O Príncipe Harry de Windsor e o Iraque
Na semana passada discutiu-se de modo enfatuante a [não] ida do Príncipe Harry de Windsor para o Iraque, integrado nas forças militares britânicas que por lá andam a acompanhar as tropas norte-americanas.
Suspeito que na semana que agora se inicia se já discutir o tema, mas agora de modo algo nauseabundo.
Tudo começou com a hipótese de envio do Princípe para o Iraque, ida que estaria confirmada e que depois terá sido contrariada pelo actual governo inglês, ele próprio a definhar. Esta presença seria uma demonstração de como os ingleses são todos iguais e os membros da Casa de Windsor igualmente leais às responsabilidades e missões militares britânicas no exterior.
O Príncipe declarou publicamente o seu interesse em ir para o Iraque 'com a sua equipa', até porque não via como razoável não ir, indo todos os seus 'colegas de armas'.
O Governo inglês manteve a posição de não integrar o Príncipe nas forças militares que seguirão para o Iraque, considerando que se trata de um alvo de risco, declarando que já estarão a ser distribuídas fotografias no Príncipe na região onde seria colocado, para que seja alvo a abater e troféu de guerra e a cereja no topo do bolo argumentativo governamental é que Harry seria um perigo para os seus colegas. Ou, colocado de outro modo, que aumentaria a exposição dos seus colegas a ataques, encontrando-se neste momento a área em questão na pior situação de sempre, com o mais elevado número de ingleses mortos em combate no Iraque.
O Príncipe diz que se não for enviado para o Iraque abandona o serviço militar.
Parece ser uma excelente estratégia.
Não para ir para o Iraque. mas precisamente para não ir, deixando de vez de ser militar e passando a ser a eterna vítima no governo inglês na 'questão' do Iraque.
Chapeau.
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