Jogos Olímpicos.
Para se defender dos ataques dos pró-tibetanos, diz a comissão olímpica que os jogos são um evento desportivo e não político.
Se é certo que há argumentos para a comissão não se envolver na questão do Tibete, há ainda mais argumentos para afirmar que os jogos olímpicos são verdadeiramente políticos.
Os custos que acarretam e os investimentos dos Estados, o simbolismo da chama e de todos os cerimoniais de abertura e encerramento, a segurança em torno destes eventos, o protagonismo que sempre tiveram em ditaduras de esquerda e de direita, em particular na Alemanha Nazi e na Rússia Comunista, agora na China e entretanto nos EUA, são mais que evidências. E não se diga que se trata de meros aproveitamentos políticos: antes desse aproveitamento, alguém atribuiu à Alemanha ou Rússia a organização dos eventos...
A lógica do boicote pode ser contrariada de várias formas. Mas não se encha os jogos de cosmética a dizer que são puro desporto. São, sim, impura política internacional.
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