06 março 2008

Ministra da Educação na RTP



Numa posição invulgarmente agressiva, Judite de Sousa entrevistou a Ministra de Educação do PS, Lourdes Rodrigues.

A Ministra esforçou-se, mas não convenceu.



E Judite de Sousa demonstrou não se ter preparado: politicamente agressiva, mas claramente ignorante relativamente ao conteúdo das reformas da carreira docente.



Destacam-se 3 aspectos:

1. quando Judite de Sousa confronta a Ministra com um cenário de uma escola com 100 professores dos quais 8 são muito bons e 3 não são classificados como muito bons, pois a quota é de 5. A Ministra responde que a quota força a uma escolha, pois nem todos os professores podem ser muito bons. Não deixa de ser de estranhar: Judite de Sousa referiu 8 professores muito bons numa escola com 100... a ministra respondeu como se Judite de Sousa tivesse dito 100 e não 8... Esta quota, só por si, demonstra como o processo de avaliação dos professores é errado;

2. a insistência da ministra em dividir o país entre quem está a favor da avaliação dos professores e quem está contra. Não é verdade. O que está em causa não é dizer que não deve haver avaliação. O que está em causa é que o processo de avaliação proposto pela Ministra e pelo PS não faz sentido nenhum;

3. a possibilidade de um professor de uma disciplina avaliar outro de outra disciplina da qual nada sabe. A ministra refere que nesse caso o professor avaliador pode delegar competências noutro professor da disciplina do professor a avaliar. MAs porque não há de a avaliação ser sempre pelo professor titular da área do professor avaliado?

A conclusão é só uma: sábado terá muitos professores, mas também muitos pais e filhos, muitos cidadãos descontentes com um governo que expulsou Correia de Campos e que insiste em manter a ex-professora do actual Primeiro Ministro que, como se sabe, tem um percurso académico bem polémico.

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