A Ponte...
Os quase 200 milhões [mera primeira previsão!]a gastar com a putativa nova ponte do Tejo contrastam com o famoso equilíbrio orçamental e a menos famosa -- mas mais importante -- promessa de não aumentar os impostos. Sobretudo se somarmos esta 'obra' ao aeroporto, ao TGV, e a mais umas brincadeiras típicas de pátio.
Não sendo Portugal um pátio, nem devendo ser a governação um acto de recreio, mesmo que as atitudes pueris de alguns -- e sobretudo a teimosia infantil do Primeiro -- possam fazê-lo supor, é de questionar estas obras.
Vejamos a mais recente: a nova ponte para o Tejo. A terceira.
O que mudou desde a segunda? Quase ou nada.
Praticamente ninguém usa a ponte Vasco da Gama, sobretudo comparada com a Ponte 25 de Abril.
Perdão, usam os fãs do shuning, para corridas a mais de 200 km/h, apesar de haver polícia e câmaras, etc etc.
E usou-se para a feijoada inaugural.
E para umas corridas [estas já não de carros].
Mas no dia a dia, o que mudou? Nada.
Reduziu-se o trânsito na 25 de Abril? Nem por isso.
Construir agora mais uma ponte é cómico [ou nem por isso dado o momento orçamental], sobretudo a unir Chelas e Barreiro, que não são propriamente localizações muito apetecíveis. Chelas. Barreiro.
Queremos mesmo fomentar esses locais? É esse o tipo de desenvolvimento que queremos para Lisboa e Portugal? É claro que não.
E depois há o problema fundamental: o trânsito.
Não deixa de ser irónico ser o ex-ministro do Ambiente de Guterres a fomentar mais trânsito em Lisboa. Não temos já confusão e poluição que chegue em Lisboa? Temos. Para quê mais pontes rodoviárias? Para ajudar os concessionários do costume? Para ajudar a indústria automóvel? Para ajudar as gasolineiras? Dá que pensar. E não é preciso muito. Talvez a construtora a que irá agora presidir Jorge Coelho [que se demitiu de ministro por ter caído, precisamente, uma ponte!].
Seria muito mais importante fazer um metro subterrâneo, uma ponte para comboio, restabelecer os comboios no país, ampliar a rede de metro em todas a direcções.
Isso sim, era preciso.
Mas das duas uma: ou o governo tem absoluta falta de visão ou está comprado.
Não sendo Portugal um pátio, nem devendo ser a governação um acto de recreio, mesmo que as atitudes pueris de alguns -- e sobretudo a teimosia infantil do Primeiro -- possam fazê-lo supor, é de questionar estas obras.
Vejamos a mais recente: a nova ponte para o Tejo. A terceira.
O que mudou desde a segunda? Quase ou nada.
Praticamente ninguém usa a ponte Vasco da Gama, sobretudo comparada com a Ponte 25 de Abril.
Perdão, usam os fãs do shuning, para corridas a mais de 200 km/h, apesar de haver polícia e câmaras, etc etc.
E usou-se para a feijoada inaugural.
E para umas corridas [estas já não de carros].
Mas no dia a dia, o que mudou? Nada.
Reduziu-se o trânsito na 25 de Abril? Nem por isso.
Construir agora mais uma ponte é cómico [ou nem por isso dado o momento orçamental], sobretudo a unir Chelas e Barreiro, que não são propriamente localizações muito apetecíveis. Chelas. Barreiro.
Queremos mesmo fomentar esses locais? É esse o tipo de desenvolvimento que queremos para Lisboa e Portugal? É claro que não.
E depois há o problema fundamental: o trânsito.
Não deixa de ser irónico ser o ex-ministro do Ambiente de Guterres a fomentar mais trânsito em Lisboa. Não temos já confusão e poluição que chegue em Lisboa? Temos. Para quê mais pontes rodoviárias? Para ajudar os concessionários do costume? Para ajudar a indústria automóvel? Para ajudar as gasolineiras? Dá que pensar. E não é preciso muito. Talvez a construtora a que irá agora presidir Jorge Coelho [que se demitiu de ministro por ter caído, precisamente, uma ponte!].
Seria muito mais importante fazer um metro subterrâneo, uma ponte para comboio, restabelecer os comboios no país, ampliar a rede de metro em todas a direcções.
Isso sim, era preciso.
Mas das duas uma: ou o governo tem absoluta falta de visão ou está comprado.
Marcadores: ponte, Ponte 25 de Abril, Ponte Vasco da Gama, transportes
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