Manifestações em Lisboa.
Apesar do terrível tempo e de ser sábado e não propriamente dia de greve à semana, a manifestação de professores foi afinal um sucesso, excedendo em 30,000 pessoas a previsão de 70,000, chegando pois ao record de cem mil pessoas, que a Euronews apresentou como a maior manifestação de professores de sempre em Portugal.
A elevada participação, a forma e o conteúdo das declarações dos participantes, fez com que nenhum comentador político apoiasse o PS, Sócrates, o Governo, como se preferir, na acusação ridícula de que eram manifestações de comunistas [acusação disparatada, em que Sócrates ainda se associa mais ao espírito salazarista do que já lhe era atribuído, sobretudo nas vaias ao Ministro da Presidência, chamado de fascista pela população].
Se fossem comunistas, com tal adesão, já o PCP estaria em alta nas sondagens o que não é de todo o caso, até porque ou Jerónimo de Sousa anda calado, ou a comunicação social já não o deixa falar.
Destaque ainda para o Eixo do Mal, que ainda repete esta tarde, onde se fizeram análises bem interessantes da realidade política nacional. Em especial, referência à cristalina análise de Clara Ferreira Alves, que coloca os pontos já referidos no Lorenzetti sobre como o PSD está fraco e como sem oposição o PS faz o que quiser, sem qualquer controlo limite ou expectativa de viragem eleitoral [não tendo o PSD Ethos, mas muita Pathos, sobretudo bravos...].
E ainda referência à observação cómica de José Júdice quanto à entrada excepcional de 2000 polícias: para o Ministro da Administração Interna parece ser uma medida de acalmia da população face aos recentes crimes nos jornais; José Júdice sugere que é uma óptima medida para garantir que há polícias suficientes para as próximas manifestações... assim visitam mais escolas antes...
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