23 setembro 2007

P S D .

Lemos hoje no DN que 'Santana admite liderar bancada social-democrata
"Ou se faz oposição a sério na AR ou não vale a pena estar lá"
'.

Santana Lopes, outrora gozado / invejado pelos seus pares e eleitores pelas alegadas noitadas e algaraviadas, ridicularizado pela classe cultural pelo seu fraco desempenho intelectual, entretanto expulso de um dos mais altos cargos do Estado por Jorge Sampaio, então Presidente da República, é hoje um homem normal, um político normal, e um candidato admissível à liderança do PSD.

Marques Mendes revelou-se insonso, e Menezes ressabiado. E ambos pouco preparados até mal educados. Já não bastava a falta de conteúdo das campanhas de ambos para a liderança do PSD, a forma como se exprimem é vergonhosa.

Em política não há reformas nem impossíveis, já se sabe.

E tendo em conta do estado lastimável do PSD, Santana -- também ele lastimado -- parece saudável.

E apto, até, para segurar um partido que já nem Santana é tão mau para liderar.

Escrevo isto não por amizade ao PSD, mas pela necessidade de estabilidade política em Portugal.

Sendo que estabilidade não é partido único. Como está a acontecer: um Governo, uma maioria, um presidente e um presidente de Câmara.

PCP, Bloco de Esquerda e restantes [mesmo com o ressuscitar de Paulo Portas], nada parecem estar a fazer [à excepção do PCP, que tem subido nas sondagens, mas ainda muito longe de fazer concorrência de votos ao PS.

O PSD é como que um testamento político de Sá Carneiro, ao qual não apareceu nenhum herdeiro, apenas candidatos.

Seja Santana ou outro qualquer, alguém tem de salvar o PSD. A bem dizer, aquilo a que outrora se chamou a oposição.

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