they were looking for me when I came to
they were looking for me when I came back
said hey you, you're looking very suspicious
I said relax man get off my back
I said relax man get off my back

I, I, I ain't opposed to seeking justice
but you're going about it all wrong
the man you're looking for does not exist
he's just a figment of the higher man's tounge

[CHORUS:]
and they say
open up we're comming inside
you can't run so you may as well hide
we got the place covered from head to toe, head to toe
open up we're comming inside
what's it feel like to know you're going to die
on the other side of the row
on the other side of the row

so they took me down to the gallows
and this boy he say to me
why do you smile when the rope's around your neck
I said I tell you boy when I get back
I said I tell you boy when I get back

I, I, I ain't opposed to seeking justice
but you're going about it all wrong
the man you're looking for does not exist
he's just a figment of the higher man's tounge
he's just a victim of the higher man's tounge

[CHORUS]

hands above your head
que le via bien
step out of line we'll and fill you with lead

how are we to know that your not a liar
don't you see whe have a job to do
and our job is the law
you fit the description of a criminal crosser
we believe that he is you and that is your flaw
that is your flaw...
that is your flaw...

and they say
open up we're comming inside
you can't run so you may as well hide
we got the place covered from head to toe, head to toe
open up we're comming inside
what's it feel like to know you're going to die
on the other side of the row
on the other side of the row




'Open Up'
DISPATCH [2oo4] Bang Bang

PS - eu sei que a capa é má. Mas o disco não.

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A segurança com que falam de coisas de que não percebem absolutamente nada é apenas possível devido à sua estupidez.

Franz KAFKA
Der Prozeß
1925

Judd in NYC


For all those in or going to NY:

selected works from the Judd Foundation at Christies, until May 9th. The exhibition is preceding an auction which will take place May 9th and 10th.

1230 Avenue of the Americas
20th Floor (at 49th Street)

Hours Monday - Saturday, 10:00 am - 5:00 pm;
Sunday, 1:00 pm - 5:00 pm


Press release by Christie's

Image: Donald JUDD [1928-1994] Untitled, 1990 (90-14 Bernstein) (detail)
Estimate: $1,500,000-2,000,000.

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O Banco Central Europeu


... deve receber milhões de e.mails.

Ao pedir para não mandarem a Lorenzetti o relatório mensal [uma vez que já recebe updates resumidos e acha que o calhamaço é para o BCE um desperdício de papel e dinheiro em edição e portes], Lorenzetti nota agora que o seu quarto ou quinto e.mail sobre o assunto foi lido em 10 de Abril.

Tal seria óptimo, se o e.mail não tivesse sido enviado a 3 de Março de... 2oo5 !!!!!

É ver abaixo.


E continuam a enviar o dito calhamaço, que Lorenzetti não consegue ter õportunidade de ler [já lá vai o tempo]. Erosão do erário público e orelhas moucas ao pobre Lorenzetti...

E assim acontece.



Your message

To: Press Office (Email)
Subject: Monthly Bulletin
Sent: Thu, 3 Mar 2005 11:53:13 +0200

was read on Mon, 10 Apr 2006 13:14:55 +0200




PS - Para quem gosta de arquitectura, sugiro este site, sobre o concurso para as novas instalações do BCE.

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Tosca



Não é nenhum momento operático. É mais ambient funk e delicate dub, num swing muito nu-jazzy. Nunca gostei de definições.

É o grupo que Lorenzetti está a descobrir esta semana e que recomenda: 'a low world according to chocolate elvis in a town called vienna'.

TOSCA é um projecto da fantástica G-Stoned, uma discográfica que reúne pequenos génios como Peter Kruder e Richard Dorfmeister [a fantástica dupla Kruder&Dorfmeister, que 1993 deu o boost à G-Stoned...].

No caso concreto, TOSCA resulta da dupla Richard Dorfmeister + Rupert Huber.

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'What now? Let me tell you what now.

I'ma call a couple of real hard, pipe-hittin' niggas to go to work on homes here with a pair of pliers and a blowtorch.

You hear me talkin' hillbilly boy? I ain't through with you by damn sight.

I'ma get medieval on your ass...

Two things:

One, don't ever tell no one about this.
This thing here is between me, you and mister "soon to be living the rest of his short-ass life in agonizing pain" rapist here.

Two, you leave town tonight, and when you're gone, you STAY gone or you'll BE gone.
You lost all your L.A. privileges'


Pulp Fiction

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Vácuo de posts


Come fly with me, let’s fly let’s fly away
If you can use, some exotic booze
There’s a bar in far bombay
Come fly with me, we’ll fly we’ll fly away

Come fly with me, let’s float down to peru
In lama land, there’s a one man band
And he’ll toot his flute for you
Come fly with me, we’ll float down in the blue

Once I get you up there, where the air is rarefied
We’ll just glide, starry eyed
Once I get you up there, I’ll be holding you so near
You may here, angels cheer - because were together

Weather wise it’s such a lovely day
You just say the words, and we’ll beat the birds
Down to acapulco bay
It’s perfect, for a flying honeymoon - they say
Come fly with me, we’ll fly we’ll fly away


Pois é. Férias.

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Greve Anual dos Museus em Portugal


'Em declarações à Lusa, o sindicalista Artur Sequeira disse que a greve, convocada para hoje, amanhã e domingo, é um protesto contra a obrigatoriedade dos trabalhadores dos museus e monumentos trabalharem na Sexta-feira Santa'.

Mas parece que este ano, a greve anual [falámos aqui sobre isto] foi um fracasso.

Estará a acabar a famosa 'Greve Anual'?

PS - Portugal é um Estado laico. Porque é que haveriam de ter a sexta feira Santa?
PPS - E mesmo que assim não fosse, ele há uma coisa chamada turnos... continuamos com o hábito terceiro-mundista de 'fechar'. Não se fecha. Organizam-se turnos. Nos museus e em todo o lado. Ainda falam em eficiência e qualidade de serviço...

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Le Robe, mas em português


Um dia calmo na cidade de Lisboa.

Estou no Ritz de Lisboa e preciso de um roupão. Prefiro comprá-lo e vou à loja.

Na loja sou atendido por uma francesa com um português sofrível e sofrido.

A francesa diz que só tem XL.

Podia ser sensual [não a francesa*, mas o XL]. No meu caso, o XL seria uma forma rápida de tropeçar e partir os dentes. E isso não seria -- pelo menos nos meus standards - sensual.

Insisti.

A francesa [soa melhor que 'empregada'] diz-me para ir ao Spa. No Spa é que há. E devem ter vários tamanhos.

'Esta incompetente não conhece o conceito 'tudo pelo Cliente', que no momento concreto se resumia a pegar no telefone e ligar para o Spa', pensei eu.

Sugeri, doucement: 'pode ligar para lá? é mais rápido'.

'Sim, clarro'.

Ligou. Passam uns poucos minutos. Ligam de volta.

Ouço a palavra 'lavandarria' e tremo. Já nem ligava ao facto de demorar um dia. Vão vender-me um robe que vem da lavandaria? Comecei a pensar se estava num hotel estrelado e premiado, que tenho e que me tem acarinhado. Engoli em seco, agradeci e saí.



Notas de fazer rodar o pé, e no final o pescoço:


(*) A Francesa também. Mas não era.

PS - não, não vou dizer porque precisava de um robe num hotel de uma cidade onde vivo.

PPS - sim sou homem.

PPPPPPSSSSS - não, não sou casado.

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J'aime la France


Seulement pour dire que...

... o último post era um grito libertário contra um dos grandes problemas portugueses [como se vê em todos os níveis]: a GESTÃO de STOCKS !

Am I expected to draft disclaimers for every post?

je vous embrasse très très fort,

L.

Nobody can relax at concerts, the musicians or the people either.

You can't do anything but sit down, you can't move around, you can't have a drink.

A musician has to be able to let loose everything in him to reach the people.

If the musician can't relax, how is he going to make the people feel what he feels?

The whole scene of jazz is feeling'.


Miles Davis
Entrevista à Playboy
Setembro de 1962

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STJ e 'pancada na criancinha deficiente'


Como sempre, deixámos passar uns dias para a coisa acalmar. Vamos então pensar.

O Supremo Tribunal de Justiça [STJ], tradicionalmente considerado o tribunal mais importante em Portugal [ainda que Lorenzetti seja mais 'amigo' do Tribunal Constitucional, mesmo que mais politizado] tomou uma decisão que tem sido muito discutida nos jornais e nas ruas.

Isso é desde logo bom: quer dizer que as pessoas estão atentas ao que se passa nos tribunais e que não discutem apenas o que se passará no próximo episódio da novela ou da série que costumam ver.

Por outro lado, é mau: neste caso a discussão nasceu no facto de estar-se perante uma decisão que terá feito algo horripilante: legitimar a violência sobre as crianças. Será assim? É provável. Vamos ver.

Lorenzetti leu a decisão. É importante dizer isto. E apresenta alguns extractos, doravante designados como 'pérolas':

'A expressão " maus tratos ", curiosamente, assumiu na nossa língua uma conceptualização própria, sendo extremamente rara a sua utilização no singular'

'Este poder-dever de correcção levanta, todavia, problemas delicadíssimos de fronteira. Há que saber até onde pode ir considerando, consequentemente, insusceptível de preenchimento de qualquer ilícito criminal o que fica aquém. Sempre com a consciencialização de que estamos numa relação extremamente vulnerável e perigosa quanto a abusos. Mais intensamente ainda no nosso caso por se tratar de menores internados em instituição e com deficiências psíquicas'

'Qual é o bom pai de família que, por uma ou duas vezes, não dá palmadas no rabo dum filho que se recusa ir para a escola, que não dá uma bofetada a um filho que lhe atira com uma faca ou que não manda um filho de castigo para o quarto quando ele não quer comer?

Quanto às duas primeiras, pode-se mesmo dizer que a abstenção do educador constituiria, ela sim, um negligenciar educativo.

Muitos menores recusam alguma vez a escola e esta tem - pela sua primacial importância - que ser imposta com alguma veemência.

Claro que, se se tratar de fobia escolar reiterada, será aconselhável indagar os motivos e até o aconselhamento por profissionais.

Mas, perante uma ou duas recusas, umas palmadas (sempre moderadas) no rabo fazem parte da educação.

Do mesmo modo, o arremessar duma faca para mais a quem o educa, justifica, numa educação sã, o realçar perante o menor do mal que foi feito e das suas possíveis consequências. Uma bofetada a quente não se pode considerar excessiva.

Quanto à imposição de ida para o quarto por o EE não querer comer a salada, pode-se considerar alguma discutibilidade.

As crianças geralmente não gostam de salada e não havia aqui que marcar perante elas a diferença.

Ainda assim, entendemos que a reacção da arguida também não foi duma severidade inaceitável.

No fundo, tratou-se dum vulgar caso de relacionamento entre criança e educador, duma situação que acontece, com vulgaridade, na melhor das famílias.


Este recurso improcede.'

'Resta o problema do dolo. Mas, verdadeiramente, não chega a ser problema.
[...]
Quis ela evitar a hiperactividade do BB e por isso fechou-o na dispensa às escuras chegando a ficar ali fechado cerca de uma hora.

Quis o descanso matinal seu e dos restantes utentes do lar e amarrou o menor nos termos supra descritos.

Agiu com objectivo lícito, mas não podia deixar de saber que assim violentava, como violentou, a criança, infringindo-lhe um tratamento cruel, tanto mais que sabia ser pessoa doente, cujos problemas tinham que ser resolvidos antes de acordo com o aconselhado por médico-psiquiatra.

E, quanto às bofetadas, temos o dolo directo, pois não se provou qualquer outro objectivo relativamente ao qual a agressão funcionasse apenas com meio para atingir outros objectivos que não fossem o infligir sofrimento.

Não tem razão, pois, a recorrente.

XVI - Nestes termos, nega-se provimento a ambos os recursos, confirmando-se a decisão recorrida.

O do M.P. fica isento de tributação.
Quanto ao outro, pagará ela as custas com 4 UCs de taxa de justiça.

Lisboa, 5 de Abril de 2006
João Bernardo
Pires Salpico
Henriques Gaspar
Políbio Flor'


E assim acontece.

O problema desta decisão nem é, para Lorenzetti, o caso concreto. Ou, pelo menos, o GRANDE problema.

O problema desta decisão é que coloca em causa a legitimidade dos tribunais.

Claro que não a legitimidade jurídica e constitucional: essa está na lei.

Mas coloca em causa a mais importante, a que conta na vida prática: a legitimidade social e política.

Como pode a sociedade viver em ordem e paz quando decisões destas a agitam?

Quando decisões destas escandalizam a sociedade, que nelas não se revê?

Quando à esquerda e à direita não se vislumbra apoio à decisão, que é entendida como grotesca e quase que determina a obrigatoriedade legal do 'bom pai de família' em distribuir sopapos 'quando adequados'?

Não aceitamos agressões físicas nem corporais e uma criança, mais do que criança, é um ser humano, que tem direito à sua privacidade e intimidade.

Seja deficiente ou não.

Só tem filhos quem quer.

Se calhar o problema é mesmo esse.

Mas esperava mais do Tribunal Supremo. Até porque de uma decisão destas não é possível recorrer. Pelo menos dentro do sistema judicial actual. Vamos a ver se com decisões destas ele se aguenta.

A justiça deve ser cega, mas há limites.

Imagem:

Sebastião SALGADO [1984], Etiópia

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Paulinho levou um tiro da GNR e morreu


Hoje, sábado 15.4.2oo6, o tema de capa do DN electrónico é este.

Ainda acham elitista que eu leia o Art Newspaper...

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Música, Igrejas e 'Elites'


Entre outras coisas, diz Miguel no Blog do Piano que 'O que antes se limitava ao órgão fora substituído pela guitarra, bateria, baixo e piano. Tenros néscios. Aos poucos, os arquétipos estéticos e musicais alteraram-se e comecei a deixar o entusiasmo adormecer. Soltou-se uma toada funk e as congestões foram imediatas. A aconchegar o sono descontrolado estão as recomendações que os dirigentes dos coros debitam com devoção e credulidade. Nunca o apelo à sinceridade se tornou tão chato, tão irritante, tão intrusivo (um dia explanarei este tema). Ir à igreja possibilita a inquietação mas não aquela - a minha - inquietação. Tenho saudades do dirigente que apenas introduzia canções. Saudades do peso congregacional dos hinos. Saudades do uníssono brutal. Saudades do órgão. Acredito no órgão.'
Estas observações fizeram-me recordar uma recente e acesa discussão com um amigo meu, com a presença de um terceiro algo embasbacado.

Esse meu amigo é um católico fervoroso [adoro ter a ocasião de usar estas expressões].

É fervoroso também na música [aí já temos mais em comum].

No entanto não é um sujeito convencional.

Tem aquelas deliciosas contradições humanas, que nos tornam dignos de interesse. Gosta, por exemplo, dos poemas cantados de Manuel Alegre, apesar de ser, politicamente, de direita bem vincada.

E foi com ele que comprei discos dos Garbage, numa altura em que era mais dado ao jazz e à 'clássica'. Entretanto enveredei pela electrónica...

Ele [chamemos-lhe Wally] ficou escandalizado quando percebeu que me desagrada bastante ter-se esquecido a música clássica nas igrejas portuguesas, o local por excelência para ouvir Bach, Carlos Seixas, Charpentier, Morales, Häendel, Monteverdi, entre tantos, tantos clássicos.

Não digo -- nunca disse e espero não ser louco para pensá-lo -- que só de deve interpretar temas clássicos de forma clássica.

O que digo é que esses também existem. Não é só a guitarra e os coros juvenis da paróquia, por muito que isso seja importante para os próprios.

E há que equilibrar a balança.

Wally chamou-me elitista. Discordei.

Porque não fui eu que tirei essa música das igrejas e a pus em salas de concerto caras.

Foi a igreja. Foram pessoas como o Wally, que dirigem grupos corais de paróquias por este país fora.

Esqueceram séculos e séculos de música quase perfeita a favor de guitarradas que têm o seu lugar, mas não deviam ocupar todo o espaço.

Muito gostaria de ouvir novamente os clássicos nas igrejas.

Não vejo nisso elitismo. Pelo contrário, é democratização, aumento do acesso à música que alguns, estupidamente, chamaram 'erudita'.

Alguns que a tiraram do seu local natural, as igrejas.

Esses sim, são elitistas. E pior, ignorantes obscurantistas.

Wally, não te confundas com eles. Afinal, és meu amigo. E não foi por acaso que te tornaste um.

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Irritante, Irritada, Irritável


Deve ser a descrição de uma pessoa que trabalha num call center.

Fica a imaginação dos nossos amigos profitrolls:

- Está?

- Está, estou a falar com o senhor Nuno?

- Sim...

- Sr. Nuno, aqui é da TMN, estamos a ligar para apresentar a promoção TMN
1.382 minutos, que oferece...

- Desculpe, interrompo, mas com quem estou a falar?

- O sr está a falar com Natália Bagulho da TMN. Eu estou a ligar para...

- Natália, desculpe-me, mas para minha segurança gostaria de conferir alguns dados antes de continuar com a nossa conversa, pode ser?

- ...Sssssim, pode...

- A Natália trabalha em que área da TMN?

- Telemarketing Pró-Activo.

- E tem número de funcionária da TMN?

- Desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.

- Então terei que desligar, pois não estou seguro de estar realmente a falar com uma funcionária da TMN.

- Mas eu posso garantir...

- Além disso, sempre que tento falar com a TMN sou obrigado a fornecer os meus dados a uma data de interlocutores.

- Tudo bem, o meu número de funcionária é TMN-6696969-TPA.

- Só um momento enquanto verifico.

- ...??? (Dois minutos mais tarde) - Só mais um momento, por favor.

- ...??? (Cinco minutos mais) - Estou sim?

- Só mais um momento, por favor, estamos muito lentos hoje cá por casa.

- Mas, senhor... (Um minuto depois)

- Pronto, Natália, obrigado por ter aguardado. Qual é mesmo o assunto?

- Aqui é da TMN, estamos a ligar para oferecer a promoção TMN 1382 minutos, pela qual o Sr. fala 1.300 minutos e ganha 82 minutos de bónus, além de poder enviar 372 SMS totalmente grátis. O senhor estaria interessado, Sr.
Nuno?

- Natália, vou ter que transferir a sua ligação para a minha mulher porque é ela quem decide sobre alteração de planos de telemóveis. Por favor, não desligue, pois a sua chamada é muito importante para mim.. (Pouso o telemóvel em frente ao leitor de CD's, coloco um CD a tocar em repeat mode e vou beber um cafézinho...)

Válido não só para a TMN, pode experimentar com a TV CABO, Clix, PT, Cabovisão, etc....

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Para quem ficou chocado com o acórdão das criancinhas:


há dez anos houve outro bem mais chocante[mas ninguém falou dele]:

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça
Processo: 048474
Relator: MOURA CRUZ
Data do Acordão: 11-01-96
Votação: UNANIMIDADE
Meio Processual: REC PENAL.
Decisão: ANULADO O JULGAMENTO.

Sumário :

I No crime de violação, provado que a ofendida já tinha, então, 14 anos de
idade, já antes tinha tido por várias vezes relações sexuais com outro homem
e frequentava regularmente a casa do agente, não parece que uma simples
bofetada constitua acto idóneo para convencer uma mulher, que já não era
inexperiente, a manter relações sexuais contra a sua vontade, ou que essa
mesma bofetada possa caracterizar, sem mais, o requisito "violência" como meio de conseguir uma cópula.

II A nulidade prevista no artigo 379 alínea a) do C.P.P. é de conhecimento
oficioso.


Lorenzetti
não sabe -- mas imagina -- que na altura estivesse a sair o famoso êxito musical brasileiro 'um tapinha não dói'(*).

Pelos vistos chegou aos ouvidos das mais altas 'instâncias'...

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Le Plat du Jour


'Guillaume Dufay was the composer charged with writing music for the Duomo's consecration ceremony on 25 March 1436' (I)['Nuper Rosarum Flores' [A Rosa Desabrocha].


'No only do the mensurations in the four sections have a proportional relationship of 6:4:3:2 [like the cathedral and its dome], but the number of tactus in each of the sections is the same as the number of braccia [the Florentine unit of measure] contained in the modular scheme based on twenty-eight braccia squares... What is more, there are twenty-eight breves in each of the two-voice and four-voice subsections of the motet, which means that the 'module' of the motet is the same as that of the catedral'. (II)

(I) David MAYERNICK [2003] Timeless Cities, An Architect's Reflection on Renaissance Italy, Boulder, CO: Westview Press
(II) WARREN [1973] Brunelleschi's Dome

Imagem: Catedral de Florença

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'Just look at the Paris Hilton phenomenon and the way every other teenager looks like a prostitute'Tom FORD

'In Paris, you learn wit, in London you learn to crush your social rivals, and in Florence you learn poise'
Virgil THOMSON

'With an apple I will astonish Paris'Paul CÉZANNE

'The best of America drifts to Paris. The American in Paris is the best American. It is more fun for an intelligent person to live in an intelligent country. France has the only two things toward which we drift as we grow older—intelligence and good manners'F. SCOTT FITZGERALD

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Joseph BEUYS [1921-1986]Infiltration homogen für Konzertflügel, 1966
Centre Georges Pompidou









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Expressamente I


Lorenzetti dedicou uma hora do seu dia à leitura do Expresso AKA Espesso, 'o jornal de referência' em Portugal.

E isto dá para vários posts.

Começamos por um rápido. O delicioso título [com honras de capa]:

'55 mortos na estrada fatal para 'Dino''.

Lorenzetti pensava que Dino, o cão-dinossauro dos Flintstones, tinha morrido num acidente automóvel.

Dino era afinal o nome de uma personagem de uma telenovela da TVI, chamada 'Morangos com Açúcar'.

Whatever.

Ou talvez não:

isto ajuda Lorenzetti a perceber parte de um e.mail que recebeu esta semana:

'Morreu o Dino. Manda este e.maila 20 pessoas e para a semana morre o Zé Milho'.

Agora só falta descobrir quem é o Milho. Acho que não era dos Flintstones.

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Casinos


'A lei é incongruente: proíbe o acesso, mas não diz como controlar o acesso'

Esta frase é atribuída ao Inspector Geral de Jogos na primeira página do Expresso de 22.4.2oo6.

No entanto, a Lei do Jogo diz que 'O acesso às salas de jogos tradicionais e às salas a que se refere a alínea b) do nº 2 do artigo 32º (salas mistas) é sujeito à obtenção de cartão ou documento equivalente, devendo as concessionárias cobrar um preço pela emissão daquele cartão, cujo valor, único para cada tipo de cartão, deve ser comunicado à Inspecção-Geral de Jogos com 8 dias de antecedência'.

Lorenzetti começa a pensar se estará bom da cabeça. Mas o Inspector Geral não tinha dito que a Lei não previa nada?

A Lei do Jogo detalha:


'As operações de emissão, autenticação, controlo e obliteração dos cartões referidos no nº 1 e o seu processamento deverão ser feitos por processos automáticos. Quando a instalação, manutenção e programação do equipamento necessário às operações referidas no número anterior não sejam contratualmente exigíveis às concessionárias, poderão as despesas ser suportadas pelo orçamento da Inspecção-Geral de Jogos. Os frequentadores das salas a que se refere o nº 1 conservarão em seu poder, enquanto nelas se encontrarem, o cartão ou documento que exibiram para o acesso. No acto de emissão do cartão, e integrando o preço deste, as empresas concessionárias cobrarão o imposto do selo devido e elaborarão o respectivo registo, que será conferido no dia seguinte pelo serviço de inspecção. O imposto do selo cobrado em cada mês será entregue pelas concessionárias na tesouraria da Fazenda Pública competente até ao dia 15 do mês seguinte ao da cobrança, mediante guia, em triplicado, processada pela Inspecção-Geral de Jogos, à qual será remetido o triplicado, depois de averbado o pagamento, nos 3 dias posteriores a esse pagamento (artigo 35)'.Lorenzetti continua as suas leituras.

Até há um artigo sobre 'restrições de acesso', que diz que 'O acesso às salas de jogos de fortuna ou azar é reservado, devendo o director do serviço de jogos ou a Inspecção-Geral de Jogos recusar a emissão de cartões de entrada ou o acesso aos indivíduos cuja presença nessas salas considerem inconveniente, designadamente nos casos do nº 2 do artigo 29º. Independentemente do disposto no número anterior, é vedada a entrada nas salas de jogos designadamente aos indivíduos: Menores de 18 anos; Incapazes, inabilitados e culpados de falência fraudulenta, desde que não tenham sido reabilitados; Membros das forças armadas e das corporações paramilitares, de qualquer nacionalidade, quando se apresentem fardados; Empregados das concessionárias que prestam serviço em salas de jogos, quando não em serviço;
Portadores de armas, engenhos ou matérias explosivas, e de quaisquer aparelhos de registo e transmissão de dados, de imagem ou de som'.


Todo um mistério, quem sabe maior do que o resultado da roleta.

Lorenzetti está aberto a esclarecimentos... afinal o controlo não é a emissão de cartão? Até porque convém identificar os jogadores, sobretudo para notificar as autoridades competentes em matéria de branqueamento de capitais...

Ou não?


Recomendações:

Martin SCORSESE [1995] Casino [filme]

Paul DE KETCHIVA [1935] Confessions of a Croupier - The Inside Story of the Gambling Game from the Authoritative Angle of the 'Bank' Revealed for the First Time Hurst&Blackett, Ltd. [livro]

Richard KWIETNIOWSKI [2oo3] Owning Mahowny [filme]

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Guterres is back, desta feita com um tabu


É só fazer as contas.

Mas porque raio é que o Comissário da ONU para os Refugiados [actualmente António Guterres] disse que 'é fundamental que a Europa continue a ser um continente de asilo' [Expresso de 22.4.2oo6]?

É claro, Lorenzetti perceberia a frase se António Guterres tivesse um cargo político na Comissão Europeia, no Conselho da Europa ou ainda em Portugal.

Mas não.

António Guterres tem um cargo na ONU.

E como sabemos, a ONU tem mais de uma centena de Estados-membros, dos cinco continentes.

Não faz pois sentido nenhum dizer que a Europa deve ser um continente de asilo.

Porquê a Europa e não outro continente qualquer, em estádio relativamente igual de desenvolvimento?

Sobravam, pelo menos, os EUA e Canadá [parte significativa do continente americano] e a Austrália.

Mas António Guterres referiu-se apenas à Europa, que tem a política social mais desenvolvida do mundo.

Mas Lorenzetti recorda o Comissário António Guterres: também há os EUA, o Canadá e a Austrália.

Ou quem pede asilo só deve vir para a Europa?

Taboooooooooo....

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24 fevereiro 2007

Os disparates do referendo


Agora que 'os indígenas' [thanks VPV] estão mais calmos sobre o referendo do/ao aborto, deixaram de mostram imagens de fetos em frascos e criancinhas mortas, ou de pintar nos abs a barriga é minha', e se preocupam com as férias de Verão, o futebol e as compras de domingo, é interessante pensar nos disparates feitos recentemente neste referendo e tentar não repeti-los.

O Referendo é o primeiro disparate. Para quê um referendo? Sobretudo quando já se tinha feito outro há poucos anos. E sobretudo tendo o Governo actual uma posição curiosa de fazer valer o referendo mesmo que não vinculativo. Se tinha essa posição, não se percebe que não tenha coragem política para tomar essa decisão. Cobardia política? É curioso que assim seja, dada a casmurrice noutras áreas, como a escandaleira com a função pública, sobretudo os professores e uma ministra que brada ter 'perdido os professores, mas ganho a opinião pública'. Só falta queimá-los e aos livros. Curiosa 'esquerda', esta.

A posição da Igreja nestes referendos é igualmente disparatada. A Igreja, se defende a vida, deve entender que o crime de aborto não faz sentido: o homicídio já está previsto em todas as legislações, e se o aborto é um atentado à vida, a Igreja deverá persuadir o poder judicial [e não o poder político] que o aborto é um tipo de homicídio.

A posição das mulheres [ou dos homens que as repetem] segundo a qual o aborto é um direito da mulher, e que dele depende o controlo da mulher sobre o seu próprio corpo, é também um disparate. É disparate achar que não é da mulher que nascem outras mulheres e homens, é evidente que os bebés não são trazidos pela cegonha, e que ao abortar, se não após a fecundação e provavelmente até à nidação, se mata um ser humano.

É evidente que o Governo deveria ter despenalizado sem nos incomodar.

E é evidente que a Igreja deve defender a inclusão do conceito de aborto no tipo penal de homicídio.

E é evidente que quem não é católico, ou de qualquer outra religião ou quadro moral que tenha a vida como valor essencial, pode ter a opinião que entender.

Mas é sobretudo evidente que se está tudo nas tintas para o aborto e o referendo. Até porque não foi vinculativo.

É que desta vez, nem a praia era uma alternativa.

E se fosse assim com todas as eleições, não tínhamos 'Governo'. Pelo menos não eram 'vinculativas'...

O aborto não é de todo uma questão central. A questão central, e que pelos vistos passa à margem, é a razão pela qual existe sexo inconsequente.
A história da cegonha já não pega. A filosofia da 'coitadinha' que teve de abortar também não. esses casos devem ser analisados: porque quem não quer um filho que concebeu ou é negligente, ou ignorante, ou vítima de violação. E para isso há duas coisas: tribunais, escolas e prisões.

Discutir o aborto é perder de vista a realidade social subjacente e não resolver problema nenhum.

22 fevereiro 2007

O Javardolas II


Pois é.

Lorenzetti
lá recebeu os mails típicos de quem foi lido por alguém que se sentiu tocado.

O mais interessante é a 'javardice' [poderei dizê-lo?] dos erros ortográficos nesses e.mails. É que não há um que se safe.

E portanto Lorenzetti tomará isso como um dado que dispensa mais comentários.

Lorenzetti aproveita porém a oportunidade para recordar um fantástico texto de 'RAP', um dos Gatos, na revista Visão.

Nesse artigo, RAP -- que admito ter causado fúrias bem mais javardolas que as dos e.mails recebidos por Lorenzetti -- discorre quanto à incontestável [mas nada falada] questão de os mais 'anti-gays' serem, eles próprios, os maiores suspeitos.

E fala das actividades mais típicas dos homens 'ocidentais', como jogar à bola com outros 10 tipos [fora os da outra equipa] todos suados, abraçá-los de forma pouco ortodoxa quando marcam golo, e ir para o balneário e tomar duche com eles.

E por aí em diante.

Admito que aí os risos dos leitores não tenham sido tantos como ao ver as séries. Mas, há que dizê-lo 'com frontalidade': o artigo despertou consciências [ou desinteresse].

A lógica é a mesma do Javardolas menos quando fala Francês. A diferença está na forma de passar a ideia: no artigo, RAP coloca-a de forma crua. No sketch do Javardola, aplica-se o tal princípio dos espectadores: gozo com o Javardola, porque [valha-me nossa Senhora] não sou eu.

Não?

21 fevereiro 2007

O Javardolas


Contra todas as suas expectativas, os poucos 'episódios' da nova 'série' do Gato Fedorento, na RTP, que Lorenzetti já viu ['visionou', como dizem certas personagens], são muito melhores que os anteriores. Digamos que a vaca [o Gato?] não morreu tão cedo como se esperava.

Um deles foi O Indivíduo que é Javardolas menos quando fala Francês.

É delicioso.

Porém, há um aspecto que não podemos ignorar. O Javardolas, tal como é apresentado [com todo o visual, tiques e linguagem da ideia mais extrema de Javardus] é um Javardus Vulgaris. Ou mesmo que seja um Javardus Extremis, não impede, por isso mesmo, a proliferação de pequenos Javardolas, Javardolas mais low-key, que chamamos Javardus Vulgaris.

Muitos deles são os que vêm o Gato Fedorento.

A piada é, precisamente, essa.

É não é preciso ser muito imaginativo para gozar com um Javardo, basta olhar para ele. O Gato Fedorento mostra-o sempre e goza com o país de forma imediata. Uma fórmula do tipo:

Realidade + Gatos = Programa TV = Riso dos actores da realidade e espectadores do programa


Não conhecendo os Gatos, Lorenzetti não pode dizer que haja ou não haja entre eles algum Javardus Vulgaris ou Extremis. Espero que não, mas isso não prejudica a qualidade dos programas.

Lorenzetti tem porém a certeza de o público dos Gatos [Portugal inteiro, pelo menos para já...]ser em grande parte, Javardola. Basta ver a forma como os homens, em geral e por exemplo, se referem ao sexo oposto.

Isto de sermos Javardolas por si não é grande conclusão, pode até ser uma evidência.

O que é menos evidente é que o Javardus Vulgaris goza com o Javardus Extremis [aquele da série] precisamente porque está lá perto, saiba ou não disso. More em Ranholas, Rua do Sacramento à Lapa, Moimenta da Beira ou na Avenida do Restelo.

É aquela velha história: a melhor defesa é o ataque -- 'goza com o Javardolas para não seres confundido com um'.

E é o velho problema do Ego, que Lorenzetti tem teclado tantas vezes.

O problema é que aqui já não há defesa possível.

Uma vez Javardolas...

Um carro prático, acessível e de design intemporal.


'Made in very limited numbers in 1991, the Nissan Figaro was sold by way of a raffle in Japan due to unprecedented demand. Even today, the cars have a cult following and are well sought after, which ensures that the depreciation is minimal.

At first sight the Nissan Figaro looks like a car from the 1950's but don't be deceived by the classic lines which veil quite candidly the modern conveniences in the mould of an automatic gearbox, air conditioning, radio/cassette/CD player, piped leather upholstery, power steering and electric windows.
'

20 fevereiro 2007

Bora Noite?



Num post sobre Theo Parrish no Lux, Lorenzetti 'supôs' mais uma 'rave' no MNAA. 18 de Maio de 2oo6.

De facto houve festa, mas felizmente não uma rave, ainda que o nível de animação estivesse lá perto [mas sem um desafio para a equipa de limpeza no dia seguinte, bien au contraire].

Mais uma vez, Lorenzetti recebeu um misterioso [e muito bem desenhado] convite para a dita festa, com a qual o MNAA celebrou o dia [no caso a noite] dos museus e encheu [literalmente] a sua nova exposição [Colecção Rau] e o jardim.

A Colecção Rau teve esse dom fantástico de ser uma verdadeira colecção [eclética, compreendendo mais de 400 anos em pintura] e com qualidade ao ponto de por Lorenzetti a apreciar quadros de épocas pelas quais nem sempre teve muito apreço, sobretudo movimentos do século XIX.

No jardim, três DJs do Lux deram o toque, pela uma da manhã os seguranças começaram a ser camuflados pela multidão e foi interessante sentir a blend deliciosa de miúdos perdidos [do género 'mas o lux agora é aqui?'] a adultos perdidos ['mas isto já não é a exposição...'] à maltosa [pouquíssima, felizmente] do croquete.

Muito boa pinta, é o que Lorenzetti tem a dizer. Resultou no número e na qualidade de pessoas.

Lorenzetti apenas lamenta que não haja noites mensais ou a abertura de um pequeno bar 'nocturno' no jardim o que por si já demonstra como a ideia de dia 18 foi feliz.

Este é um bom exemplo [pelo menos quanto a divulgação, open door policy e de 'democratização' cultural] de gestão cultural em Portugal.

Lorenzetti nunca esperou ver filas de miúdos à porta de um museu, às 2 da manhã.

Com um voo para Marrocos as 8, resolvi sair cedo. Mesmo assim acabámos em casa de uma amiga, na palhaçada. O voo foi penoso...

Trabalhar aumenta o risco de pobreza?


Há umas semanas um amigo meu grego dava piadas sobre eu ser do país mais pobre dos 'quinze' [agora em 27, ou algo do género].

esta semana, li no Público [20.2.2oo7] que:

'Portugal é um dos países da União Europeia onde o risco de pobreza é mais elevado, sobretudo entre as pessoas que trabalham'

Podem-se tirar conclusões variadas, todas elas bem curiosas.



Imagem: detalhe de Flag, de Jasper Johns

19 fevereiro 2007

Cartazes que não se encontra


nas nossas escolas:

· Always wash your hands before reading your library books.

· Keep library books away from food or drinks.

· Carry your library book to and from school in a clean book bag or plastic bag.

· Keep library books away from babies or pets.

· Have a “special place” at home where you can keep your library books safe.

· Always bring ripped or damaged books to Mrs. Antonucci or Mrs. Wilson to fix.


E vivam a Mrs. Antonucci e a Mrs. Wilson.

18 fevereiro 2007

Come fly...




Come fly with me, let's fly let's fly away
If you can use, some exotic booze
There's a bar in far Bombay
Come fly with me, we'll fly we'll fly away

Come fly with me, let's float down to Peru
In lama land, there's a one-man band
And he'll toot his flute for you
Come fly with me, we'll float down in the blue

Once I get you up there, where the air is rarefied
Well just glide, starry eyed
Once I get you up there, I'll be holding you so near
You may hear angels cheer - because were together

Weather wise its such a lovely day
You just say the words, and we'll beat the birds
Down to Acapulco Bay
It's perfect, for a flying honeymoon - they say
Come fly with me, we'll fly we'll fly away



[ Cahn | Van Heusen ]

17 fevereiro 2007

Ghenghis Khan em Pequim


'os nossos pés escorregavam em gordura humana'.

Frase atribuída aos embaixadores que visitaram Pequim [na altura Chung-tu, capital dos Chin] após a invasão de Genghis Khan, em 1214, depois de um cerco à cidade protegida por muralhas de doze metros, na qual sem mantimentos, os habitantes recorreram ao canibalismo... A entrada dos mongóis na cidade foi marcada pelo que ficou conhecido como barbarismo puro.

Why such a post? Because I can.

E parece que os chineses alegam que Genghis Khan era chinês e não 'malaio', considerando a Malásia, à época, integrada na China [?].

16 fevereiro 2007

Decadent



AskOxford.com:

adjective
1 characterized by moral or cultural decline
2 luxuriously self-indulgent
DERIVATIVES: decadence noun decadently adverb.
ORIGIN: French, from Latin decadentia; related to DECAY.

15 fevereiro 2007



Gerardo FRISINA [2oo5] The Latin Kick, Schema [SC 395].

14 fevereiro 2007

Armas Nucleares


Continuamos no Expressamente.

O Expresso de 22.4.2oo6 tem um cartoon com Mahmoud Ahmadinejad atras de uma ogiva nuclear.

Para não restarem dúvidas, coloca o nome: Ahmadinejad.

O sexto Presidente da República do Irão.

Lorenzetti não achou piada nenhuma, contrariamente ao habitual.

É que o balão coloca Ahmadinejad a dizer 'Sim, é uma bomba. Mas é uma bomba pacífica'.

É evidente o que a frase mostra: a ideia de que uma bomba nuclear tira a vida, ponto. Usar a palavra 'pacífico' quanto a um objecto desses é no mínimo irónico.

Até aí tudo bem.

O problema é terem posto uma das partes, quando há outras partes [leia-se países] que também têm armas nucleares.

E esses, caro cartoonista, são os verdadeiramente pacíficos?

Lorenzetti percebeu a mensagem evidente do cartoonista.

Só não percebe é porque o cartoonista não a aplicou a todos os detentores de bombas.

Ou há uns melhores que outros?

A ser assim, as 'outras' devem ser 'pacíficas'...




Imagem: MOAB Bomb, 21,000 pound bomb, US Military

Tiga >>> novo álbum


'(Far From) Home'.

Para quem não [sabe que] conhece Tiga, ouça já o Sexor.

Rosas en Feu


Lorenzetti não ficou abismado com a frase [já lhe ouviu piores].

No Diário Económico de 21.4.2006 dizia-se que Vieira da Silva 'está disponível para esclarecer o método de cálculo do desemprego'.

Não a pintora, evidentemente, que se finou e fica na história do país por boas razões.

Mas um ministro do actual Governo Português.

Lorenzetti supõe que seja o do Trabalho, supondo que ainda há Ministério do Trabalho [com ou sem Segurança Social?].

É que como dizia Cadilhe ao Expresso da mesma semana, 'não se reforma sem fechar serviços e dispensar pessoal'.O que não resulta num sistema político como o actual, uma vez que a seguir a 'um' vem 'outro' e muda tudo [ou nada] outra vez, sem grande lógica, sequência ou resultados [esperamos que a palavra Simplex não seja um sound-bit].

Questões de fundo à parte, vamos ao superficial: Lorenzetti sentiu-se tentado a confirmar a origem aristocrática do dito Ministro, não tendo chegado a qualquer conclusão sobre a sua origem social.

Não que isso interessasse em abstracto.

Mas em concreto, com uma frase tão monárquica -- diríamos majestática -- era de achar que sim: aristocrata e pouco sensível na escolha das expressões, sobretudo em público.

Em todo o caso, o ministro 'disponibilizou-se'.

É bonito quando um ministro diz isto.

Ele não serve em permanência, nem Trabalha.

Ele está 'disponível'.

Como me disse uma vez a Teresa, numa sinceridade que não esqueço, sobretudo de alguém que conhecia menos bem, 'são rosas, senhor, são rosas'.

Apanhe-as quem quiser.

Ou como dizia o Gonçalo 'tu falas, quem apanhar que apanhe'.

Mesmo que se trate de simples estatísticas. Mas Lorenzetti não é ministro, nem o ministro que se 'disponibilizou'.

Para 'esclarecer' como um ministério, entidade paga por todos os contribuintes, faz as contas sobre o desemprego.

Que por acaso são sobre a matéria que mais interessa aos cidadãos, seja qual for o país.

A Humanidade tem coisas curiosas [o famoso Ego??!]

Imagem: Maria Helena VIEIRA DA SILVA [1974] Bibliothèque en Feu (1974) CAM-FCG

De Culpado a Denunciante


Após longo brainstorm individual e para-científico, num retiro levado a cabo numa fria, sinistra e mui antiga casa na serra de Sintra, Lorenzetti conclui:

um Primeiro-Ministro que se torna Presidente é, invariavelmente [inclusive em termos geográficos] um Culpado que se torna Denunciante.

Lorenzetti irá agora pedir uma opinião jurídica sobre isto.

Porque a política só resultaria em guilhotina e a psicanalítica em depressão. E dispensamos ambas.

Imagem: catedral de Florença.

Numa de segredo de Justiça


Rogério Alves condecorado no Brasil
24-04-2006

O Bastonário recebeu no Brasil uma das mais importantes condecorações daquele país, a Grande Medalha da Inconfidência. A distinção foi conferida pelo Estado de Minas Gerais, que elogiou “o combate pela defesa dos Direitos Humanos e a cooperação que Rogério Alves tem defendido entre os dois países na área da Justiça”.

Rogério Alves foi este ano o único estrangeiro distinguido com esta condecoração. O Bastonário recebeu a medalha das mãos do Governador de Minais Gerais, Aécio Neves, neto de Tancredo Neves.

Estoril Open



Chegou aquele momento do ano.

De 1 a 7 de Maio, ainda no mal amanhado Jamor[*].


[*] Não, Lorenzetti não é adepto da solução Taguspark ou outra. No Jamor está-se bem. Mas podiam melhorar-se [criar-se?] as infratestruturas, sem recorrer ao método 'mamarracho'.

WAIST DOWN



O Poder de uma Saia.


Skirts by Miuccia PRADA
An Exhibition by AMO
19.4.2oo6 - 31.5.2006
Prada Epicenter
575 Broadway
NYC

GDD ganha o campeonato


'Por isso, como veterano do GDD e antigo jogador - que muito se esforçou mas pouco conquistou em muitos anos de rugby - agradeço-vos a certeza de que mais esta vitória, como as anteriores, não vos transformará em peneirosos, convencidos e presunçosos.

Pelo contrário, que esta nova vitória seja tónico para outras e mais outras, sempre investidos das duas principais características dos grandes campeões: uma enorme humildade e um tremendo respeito pelos adversários! '


José Sousa de Macedo
Director de Formação do GDD

Gás.


Já se pode falar dela.

Aquela que ficou conhecida como 'a campanha da menina do gás'.

É o sonho de qualquer publicitário.

A dita campanha teve como auge não o download e os emails com filmes da dita 'menina do gás', com direito a the making-of e tudo [estilo extras de DVD], mas sim a venda [sim, venda] pela GALP de uniformes iguais ao utilizado pela 'menina do gás'. Lembram-se do último Carnaval?

É o sonho de qualquer publicitário.

E foi o sonho de todos os homens.

E como é fácil manipulá-los.

Lorenzetti gosta de ver coisas bem feitas.

!

Bossa here Bossa there Bossa everywhere


Lorenzetti continua a ouvir desde Charpentier a Doors, de Garbage a Miles Davis, e de Tosca a Pergolesi,a Luís Leite e a Tiga.

Depende dos momentos e da disposição, claro.

Mas cada vez se convence mais que a bossa é transversal na sua agenda e estados de espírito.

Completude.


Silvia Telles Alaide Costa Toquinho Charlie Byrd Elis Regina Bebel Gilberto Miucha Joyce Caetano Veloso Lisa Ono João Donato Jonny Alf Baden Powell Luis Eça Basia John Pizzarelli Vinicius Cantuaria João Bosco João Gilberto Antonio Carlos Jobim Vinicius de Moraes Astrud Gilberto Nara Leão Oscar Castro Neves Carlos Lyra Sergio Mendes Roberto Menescal Baden Powell Marcos Valle Walter Wanderley Stan Getz

Lisboetas descobrem que Lisboa tem rio


'Gostaria que os portugueses o aproveitassem mais. Vamos ver', completou Cavaco Silva, referindo que 'este ano, em que se assinalam os 150 anos da Associação Naval de Lisboa, pode ajudar a dar um novo impulso à prática de desportos náuticos'.

É a primeira frase de Cavaco Silva com a qual Lorenzetti concorda.

Mesmo agora, enquanto Presidente da República.

E mesmo podendo afirmar-se [numa certa perspectiva...] que tem agido mais como Primeira Dama...

A regata do aniversário da ANL foi um marco. De facto ninguém aproveita o rio. Motas de água, barcos, ski, nada.

Deve ser da crise. Mas sendo o actual PR um exímio economista, não deve ser por isso. Vamos a ver esses navios...


PS - sim, Lorenzetti foi daqueles a quem o pai quis obrigar a andar à vela.

Capitalismo de Fach[ada]: carta aberta aos 'amigos do costume'

Portugal vive um momento muito interessante.

Não se refere Lorenzetti à famosa 'crise', que não se reflecte no parque de estacionamento do Estoril Open e afins, nem nas férias e outras coisas que tais dos portugueses ditos de classe média.

Lorenzetti refere-se à visão de muitos dos 'iluminados do costume', sejam jornalistas, economistas, gestores, 'comentadores' [supostos 'opinion-makers' e 'especialistas'] ou mesmo [imagine-se] políticos [ou como dizem os Franceses, e certamente bem, les 'hommes politiques'] do capitalismo e modelo actual de vida, de sociedade, de economia.

A ideia da economia aberta, em que o mercado funciona por si, com uma alegada mão invisível.... Et cetera...

Vindas as [assim tantas?] OPAs, começa a histeria do proteccionismo.

'Ai a Economia Nacional'

'Ai os centros de decisão'

'Ai os empregos'

'Ai os espanhóis'

'Ai os anéis e os dedos'

'Ai que vamos ser dominados pelos 'grandes grupos' dos 'Estados grandes''


Decidam-se. Sejam coerentes.

Estudem e façam escolhas. Mas assumam-nas.

Se o capitalismo e a economia aberta devem existir, qual o medo da mudança para gestores [e donos] mais eficientes e fecho de empresas ineficientes?

Ou o conceito de 'eficiência' varia com termos lugar nela, com o famoso 'tacho'?

Se a fábrica fechou, é porque já não serve. Não dá dinheiro. Ou dá menos do que noutro sítio qualquer.

E se abriu é porque alguém o queria. E se fechou é porque alguém o quer.

O dinheiro.

Ou uma empresa é pura obra de caridade?

Se os Portugueses são comidos, é porque não comem. Não são competitivos, como 'a malta do costume' adora dizer.

Mas 0s 'amigos do costume' é que não são competitivos.

Gosta de estar no quentinho.

Não estuda, não trabalha e tendo ou não background, não o consolida ou não o substitui.

E são comidos: ou se vendem, ou levam um chuto da Administração.

No fundo, Portugal e 'agir Português' deve estar fora de moda.

Mas no mercado livre temos de assumir isto.

Mesmo que implique o nosso despedimento.

Ou a mudança de nome do país.

Ou a sua integração num qualquer espaço económico.

Ou outra coisa qualquer, por escandalosa que pareça [deve, aí, ser vista como uma shift da procura, que serve de incentivo a que alteremos o nosso comportamento, de forma racional, enquanto agentes económicos do lado na oferta...[!]].

Afinal, a Economia é Livre.

E a mão, Invisível e externa.

Ou não?

In the Car



L. decidiu quebrar a sua maior rotina e marcar Isso com Isto.


Roy LICHTENSTEIN, 1963

13 fevereiro 2007

1953. 2oo7. Whenever.



A kiss on the hand may be quite continental
But diamonds are a girl's best friend

A kiss may be grand but it won't pay the rental
On your humble flat, or help you at the automat
Men grow cold as girls grow old
And we all lose our charms in the end

But square cut or pear shaped
These rocks don't lose their shape
Diamonds are a girl's best friend

Tiffany's, Cartier
Talk to me, Harry, Winston,tell me all about it
There may come a time when a lass needs a lawyer
But diamonds are a girl's best friend


There may come a time when a hard-boiled employer
Thinks you're awful nice
But get that ice or else no dice
He's your guy when stocks are high
But beware when they start to descend
It's then that those louses go back to their spouses

Diamonds are a girl's best friend
I've heard of affairs that are strictly platonic
But diamonds are a girl's best friend
And I think affairs that you must keep liaisonic
Are better bets if little pets get big baggettes
Time rolls on and youth is gone
And you can't straighten up when you bend

But stiff back or stiff knees
You stand straight at Tiffany's

Diamonds
Diamonds
I don't mean rhinestones
But Diamonds
Are A Girl's Best Friends


Foto: OK, é uma pirite...