28 novembro 2006

Os crominhos do costume.


No 'mundo global', onde 'as-pessoas-têm-que-perceber-que-já-não-existe-um-
-emprego-para-a-vida-toda, há coisas giras.

Que me divertem.

Sob pena do contrário.

Uma delas é 'os-crominhos-do-costume'.

Os 'os-crominhos-do-costume' são imensos, há-o de vários tipos, tamanhos, cores, estilos, enfim.

Um deles é o que se chamava de yuppies. Neste caso, os wannabes.

A Lucy Kellaway, que é a minha colunista favorita do Financial Times [a Patti Waldmeir é-o por razões menos subjectivas] escreveu sobre esses 'crominhos-do-costume'.

Há umas semanas [23 de Outubro!] Lucy publicou a coluna 'Why this ghastly jobseeker is a model corporate candidate'.

Era sobre um personagem gozado em tudo o que é estabelecimento com luzes de néon, telefones e faxes a tocar e a vibrar e vários monitores por personagem. Desde logo Wall Street, para a qual o personagem enviou este vídeo 'auto-promocional'.

Chama-se Aleksey Vayner.

Um CV de 11 páginas e uma candidatura à UBS que fica para a história.

Destaco o momento no ginásio, a dança com a asiática seminua e de ar profissional, o serviço igual ao de Andu Roddick [mas sem radar] e o salto para as olimpíadas em ski no qual o próprio Vayner diz à Fox5 poder não ser ele:

'-is that you?
- I can't say...
- wait a minute! you don't know if this is you and you put it on a video resumé?!!
- well we're almost certain...
-almost certain???! You want to be an investment banker!!! Almost certain doesn't cut it !!! How could you do that?!?'


E refere a Fox no início do programa: Vayner tornou-se 'a national laughing stock'.

Impossible is Nothing é o vídeo que já terá chegado ao famoso YouTube.

E Vayner já foi entrevistado pela MSNBC e pela Fox5 [ambas dizendo que era a primeira entrevista dele, pelo que afinal também tem o dom da ubiquidade, ou a Fox ou a MSNBC o da mentira -- ou 'lapso' -- no exercício da actividade jornalística].

No tal vídeo o nosso Senhor Vayner mostra os seus talentos aos empregadores.

As pérolas:

'If people tell you you can't, ignore the loosers'

'Failure isn't an option. Always push yourself outside your comfort zone'.

Mas como diz a brilhante Kellaway, 'Mr Vayner's work-hard play-hard line and his fitness obsession are standard for all employers of alphas'.

É verdade.

O que a malta da banca de investimento pede é isto.

Putos que durmam pouco, trabalhem muito, produzam muito, estejam fit. Que arranjem soluções novas, que sejam talentosos, que sejam líderes.

Basicamente pedem sempre a mesma coisa. Parece tão exagerado. Tão irreal. It is not.

O que faz pensar nalgum copy-paste das empresas que tratam da imagem deles.

Ou então em algum 'cartel' que acordou frases ridículas.

Este 'crominho-do-costume' apenas respondeu àquilo que é pedido.

É claro, faltou-lhe algum bom senso. Que até é um requisito...

Não sei se porque vive na aldeia, ou porque faltam alguns miolos. Não descortino qual seja a terceira possibilidade, mas deve existir, porque o Senhor Vayner graduou-se em Yale, o que deveria afastar a segunda e mitigar -- ainda que ligeiramente -- a primeira.

Mas de facto é o que pedem.

Não quero ser processado nem perder oportunidades sociais e profissionais... pelo que cito apenas parte de um anúncio de um dos nossos amigos citado... por sua vez... por Lucy Kellaway:

'I have zero interest in okay. I have frustrated cynics. I have lit fires. I work for JPMorgan'.

Fiz a minha pesquisa. Nunca gostei de TPC a não ser o meu próprio TPC.

Here it goes, para quem quiser fazer publicidade standard, os palavreados do costume:

'leading international'

'commercial awareness'

'leading'

'in the world'

'stimulating work environment'

'goes beyond just'

'broad and comprehensive training programme'

'anticipate their business needs and offer solutions'

'world's largest and most prestigious'

'successful track record'

'cutting edge advice'

'proactive role in shaping your development and progression'

'international opportunities'

'major international'

'years at number one'

'expertise along the whole spectrum'

'integrity is constant. diversity'

'who combine intelectual ability with enthusiasm and creativity'

'team spirit, a focus on quality'

'elite global'

'priority we place in the individual needs'

'friendly, team-orientated and collegiate culture'

'the choice between breadth and depth is yours'

'agile and creative minds'

'it's not all work'

'individual, responsive and approachable'

'intelectual challenge and stimulus'

'diverse and extensive international practice'

'challenging and exciting experience'

'energetic, creative and independent-minded'

'excellent interpersonal skills'

'team players'

'consistently strong academic record'

'one of Europe's leading'

'some of the world's brightest business minds'

'global coverage'

'world's leading companies'

'intelectually demanding, rewarding and varied'

'it is not for the faint hearted, however'

'

'groundbreaking projects where no precedent exists'

'leaders in their fields'

'leading-edge companies want leading-edge advice'

'eliminating any need for competition between colleagues'

'you will never stop learning'

'bright, articulate, confident, engaging individuals'

'we are not interested in clones'

'intelectual capability, common sense and excellent written and spoken communicatiomn skills'

'challenging environment'

'the principle of diversity is fundamental to our continuing success'

'world's leading multinationals'

'diverse personalities flourish here'

'the calibre'

'clients are market leaders'

'solve problems together'

'we come up with practical an inventive solutions'

'major transactions'

'specialist expertise'

'explore your potential to the limits of your ability and ambitions'

'international work'

'real cases from the outset'

'cohesion and confidence'

'ability to see the bigger picture'

'intellectual and creative'

'cutting edge'

'we don't just encourage and support success; we expect and reward it'

'stimulating and rewarding'

'great expertise'

'ability to adapt'

'you'll work at the senior level'

'you'll shine as an individual'

'multi-disciplinary capacity'

'supportive and co-operative'

'give as you earn'

'continued success'

'if you want to make a difference we will help you'

'yo'll find yourself in key project roles'

'talent and ambition'

'larger corporate transactions'

'you're making a real impact right now'

'truly exceptional individuals - people who naturally excel in life. People like you.'

'undisputed best in the world'

''if you've got it to succeed, we'll make sure you'll do'

'opportunity to shine'

'only when you realise your ambitions do we realise ours'

'who can think and can engage'

'prestigious clients and challenging projects'

'potential, rather than pedigree'

'drive, intellect and vision'

'co-operation rather than competition'

'hands-on experience'

'highest calibre'

'at the forefront'

'real work situations'

'cross-border and multi-jurisdictional transactions'

'wide range of opportunities and skills'

''you will flourish'

'we offer a range of pro-bono activities'

'life is more than just work'

'excellence in everyone and everything'

'international outlook'

'work and play'

'unlimited potential, unlimited results'

'open minded'

'we're the one for all talented'

'start at the top'

'major deals'

'no limits'

'we set high standards'

'learning never stops'

'uniqueness'

'we don't like red tape'

'intelectually demanding'

'strong analytical skills'

'work-life balance is perfect'

'at the centre'

'you will be fast-tracked'

'for new starters, there's very little photocopying'

'determined, self-motivated and have a healthy sense of humour'

'teamwork'

'specialist expertise'

'top quality training'

'work is very varied'

'client-led organisation'







Havia repetições? É normal. Fomos fiéis nas citações.

E não se esqueçam. Como 'diz Vayner', o génio de 23 anos a acabar o curso em Yale:

Always push your limits.
Always push your comfort zone.

26 novembro 2006

A roleta da indisposição russa


Após aquele que é referido como envenenamento através de agentes radiactivos [numa conhecida cadeia de sushi de Londres] de um opositor político do actual Governo Russo [Alexander Litvinenko] a imprensa britânica menciona [e relaciona] a 'inexplicável' indisposição do ex-primeiro ministro Yegor Gaidar, numa visita à Irlanda. Um político 'reformista', como diz o Financial Times.

A imprensa, pelo que percebo, relaciona ambos, insinua que haverá uma relaçáo com Putin, e alguma atira as culpas para o KGB.

Sinceramente passa-me ao lado.

Mas num assombro de patriotismo recordo-me -- não sei bem porquê -- da frase de Jorge Coelho, traduzida pelos marretas do Contra Informação para 'don't mess with PS':

Quem se mete com o PS leva.

25 novembro 2006

Floribella


No início ignorámos porque não sabíamos.

Depois continuámos a ignorar porque era [é] irrelevante.

Mais tarde, ignorámos porque não ia [nem vai] durar.

Hoje falamos 'nisso' pela genialidade do modo como está a ser gozado.

Floribella, 'by' Gatos Fedorentos, agora na versão [so they say] 'magazine'.

Primeiro, foi o artigo de um dos 'fedorentos' na 'ainda-mexe' revista Visão.

Depois a pândega total no dito 'magazine'.

O artigo foi intelectualmente estimulante.

O sketch no magazine foi sadicamente divertido.

No sketch vê-se coisas como uma 'Floribella Trap', tipo armadilha para ratos gigante, com o habitual queijito esburacado, mas com os extras que agradam à personagem. Tudo coisas de pita burra, todas 'bonitinhas', incluindo as florzinhas e os pózinhos de não-sei-quê, num pseudo-romantismo barato que oscila entre o bordel do famoso e irreal casino ilegal da subcave da residencial KaBimba, e a perigosa [!] referência dos Fedorentos à Igreja [que não ousaram em atirar dois terços para a armadilha à dita 'Floribella'.

O artigo na Visão era genial, associando Floribella ao mais bacoco do regime do Doutor Oliveira Salazar. Com título 'António de Oliveira Floribella' e um cartoon com a cara, corpo, fato de Salazar e a famosa saia Floribella [patenteada pela SIC?], à qual não falta a a 'florzinha' no topo do crânio.

De modo inesperadamente inovador, chama-se atenção no dito artigo [de 6.7.2006] para duas coisas fantásticas.

A primeira e mais prática é que 'enquanto os miúdos dos 'Morangos com Açúcar' estão a praticar o sexo pelo sexo e a experimentar diversos tipos de droga, como qualquer adolescente saudável, a Floribella anda entretida a acreditar em Fadas'.

A segunda e mais 'académica', é a de comparar a personagem Floribella ao imaginário e ideário pré-25 de Abril.

A ideia que ser pobre é óptimo.

Porque sobra tempo e se tem sonhos.

Que a Floribella é pobrezinha e que gosta.


Mas atenção [agora Lorenzetti speaking]: ela é pobre. Mas as saias dela e afins estão à venda. E pelo que se sabe a actriz que a encarna já se mudou da merdaleja para Cascais.

A vida é bella.

24 novembro 2006

Afinal, o que é um Advogado?


Nas últimas semanas discutiu-se em Portugal um resultado estatístico segundo o qual metade dos advogados em exercício têm menos de seis anos de experiência.

Poderíamos inquirir se isto se reflecte na qualidade do serviço, ou se é devido à proliferação de cursos de Direito e não fixação de baixo numerus clausus, ou se os advogados rapidamente desistem de ser advogados.

Para além das questões mais imediatas, podemos antes pensar no básico do básico.

O que é um advogado hoje em Portugal?

Não no sentido filosófico, mas na prática.

E em particular, o que é um advogado de cidade. Isto é sobretudo interessante se comparado com o City lawyer londrino.

O caso português, se lermos a legislação aplicável, é simples de entender, mas difícil de perceber. Entende-se o que a lei diz e como a realidade é, mas não se percebe a razão de ser da divergência entre a legislação e a realidade.

A legislação hoje em vigor resulta de uma recente reforma global e consiste essencialmente na chamada 'Lei dos Actos Próprios'[Lei 49/2004] e no Estatuto da Ordem dos Advogados [Lei 15/2005], bem como em diversos regulamentos sobre formação e avaliação, todos no site da Ordem dos Advogados.

A Lei dos Actos Próprios prevê essencialmente dois tipos de actividade reservada aos advogados.

O exercício do mandato forense e a consulta jurídica.

'São ainda actos próprios dos advogados e dos solicitadores os seguintes:

a) A elaboração de contratos e a prática dos actos preparatórios tendentes à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente os praticados junto de conservatórias e cartórios notariais;
b) A negociação tendente à cobrança de créditos;
c) O exercício do mandato no âmbito de reclamação ou impugnação de actos administrativos ou tributários'


Assim, que exercer estas actividades sem ser [solicitador em alguns casos, que aqui não trataremos] advogado ['licenciados em Direito com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados'] é criminoso [crime de procuradoria ilícita, 'punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias'].

Aparentemente, tudo bem. O artigo percebe-se e a reforma em geral foi uma boa ideia e na maioria um avanço.

Mas como em muitas situações na vida, os problemas descobrem-se mais tarde.

Quais os requisitos então para ser advogado, se quisermos praticar ambas as actividades acima ou apenas uma delas?

Em, regra, o famoso estágio, que culmina com um complexo processo de avaliação [também ele reformado recentemente] incidente sobre deontologia [essencialmente ética profissional] as áreas processuais [i.e. processo civil e penal, podendo ainda ser examinadas matérias em direito processual laboral e direito da família].

Se é evidente que ética profissional é essencial, já é difícil compreender que um indivíduo interessado em prestar apenas consulta jurídica ou apenas exercer o mandato forense tenha de saber e ser examinado em todas as matérias, i.e. aquelas aplicáveis a quem exerce o mandato forense e a quem presta consultoria jurídica.

Sobretudo quando as áreas de Direito são hoje tão diversas e a especialização inevitável.

Seria o mesmo do que exigir a um dentista que saiba extrair um tumor cerebral, ou a um professor de matemática que saiba ensinar também [e tão bem] história ou educação visual.

É interessante e quem sabe lúdico, mas custoso, a todos os níveis e, sobretudo, inútil.

Se é claro que existe uma 'clínica geral' pela qual devem passar todos os profissionais de um ramo, essa clínica está na licenciatura. O resto é especialização.

Para quê exigir a advogado que pretende exercer o mandato forense na área laboral que perceba de direito financeiro?

É evidente que esse advogado não precisa de saber o que é um swap, ou um lease-back, ou a MiFID.

E é evidente que um advogado da área financeira não deve ser obrigado a saber se quem exerce o mandato forense pode apresentar requerimentos de abertura de instrução ao sábado e a qualquer pessoa que passe na rua, ou se pode enviar por fax, ou qual é o mapa judicial português.

Devia pois ser evidente que não faz sentido aplicar regimes de régua e esquadro a realidades diferentes daquilo que se avalia.

E é o que acontece hoje. Exige-se processo penal, processo civil e afins.

Porém, se esse candidato a advogado estiver a trabalhar num escritório onde nem sequer se fala de tribunais, a palavra é perplexidade. E logo de seguida, inadequação.

E é isso que acontece nos escritórios de advocacia de qualquer cidade onde se fazem negócios.

Os advogados prestam consulta jurídica, muitas vezes em negócios que não vão a tribunal, dadas as exigências de tempo e discrição das partes. É o caso, desde logo, da banca de investimento, da bolsa e da banca privada / gestão de activos.

E não se diga que isto não é advocacia.

É-o dese logo porque a Lei dos Actos Próprios estabelece como acto próprio dos advogados a consultoria jurídica.

Seja sobre divórcios [de pessoas...] ou fusões [de sociedades comerciais...].

E não se diga que há pouca gente nisto.

Desde logo porque os maiores escritórios [em número de advogados] são, como se sabe, aqueles que menos exercem o 'mandato forense'. Talvez por isso os advogados ingleses se dividem em solicitors [consulta] e barristers [mandato forense]. Uns litigam, os outros fazem o resto. Todos são regulados pela mesma entidade, mas de modos diferentes. E com formação diversa.

Não trata este post de 'arrogância da banca', como dizem alguns. Não se trata de afirmação da 'advocacia de negócios'.

Trata-se de a Lei dos Actos Próprios enquadrar como advocacia toda a consultoria jurídica, inclusive a de 'negócios', que em regra nada têm a ver com tribunais.

Não se leia daqui que tal não deve entender-se como acto próprio.

Leia-se sim que se assim é, a avaliação dessa gente deve ser específica.

Não se devendo pois exigir a quem presta consulta jurídica em asset finance, project finance, corporate finance, telecomunicações, serviços financeiros ou valores mobiliários, que perceba de processo civil, penal ou laboral, ou divórcios.

Para já é inútil.

E depois é injusto e conservador sem sentido, tentando perpetuar a ideia de que ['a verdadeira']'advocacia' é apenas tribunal.

Se o é, não se incluísse a advocacia de negócios na Lei dos Actos Próprios...

Mas sobretudo, é danoso para os consumidores de serviços jurídicos.

Que confiança tenho eu no título de 'advogado' que tem a pessoa que contrato para dar-me uma opinião sobre um acordo de gestão de carteira [de valores mobiliários] com um dos meus bancos ?

Nenhuma.

Porque afinal, não o avaliaram em direito bancário, nem em regulação de valores mobiliários.

Avaliaram-no em processo civil, penal e afins.

E a mim, como cliente, para este tipo de serviço, que é o que quero, isso nada me diz.

Apenas me preocupa.



PS - Irei, provavelmente, acabar por contratar um psicólogo. Maria, quando acabas esse curso ?

23 novembro 2006

O problema português não é fazer asneiras.


É ser excessivo na sua análise [na diagonal e de modo demagógico] e nada comunicativo ou cauteloso.

Segue um exemplo oposto, de uma obra que correu mal esta semana -- destaque para as toneladas caídas do céu e para a contaminação de um projecto relacionado com jardinagem -- no centro de Londres, e que recebi por viver nas imediações:


Dear [XXX],

The officers responsible for the [XXX] construction projects report:


During the past few days there has been a series of unexpected setbacks affecting the
progress of the current works, with consequent effects on the rest of the community.

1. Further material containing asbestos has been found in the area of the [XXX] project. This has meant that all work has had to be suspended whilst the area is
decontaminated. Material delivered for installation there has had to be stored around [XXX].

2. The installation of lightning conductors (east side, [XXX] Building) has been
much more difficult than expected: the concrete slab has to be breached at points of
exceptional thickness and hardness, to provide adequate earthing. This extremely noisy process will be completed before the end of this week.

3. The temporary fire-escape stair in the North Court, adjacent to the [XXX], will be dismantled this week. The contractors' huts will follow shortly. The operations should not be intrusive.

4. The final part of the removal of the fuel oil tanks form the [XXX] building was
scheduled for last weekend. When the removal of the scrap was attempted at 0730 on
Monday, the container failed and dumped about 10 tons of scrap metal on the [XXX].
Re-loading and removing this material was an unavoidably noisy and obstructive operation. (The material was directly above [XXX], which was closed for the day as a safety precaution. The [XXX] has now been re-opened, following inspection by a Structural Engineer.)

May I on behalf of the design and the construction teams offer my apologies and thanks for your forbearance.

[XXX]
Client Liaison Officer
Estates Department

To which I add my own apologies,

[XXX].


[XXX]
Director
[XXX]

Phone: [XXX]
Fax: [XXX]

22 novembro 2006

Barcelona invade Londres


É a sensação que tenho ao ver que todas as salas de espera, se empresas e condomínios [o que não significa que entregue pizzas ou faça serviços ao domicílio] têm cadeiras Barcelona.

Qual seria a reacção de Mies Van Der Rohe, que a desenhou em 1927 ?

21 novembro 2006

Histerismo [nada]socrático


A 'semana política' em Portugal ficou marcada pelo 'incidente' causado pelo actual Primeiro-ministro, que naquilo que é referido como ataque de histerismo no Parlamento acusou um deputado da bancada comunista de ser comunista.

No caso concreto, trata-se de um economista. E em Portugal poucos economistas haverá que não tenham ligações a um partido político [tradicionalmente o PPD-PSD]. Claro que alguns são mais óbvios que outros.

É curioso como alguns políticos portugueses conseguem conjugar na mesma frase e acção o verbo 'acusar' e classificar alguém como aquilo que é.

É como 'acusar' Mourinho de ser treinador de futebol, acusar Mário Soares de ser ex-Presidente da República, acusar Amália Rodrigues de ter sido [durante longos anos, imagine-se!] fadista, ou de acusar-se Adriana Lima de ser gira.

Ou, é evidente, acusar-se o actual Primeiro-ministro, de seu nome José Sócrates Pinto de Sousa, de ser... Primeiro-ministro!

Se é certo que o Primeiro-ministro não foi acusado de ser Primeiro-ministro, o deputado comunista visado saiu em glória:

Após a sessão parlamentar o Primeiro-ministro pediu-lhe desculpas e chegou a telefonar-lhe, segundo diz o deputado em entrevista, acrescentando que respondeu ao Primeiro-ministro salientando a sua falta de educação e frisando que não descia ao seu nível.

Isto porque logo no fim de semana teve honras de entrevista [pela mesma jornalista que normalmente 'confronta' Marcelo Rebelo de Sousa.

E nessa entrevista o deputado comunista [e economista, como se afirma em primeiro lugar] pode expôr-se em grande, 'acusando' [agora em sentido próprio] o Primeiro-ministro de não ser educado, de descer a um nível inqualificável e de não ter sequer [talvez por isso acusar o comunista de ser comunista] respondido às questões com as quais foi confrontado.

O 'comunista que é comunista' chama-se Eugénio Rosa e é um caso interessante da sociedade portuguesa, oscilando entre a economia e política.

Há alguns anos os seus e.mails com comentários e análises económicas circularam por aí [e ainda circulam] com assuntos [de e.mail] tão misteriosos como E4 ou F4.

As pessoas perceberam a qualidade da coisa [ou simplesmente acharam 'graça'] e passaram.

A certa altura a coisa ficou séria: os e.mails circulavam vorazmente e vários líderes políticos e económicos deste pequeno país à beira mar plantado o recebiam.

Poderia tratar-se de um exótico economista em busca de protagonismo [academica e profissionalmente merecido ou simplesmente narcisisticamente desejado], mas em boa verdade -- como me apercebi pela entrevista a Flor Pedroso -- o senhor já tinha um historial anti-fascista e militância no PCP.

Era portanto alguém dos fundos [pelo menos para o comum dos portugueses] que veio surgindo.

Neste momento está temporariamente na bancada parlamentar do PCP e é pois um caso interessante pelo modo como aí chegou e pelo modo como intervém.

Isto porque não se reduz -- como a maioria dos desputados, seja qual for o partido -- ao puro cacique.

Mas porque se baseia em dados económicos objectivos.

Coisa que não é comum na política portuguesa, sobretudo aquela que é reflectida nos jornais e nas televisões.

O mesmo que [aparentemente] chegou a fazer Paulo Portas no início da sua vida política, quando na oposição 'ousava' aparecer com estudos ou projecções ou propostas políticas com fundamentação económica alternativa e mais positiva que a do Governo de então.

Os portugueses reconhecem isto.

E assim subiu Paulo Portas [só mais tarde a cosmética veio a ser o plus, até que foi o tudo, e desapareceu a fundamentação económica do que fosse].

E assim está a subir o outrora anónimo [e provavelmente futuro anónimo] Eugénio Rosa.

E assim desceram os governos do PS, na altura 'Guterres' e hoje 'Sócrates'.

E é 'assim' curioso como este anónimo causou histerismo no Presidente do Conselho...

Mas suspeito que a culpa não é anónima.

E que as vítimas são uns bons milhões de cidadãos.

E se a incompetência e autoritarismo não bastassem, acresce agora a histeria. O enquadramento é 'peculiar' e faz-me lembrar filmes como 'Ninho de Cucos' ou o mais prosaico 'Casa de Doidas'.

20 novembro 2006

só rir. o problema é mesmo os seguidores.


Nasty Girl

Notorious B.I.G. feat. P. Diddy, Nelly, Jagged Edge, Avery Storm

The Biggie duets (Uh)
Jazze Phizzle (phizzle phizzle)
Jagged Edge
Biggie Smalls
Ladies and gentlemen...

[Biggie Smalls]
I go, on and on and on and
Don't take them to the crib unless they bon'in
Easy, call em on the phone and
platinum Chanel cologne and
I stay, dressed, to impress
Spark these bitches interest
Sex is all I expect

If they watch TV in the Lex, they know
They know, quarter past fo'
Left the club tipsy, say no mo'
Except how I'm gettin home, tomorrow
Caesar drop you off when he see his P.O.(hey)
Back of my mind, I hope she swallow
Man She spilt a drink on my cream wallows
Reach the gate, hungry just ate
Riffin, she got to be to work by eight

This must mean she ain't tryin to wait
Conversate, sex on the first date I state "You know what you do to me"
She starts off, "Well I don't usually"
Then I, whip it out, rubber no doubt
Step out, show me what you all about
Fingers in your mouth, open up your blouse
Pull your G-string down South, aoowww
Threw that back out, in the parking lot
By a Cherokee and a green drop-top
And I don't stop, until I squirt
Jeans skirt butt-naked it all work


[Chorus - Jagged Edge]
Gotta love ma little nasty girl
U know I love ma little nasty girl
I love ma little nasty girl
All the ladies if u hear me
Grab Ur titties for B.I.G

Ma' little nasty girl
All ma women from around the world
I love ma little nasty girl
All the ladies if u hear me
Grab Ur titties for B.I.G

[P. Diddy]
I need u to dance
I need u to strip
I need u to shake Ur little ass n hips
I need u to grind like Ur working for tips
N give me what I need while we listen to prince

Coz miss U ain't seen the world yet
Rocked da pearl yet
Rocked them pearl sets
Flew in em pearl jets (ooooohhhhh)
My style make a low profile girl smile
Throw a chick back like i blew thru a trial
Now u n me can drink some Hennessy
Then we get it on
Mad women wantin to bone Sean combs
Sippin on Patron
Speeding we be leanin
Got em feeling
N when I give it to u throw it right back (right back)
Tell me Diddy 'Yeah I like it like that' (like that)
Lift your shirt
U know how I flirt
Heels and skirt
Let's take it off
Now lets work (lets work)

[Chorus]
[...]
[Jagged Edge]
[...]
[Nelly & Avery Storm]
Ok ma what's Ur preference
Nice and slow
Or fast and reckless
Pull Ur hair girl, bite Ur necklace
Let me show u what a nigger from Louis blessed with
Hey.... i make u spring a leak
When I'm done I flip the mattress
Change the sheet (got to change show)
I'm like a radical one
I vibrate a little more than Ur mechanical one
(From Ur titties to you thong)
Either way mama I'm a make u do it or do it
(Girl I'm about to make u come)
Guaranteed when Ur fuckin with me
(Coz I go on and on and on...on and on and on....on and on)
Ladies if u feel me
Grab them Thangs fo Biggie

[Chorus]
[...]

Ladies and Gentlemen you are now tuning into the very best
Diddy
Jazze Phizzle
Nelly now
Jagged edge (u no that u looovvveee)
The Notorious (notorious)
B. I. G
The Biggie duets
Notorious
Bad boys
Show enough (Show enough)
Notorious
wwoooooooaaaooooww
Notorious
Ladies and gentlemen
Let's go...
Let's go...
Let's go...
Let's go...
Hey hey hey... hey

19 novembro 2006

O Insulto pago pelos Portugueses



Já não usava o carro há imenso tempo e esqueci-me que tinha tirado os CD's.

Isto para explicar que ouvi rádio.

E que como estava desactualizado quanto ao que se vai passando no país, não pus a Oxigénio nem a Antena2, mas a Antena1.

Era uma manhã de sábado. Este sábado. Estava a dar um programa de 'debate/comentário' com um psicólogo [Carlos Amaral Dias] e um jornalista [Carlos Magno].

Discutiam a política nacional, apimentando as coisas citando uns sociólogos e 'political scientists'.

Disseram alguns disparates, mas isso acontece a qualquer um, e todos podemos discordar usn dos outros ou simplesmente não perceber. Aconteceram-me ambas as coisas durante o dito programa.

O psicólogo Carlos Amaral Dias disse no entanto duas coisas que, direi eu, não se dizem. Desde logo porque são mera forma, sem de conteúdo. E uma forma bem grosseira.

Uma foi referir-se à 'canalha da América do Sul' [citando depois nomes de vários políticos da região e incluindo o filho do Presidente da República Federativa do Brasil, referindo-se-lhe como indíviduo que enriqueceu rapidamente sem se saber como].

Outra foi chamar imbecil já não me recordo a quem [a lembrar-me -- ou a lembrarem-me -- volto cá].

Pensei na falta de educação [falta de diplomacia e sobretudo na inutilidade] do discurso e mudei de estação de rádio.

Depois lembrei-que era a Antena1, estação pública.

E que há portanto uma estação de rádio, paga por mim e todos os demais contribuintes portugueses, que tem um programa regular no participa um senhor que se refere a líderes políticos da América do Sul como 'canalha' e chama a outros 'imbecil'.

Nem a filha dele, que como se sabe é uma jovem deputada da extrema esquerda, estando na política, fez uma coisa daquelas.

Há alguns posts considerei emigrar, coisa que fiz temporariamente.

Neste momento repenso o meu domicílio fiscal. E para isso contribuiu um psicólogo.


PS - poderiam dizer-me que era mais fácil extirpá-lo da rádio do que eu mudar de domicílio fiscal. É verdade. Mas não acontece.

18 novembro 2006

'será que é desta ?!'


O Times publica hoje uma notícia sobre o terceiro casamento de Tom Cruise.

A expressão 'terceiro casamento' levanta logo algumas sobrancelhas. Afinal, espera-se que as pessoas casem uma vez, que 'assentem' ou que, se suceder mais do que uma, que a próxima seja a 'final'.

O argumento religioso é aceitável e percebe-se.

Mas quem não tem um argumento religioso mas uma mera convenção social [ainda que originariamente religiosa], podia preocupar-se em arranjar algo para fazer [quem sabe, casar outra vez ou simplesmente aprender a ser autónomo, o que passa por arranjar empregados ou empresas prestadoras de serviços de todo o tipo...].

Diz o jornal que 'Tom Cruise will hope practice makes perfect as he gives married life a third go and weds Katie Holmes in a 'cursed' Italian castle'.

Sabe lá o jornal se ele 'hopes' ou não 'hopes'.

Supõe-se. Diz-se. É o gossip. É a convenção.

Tom Cruise, como actor, nunca me disse grande coisa.

E sexualmente nada mesmo [!].

Mas, serve aqui como exemplo interessante para demonstrar -- através desta 'notícia' do principal jornal inglês -- que existe uma obsessão com a 'perfeição' da mainstream, a 'married life', e que uma 'third go' é indesejável.

Pode dizer-se que 'a cultura mediterrânica' não é assim tão velha e que o 'sul da Europa' não está tão atrás.

É curioso no século XXI ver alguém a 'hope practice makes perfect as he gives married life a third go'.

Go seria with the flow. Parece haver algum stress na frase, ânsia de obter um estado de felicidade eterna, entre o pastoral e o pastorício. Tipo fórmula mágica. E para a qual se 'trabalha a vida toda, esperando que o dia chegue'. Tipo reforma.

Se calhar é mais inteligente saber viver consigo e saber gerir a mudança todos os dias, toda a vida. Deixar de perseguir rotinas.

Como diz o AOC, que recentemente comentou um post de Lorenzetti:

'mas isso sou eu...'.

Ou como acrescentaria um dos meus tios: '...não sei'.

17 novembro 2006

10,000


na cidade de Londres, que tem 7 milhões de habitantes.

Oito por cada quilómetro quadrado, estimativa apontada pela National Geographic Society em Maio.

Ontem vi duas. Uma a sair do parque dos Royal Courts of Justice, e uma no parque, em casa...

Outstanding. A par com os esquilos, são um bom contraponto à poluição da cidade.

16 novembro 2006

People will be People ?


A edição da Bloomsbury foi cancelada e acabou por aparecer-nos através da HarperCollins.

Escritores, agentes, editores, tricas, whatever.

Apareceu-nos com os capítulos The Seven Ancient Wonders of the World, Conkers, Laws of Football, Dinosaurs, Fishing, Juggling, Timers and Tripwires, Kings and Queens, Famous Battles, Spies, Making Crystals, Insects and Spiders, Artillery, e como não podia deixar de ser, Girls!

Mais do que contraponto a coisas como Manual de Caça e Pesca para Raparigas ou coisas o género, este é um revival interessante de Boy's books.

Não tenho dúvidas [passe o toque presidencial lusitano]'de que' [idem idem aspas aspas portuense] a tendência é, como sempre, cíclica.

E no caso actual, de retorno às coisas simples. A 'brutal simplicity', como dizem na MC&Saatchi. A comida 'orgânica' é um exemplo.

Mas mesmo em termos de vida. Não estou a ver a ideia de 'trabalho, trabalho, trabalho' por muito mais tempo. A Europa não resistirá ao ritmo chinês. E portanto iremos [espero] perceber que a dolce vita também tem o seu lugar.

E que ficar agarrado ao blackberry ou palm ou whatever o dia todo não serve de nada.

O mesmo acontece à criançada. Para quê TV ou iPod o dia todo?

Há imensas coisas para fazer. E dinheiro não é [assim tão grande] desculpa. A falta dele [calma com as interpretações, caros tarados do clicka no comment] pode até ser um estímulo...

Este livro não é nada perfeito, mas é uma boa tentativa.

Polémico como se lê no artigo de Wendy McElroy ('feminista') na Fox News: 'a practical manual that returns boys to the wonder and almost lost world of tree houses and pirate flags. It celebrates the art of teaching an old mutt new tricks and accepts skinned knees as an acceptable risk for running through fields with the same dog yapping along [...] Those results make publishers take notice. But social commentators are also reacting with both applause and condemnation. [...] Condemnation arises because The Dangerous Book breaks the dominant and politically correct stereotype for children's books. It presents boys as being deeply different than girls in terms of their interests and pursuits [...].

É certo que neste ponto nao haverá grandes diferenças no século XXI: ego é a palavra transgeracional, e no caso de quem se mexe sem dificuldade e já sai [ou ainda sai] à noite é basicamente sexo e dinheiro. Mesmo que lá no fundo se pense fazer outra coisa. Ou mesmo que cá ao de cima se façam outras coisas.

Continua a autora, dizendo que 'In celebrating old-fashioned boyhood and providing a blueprint on how to reclaim it, The Dangerous Book is revolutionary. It discards decades of social engineering that approaches children as being psychologically gender neutral. The book implicitly rebukes school texts that strip out gender references. Instead, it says 'boys will be boys'; they always have been, they always will be, and that's a good thing. [...] Thus The Dangerous Book achieves social revolution without preaching or politics; it does so in the name of fun'.

É polémico e interessante.

Interessante porque aparece na era da televisão e da democratização da javardice.

Mas sobretudo, porque os temas estão minimamente actualizados, ainda que o índice pudesse ser bem mais aperfeiçoado, inclusive quanto ao século XX [Arte? Tecnologia? desportos sem ser futebol e cricket? Style? Gastronomy? Travelling? ].

É claro que o índice também engana. Quem diria que fala [e fala...] de xadrez? Mas fala e dá dicas.

A ver, sobretudo para quem não herdou livros de conselhos [caso em que também se recomenda o do Marquês de Fronteira e Alorna, publicado e disponível nas livrarias em Portugal].

The Dangerous Book for Boys
John IGGULDEN e Hal IGGULDEN [desde que vi o 2oo1 Odisseia no Espaço tremo com o nome Hal].
ISBN: 0007232748

15 novembro 2006

Hunting


A minha hipotética adesão ao Rifle Club causou alguma apreensão junto de 'entes queridos'.

É normal. As armas assustam. E há razões evidentes para isso.

E quanto à caça, também há opiniões fortes.

A minha opinião quanto à caça é, creio, clara.

E aplica-se à pesca...

Desde que no final haja uma refeição, não há problema nenhum. E desde que se respeitem regras de propriedade, privacidade e ruído.

O que me causa alguma 'apreensão' é a caça pela caça, andar aos tiros por aí. Utilizar alvos [moscas ou elefantes].

Ou pescar e em vez de soltar o peixe, largá-lo -- sobreviva deficiente ou morra no regresso ao mar.

Isto aplica-se pois à raposa. Como não como raposas, não creio que seja algo muito estimulante.

E a morte deve ser imediata, pelo que nunca usaria 'traps', jaulas, cordas dentadas e afins.

Just plain shooting for food.

E sobretudo aves.

Que acabam no prato.

Em vez de, por exemplo, comprar num supermercado carne já embalada de aves que nasceram e morreram num aviário minúsculo, infecto, que ninguém limpa e onde elas mal se mexem (muitas vezes não conseguem, porque com as hormonas de crescimento o seu volume torna-se superior à sua capacidade óssea e ao seu movimento, para não falar da falta de espaço] e pouco vêm.

A caça, nas condições acima, não me parece ter nada de mal.

Pelo contrário.

14 novembro 2006

Little Brother is is watching you

Entretive-me a ler as dicas de segurança da CGD sobre acesso online a contas bancárias. Um dos pontos mais interessantes é este:

Assegure-se que mais ninguém vê o que está a fazer

Preste atenção ao ambiente à sua volta enquanto utiliza o Caixadirecta on-line. Certifique-se de que ninguém o está a observar e de que não está a ser filmado por sistemas de segurança (CCTV - Closed Circuit Television), ou por indivíduos aparentemente inofensivos mas que podem ser mal intencionados, situações que podem levar à captura dos seus dados de autenticação no sistema Caixadirecta on-line.


É certo que os autores foram cuidadosos ao colocar esta observação, uma vez que é um perigo real.

O que já é duvidoso, é que não estejamos a ser filmados por sistemas 'de segurança'.

A ficção científica cada vez é menos ficção e cada vez mais científica.

Neste caso, ladra.

Mas atenção: são sistemas de segurança. 'Protegem'.

Quem?

11 novembro 2006

12 músicas para p 12.º mês


Lorenzetti resolveu dar de presente uma compilação de 12 músicas que correspondem ao número do mês de Natal e ao número de meses do ano. Toda baseada nos 'meninos queridos' de Lorenzetti na música electrónica que junta um pouco de house, de jazz, de 'elevador', de muitas coisas, e em regra misturadas em países muito ao norte, muito frios, very European, very clean.

Aqui ficam elas, a tempo suficiente de os 'leitores' descobrirem onde ouvir cada uma...

1. Ben Horn - Straight from the Hideout

2. Hird - Keep me Kimi

3. Jazzanova - That Night [Vikter Duplaix / Wahoo mix]

4. Groove Collective - I want you [jazzhouse mix]

5. Yukihiro Fukutomi - The Tambour

6. Bugge Wesseltoft - Lone

7. Cloud - Evum

8. Clan Greco - Rotation

9. Cloud - Thinking of You [feat. Yoanna]

10. Context - I don't need a band

11. Nu Spirit Helsinki - Take it Back (feat. Kasio)

12. Cloud - Winternights




A acompanhar? Três medidas do vodka que mais gostarem para uma medida de smoothies. De frutos silvestres [e.g. Innocent Blackberry & Raspberry smoothie!], why not? E num copo saído do congelador, s.f.f..

Para quem detesta vodka? Um rossini.

Para quem detesta vodka e champagne? Internamento compulsivo.

O Serviço Postal


Há músicas que associamos a momentos ou pessoas.

Eu associo grupos a pessoas. Em regra, à primeira pessoa a falar-me desse 'grupo'.

O Postal Service é uma extensão de um outro grupo.

Obrigado Mary Derkins.

Por fazeres-me descobrir 'Such Great Heights', este single de 2oo3.

Mistura pop oldschool/brit com notas nu, um toque minusculo de electro, sei lá [indie e electropop diz a Wikipedia portuguesa, num estranho 'brasilês'].

É um 'blend' muito especial. Mesmo se não falasse mais contigo, Derkins [look forward to our lunch on the 24th] esta música continuava comigo e com ela tu também.

Ouçam este serviço postal.

09 novembro 2006

chilling out


Lorenzetti reconhece a vantagem dos hotéis: serviço completo, com excelência esperada em todas as áreas.

Em Lisboa falámos do Ritz [bar, health club, cabeleireiro], do Pestana Palace [bar, lobby], do Belmonte [sossego], do Hotel do Chiado [bar]...

Em Londres recomendamos [fugindo à maioria dos clássicos], desta feita, o One Aldwych, o Connaught, o Trafalgar, o Renaissance Chancery Court. Reconheçamos: o bar do Savoy é uma bela seca, e já lá vai o tempo da gerência por César Ritz e a cozinha de Escoffier. E assim acontece com muitos clássicos, sendo que os bons clássicos, como clássicos, nem precisam de referência.

Assim, recomendo o Connaught [je sais, é algo clássico] pelos menus de almoço por Angela Hartnett [cuja estrela Michelin é das melhores relações qualidade-preço na cidade], o Trafalgar pelo bar [Rockwell], o One Aldwych pelo conjunto [bares, restaurantes, health club], o Renaissance pelo Pearl [restaurante e bar - atenção aos vinhos].


E correndo o risco da indecency de Fellini ['absolute sincerity verges on indecency'] seja qual for a escolha -- mesmo fora destas first tips -- que seja algures neste mapa porque o resto, em regra, não vale a pena. É como Lisboa que começa no rio, acaba no Marquês e é cercada por Santos e pela Avenida da Liberdade ;) [sim, o Cais de Santa Apolónia é uma excepção]. E tal como o Rossio, Leicester Square e afins devem ser deixados para os 'turistas' em busca das fotos sempre iguais.

08 novembro 2006

Late Invent


Já aqui falámos das noites Late@Tate.

Desta vez falamos do Late Invent do Victoria & Albert Museum [V&A].

Para quem está em Londres é uma proposta de visita, para quem está fora de Londres é um exemplo de como um museu pode oferecer bem mais do que uma colecção em troca de um bilhete [gratuito no caso dos principais museus ingleses] ou de como um museu não deve ser apenas um depósito de coisas onde se vai uma vez carimbar o passaporte 'cultural'.

Nada melhor que as próprias palavras:

Join us on 24 November 2006 for a unique evening of inventions at the V&A to celebrate the exhibition Leonardo da Vinci : Experience, Experiment and Design.


Friday Late Invent: Events

The evening will be dedicated to all inventions from famous flops to staggering successes. Visitors will also get a chance to explore both homemade and advanced technologies. Plus DJ's, bars and talks.

Lose yourself in UVA and one point six's stunning new interactive audio-visual installation , Volume, in the John Madejski Garden as part of the Playstation season.

Marvel at the rAndom International's Pixel Roller instant paintings and witness Experimenter En Couleur & Shroomstudio's one-off experiments in symbiotic sound and image generation.

Encounter brand new design developments by graduates of Innovation RCA and Interactive Design Royal College of Art.

Listen to Jeremy Myserson (Royal College of Art), Mat Hunter (IDEO) and Anna Gerber (author of All Messed Up: Unpredictable Graphics) to discover how flops and failures can lead to successes.

View M/M (Paris)'s film of the opera Antigone Under Hypnosis, part of Paris Calling - a season of contemporary art from France.



07 novembro 2006

A Reuters


mudou-se há uns tempos de Fleet Street para Canary Wharf, tendo a praça em causa ficado com o nome Reuters Plaza. Filmaram-se aí cenas de, por exemplo, o Fiel Jardineiro (The Constant Gardiner, de John Le Carré).

Mas isso agora não interessa nada.

O que vem ao 'caso', é a notícia que divulgaram ontem sobre Portugal.

No 'caso' concreto, uma decisão judicial na qual o Tribunal compreende parcialmente a indignação de um marido 'enganado', que entrou num restaurante e matou a tiro o amante da sua mulher.

Isto poderia ser um folhetim do século XIX, mas enfim.

E assim acontece.

Abaixo segue a notícia, que naturalmente provocará em Londres reacções algures entre o riso e considerações sobre a cultura 'latina' e sul-europeia, e uma certa matriz rural.

Portuguese court "comprehends" crime of passion
Reuters Monday November 6, 03:15 PM

LISBON (Reuters) - A Portuguese court has reduced the prison sentence of a man convicted of killing his wife's lover to 12 years after ruling the community "partly comprehends" his motives, daily Jornal de Noticias reported on Monday.

The man had previously been sentenced to 17 years in jail for murder.

"I have been a cuckold for 15 years but today this will end," the daily reported the man as saying as he stormed into a restaurant and shot his wife's lover in the chest with a shotgun last year.

But now the court ruled that the defendant had "simply wanted to kill the man that had a relationship with his companion which had dishonoured him."

"The conduct of the individual had a motivation the community does not accept but partly comprehends," the newspaper reported the court's ruling as saying.

06 novembro 2006

Leituras de jornal

Insisto em fazê-las, apesar dos non-issues e das não-notícias que aparecem e dos comentadores, na sua maioria, manhosos.

Desta vez, destaque para 'Sócrates diz que EUA são exemplo de respeito pelos direitos humanos' no DN, Sócrates referiu que cada Estado tem "uma escolha política a fazer" para lidar com a imigração: ou opta pela via securitária e unilateral ou pela que concilia a segurança com integração e apoio ao desenvolvimento.

O líder do Executivo socialista recusou, porém, colocar os EUA no grupo de países que aplicam uma resposta exclusivamente securitária em matéria de imigração. E precisou: "Em matéria de visão humanista e respeito pelos direitos humanos, não encontro melhor exemplo do que os EUA, a política externa [norte-americana] valoriza estes pontos."'.

Sinceramente não fazemos ideia do que passou pela cabeça do actual Primeiro Ministro de Portugal.

O resultado é obviamente desastroso e quase pueril.

É certo que Nova York terá bons clubes de jazz, museus e lojas, Boston será uma cidade agradável, S.Francisco um local apetecível para gays ou simplesmente pessoas criativas, o Vermont um bom local para o ski, Chicago e Detroit bons locais para ouvir música electrónica, que o cinema americano tem muitas coisas boas e Yellowstone é um belo parque. Mas isso não pode basear diagnósticos sobre direitos humanos.

Ignora-se o famoso (e difícil green card), esquecem-se as intervenções militares crónicas, esquecem-se 'pormenores da história' como Guantanamo e os sequestros associados a voos 'secretos', esquece-se a violência policial naquele país.

Mais do que sem qualquer sentido, o comentário do actual Primeiro Ministro Português é um insulto à União Europeia, que é o exemplo hoje de democracia, incluindo em particular o respeito pelos direitos humanos, sobretudo no aspecto da imigração.

Esquece-se, é claro, a liberdade que hoje existe na União Europeia, trazida pelas liberdades de circular e trabalhar no espaço Europeu, que reúne quase 30 Estados.

E esquece-se o Primeiro Ministro português que os EUA -- ao contrário da Europa -- não são 'abertos' por opção.

São um local para onde se transferiram pobres e miseráveis europeus, desde irlandeses famintos a judeus em fuga. Não houve um país a recebê-los. Houve um país que nasceu deles e que ainda hoje tem problemas de identidade (ou ausência de cultura), bem visíveis nas histerias de bandeira e afins. Quem não percebe isto...


'os EUA são um "exemplo" no respeito pelos direitos humanos e na defesa de uma visão humanista, sublinhando que estes valores estão no "coração" do povo norte-americano e na Constituição do seu país'
, disse ainda o actual Primeiro Ministro de Portugal.

Esquece-se que os EUA ainda têm coisas primárias como a pena de morte, e que neste preciso momento o Presidente dos EUA (veja-se a mesma edição do DN...)apoia a morte por enforcamento de Saddam Hussein: 'Nas reacções, destaque para o regozijo dos EUA, a apreensão da Rússia e as reticências da UE'. Só falta matarem o homem com uma túnica do Ku Klux Klan.

Isto são muitos esquecimentos. Se fosse alzheimer percebia-se e dava-se o destino adequado. Suspeito que seja incompetência e desejo que não seja cumplicidade.

Custa-nos dizer isto do titular de um cargo tão relevante (até porque as declarações em causa foram proferidas num fórum internacional). Mas estamos desiludidos e embora seja conhecida a vertente apartidária de Lorenzetti, achamos que em casa devemos fazer balanços. E em casa, não podemos rever-nos nesta posição do Primeiro Ministro, nem deixar de dizê-lo...

05 novembro 2006

Gajos complexados


[...]

[P. Diddy]
Shit, I'm the number man, hot like summerjam
[...]
[Busta]
And while I scope it out, I love the way you bounce
Shake ya shit tuck in ya ass in poke it out, come on
[Chorus: Busta & P. Diddy]
[Busta] Give me the Henny, you can give me the Cris
You can pass me the Remi, but the pass the Courvoisier
[Diddy] Give me the ass, you could give me the dough
You can give me 'dro, but pass the Courvoisier
[Busta] Give me some money, you can give me some cars
But you can give me the bitch make sure you pass the Courvoisier
[Diddy] Give me some shit, you can give me the cribs
You can give me whaever just pass the Courvoisier

[...]

[Busta]
We be bangin all types of chicks from here to (Hong Kong)
The best dressed bitches actin all cute to my shit
And get the wlyin out they actin like a ? to my shit
? go a distance from yours, we holdin Jewish money now
Down to the credit card different from yours
[...]
[Diddy]
By the way, the name is Puff
It aint my fault ya dane corrupt
We went form Henny, to Remi to Moe to Belve to..



[Busta]
The game is us; we gettin money motherfucker
And the game we trust
Everytime we put it down, reppin the name is a must
Flipmode!

[Chorus 2x]

[Puff Talking:]
yea, yea, yea just pass the Courvoisier
yea, pass me that louie that motherfuckin' that that iron groove
Nineteen vintage motherfuckin' medievil
Ow, bitch. Yea, just pass the courvoisier
That that shit make, that dark shit just me wanna fuck
Straight up, I just need to know
Dis nigga Diddy dick hard as a..[mumbles]


É assustador pensar que a definição de parte significativa de uma geração mundial [e parte dos séculos XX-XXI] passa por isto.

Um misto de complexo rácico, homofobia, redução da mulher a coisa, obsessão pelo look stripper e novo riquismo fatela.

The rhythm is nice though. E até gosto de Courvoisier...

[Busta Rymes 'Pass the Courvoisier' feat. P.Diddy]

03 novembro 2006


How do we find these targets?

How do we find ourselves?



Steven Spielber sobre o filme Munich, em entrevista ao Channel Four.

02 novembro 2006

Design Awards 2oo6



da Wallpaper*, já estão no ar.

Muitas das selecções foram uma desilusão para Lorenzetti, tendo em conta as ideias fantásticas que surgiram nas várias edições da Wallpaper em 2oo5.

Destaque positivo para o prémio 'melhor mesa de jantar' que, embora não seja esteticamente irrepreensível, é estupidmente inovadora: cadeiras e mesa ocupam exactamente o mesmo espaço volumétrico e podem ser adaptadas no sentido de ter uma mesa circular, linear ou outra disposição. Tudo com as mesmas peças. Bom para salas minúsculas, onde gerir o espaço de refeições é um 'conumdrum' 24-h.

'Birth' table and chair set, €3,920
Aziz SARIYER
para a Derin, Turquia

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01 novembro 2006

Eau de Toilette


+1 tip:

Tinha um cocktail perto da Royal Exchange e cheguei mais cedo do que o previsto. Dei uma volta pelas lojas do sítio e encontrei a Penhaligon's , uma perfumaria que ostenta as chancelas -- mera coincidência com a referência lojística desta manhã -- de fornececedora de perfumes ao Duque de Edimburgo e ao Príncipe de Gales.

Não vou dizer qual foi o meu favorito -- fica na galeria de mistérios de Lorenzetti... -- mas vai figurar ao lado do meu perfume habitual, porque o perfume mais leve que tinha deixou de ser fabricado e esta é uma óptima alternativa para os momentos mais activos.

Existem vinte e duas criações, doze em catálogo no total e sete opções [cinco perfumes e duas colónias?] para homem, creio [uma delas, a terceira, chamada 'Douro', e bem forte por sinal, e com a referência 'shamelessly masculine', criada em 1910, ano significativo para os portugueses...].

Existem 6 lojas pela cidade e algumas pelo país [ficamo-nos pela da City e a de Mayfair] e algumas nos EUA, havendo ainda em HongKong e Paris. Mas com as 'novas tecnologias' já se pode encomendar online [o que me descansa quanto ao futuro, se for globetrotter comme il faut].

Recomenda-se para quem não acha muita piada a perfumes e colónias que toda a gente usa e que acabam por redundar em algo bastante maçador e confundível. A casa ainda oferece novos produtos, como algumas embalagens, fósforos, tralha para criancinhas, velas e perfumes domésticos, mas we stick to the traditional. Nisso sobressaem.



Penhaligon's

8 Royal Exchange
Cornhill
London
EC3V 3LL
Telephone: +44 (0) 20 7283 0711
Facsimile: +44 (0) 20 7283 7689
Opening Hours: Mon - Fri 10:00am to 6:00pm

20A Brook Street
London
W1K 5DE
Telephone: +44 (0) 20 7493 0002
Facsimile: +44 (0) 20 7499 2588
Opening Hours: Mon - Sat 10:00am to 6:00pm

Styling around


Algumas semanas depois de passar de Lisboa para Londres, Lorenzetti [o L é de facto um must neste momento] recebeu um e.mail de uma amiga recente que perguntava, laconicamente 'então, muitas compras?'.

É certo que há algumas compras que fazem sentido em Londres [books & antiques are a must, e já vi um Breitling 1000 euros mais barato], mas muito poucas pelo factor preço; apenas pelo factor qualidade e/ou por ter specialised stores.

Por isso ficam algumas tips, once in a while.

Desta feita, uma loja de acessórios clássica e um cabeleireiro contemporâneo.

Os acessóriospodem achar-se na Swaine Adeney Brigg, que resulta da fusão entre a Swaine Adeney, fundada em 1750 e fornecedora de acessórios hípicos à casa real britânica, e da Brigg & Sons, fundada em 1836 e que rapidamente se tornou o fornecedor oficial de chapéus de chuva da mesma casa real. Existe ainda uma parceria com a Herbert Johnson, que fabrica chapéus desde 1790, e que era a fornecedora oficial de chapéus à 'Queen Mother'.

Hoje, a SAB continua a fornecer o que sempre forneceu e ao público em geral, tendo alargado a gama de acessórios [que chega a incluir caixas de comprimidos para viagem, jogos, e muitas outras coisas nada hípicas, mas muito hip classic] e ainda roupa à medida, comme il faut.

Fica a dica, com loja principal em St. James St., ao lado do nosso parque favorito, mas também com uma pequena boutique [mais aconselhável para quem preferir sossego e só procurar malas ou pequenos acessórios que não roupa, porque dessa têm pouco]em Fleet Street.

Destaque para as malas, exactamente como gostamos e tão difíceis de encontrar.


A segunda tip do dia vai para um cabeleireiro verdadeiramente 'à frente', e com soluções interessantes para momentos de stress [dois assistentes a cortar em simultâneo] ou de relaxamento [os básicos de qualquer spa], tanto para 'boys' como para 'girls'.

O Taylor Taylor [sim, é repetido], que fica também em dois sítios diferentes, mas recomendamos a flagship store, em Commercial St..

Como 'eles' dizem, 'clients wanted more than the average hair salon. Therefore, a team dedicated to ensure that every client is as important as the next, and a facility that combines hair and beauty within a luxurious boudoir style environment, has become the Taylor Taylor London signature. Sink into your chair, slowly take a sip of your champagne cocktail and visually explore as you discover early Parisian decadence and elements of the Orient's unique opulence fused with London's very own individual flavour. Welcome to London's premier style sanctuary. This is Taylor Taylor London'.

É mais ou menos isto. O sítio é que é meio esquisito, mas tem a vantagem de se impor por si. E fica perto de Spitalfields, onde se podem apanhar objectos bem interessantes, seja em lojas de decoração / design, seja em galerias que estão de facto on the forefront...

E assim acontece. Em português.




Swaine Adeney Brigg
54 St. James's Street
London
SW1A 1JT
Tel 0207 409 7277
Fax 0207 629 3114
Store Hours 9.30 AM - 6.00 PM

67 Fleet Street
London
EC4Y 1EU
Tel 0207 353 8206
Fax 0207 353 8067
Store Hours 9.00 AM - 5.30 PM Monday through Friday (Closed on Saturdays)


Taylor Taylor
137 Commercial Street
London
E1 6BJ
t: 020 7377 2737
e: commercial_st@taylortaylorlondon.com

12 Cheshire Street
London
E2 6EH
t: 020 7033 0330
e: cheshire_st@taylortaylorlondon.com