O primeiro-ministro José Sócrates [PS] foi condenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa, a pagar EUR10000 de danos não patrimoniais ao jornalista José António Cerejo, do Público.
O PM afirma que se trata de uma "questão de foro pessoal" [supomos que a história do 'engenheiro técnico' e da 'Universidade Independente' também o seriam]. E se diz que é pessoal, supomos que não irá invocar, neste e outros casos, os privilégios que tem enquanto PM!
Em causa está uma carta publicada no Público em 2001, da autoria de José Sócrates, na altura ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território. Este acusava José António Cerejo de ser "leviano e incompetente", de padecer de "delírio" e de servir "propósitos estranhos à actividade de jornalista".
Esta carta foi como Sócrates reagiu a notícias assinadas pelo jornalista que denunciavam um subsídio dado pelo Governo de Guterres [afinal não era uma questão pessoal?] à DECO no valor de de 200 mil contos.
O jornalista garantia que o processo tinha sido iniciado pelo actual primeiro-ministro, que tinha a tutela da DECO.
Cerejo intentou uma acção contra o primeiro-ministro, pedindo a condenação de Sócrates ao pagamento de uma indemnização de 25000 euros. Por seu turno, considerando que o ofendido era ele [!], José Sócrates exigiu uma indemnização de 60000 euros ao jornalista...
E agora Sócrates foi condenado.
Mas não falemos disso. É pessoal...
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