Rickshaws banidos
No ano em que a escravatura é tema, é louvável que a Índia tenha acabado com os rickshaws, como noticia hoje a Bloomberg.
É certo que é um popular e muito barato [não chega muitas vezes a um dólar, bem menos que metade da bandeirada de um pobre táxi lisboeta] meio de transporte na Ásia.
De acordo com o presidente da Câmara de Calcutá, trata-se de um transporte desumano, que pressupõe uma dominação entre pessoas: 'It's inhuman for a human being to carry another in this day and age'. E sobretudo, não é propriamente a melhor coisa para a coluna... O que num Estado civilizado teria ainda mais custos [clínicos] depois da 'reforma' dos rickshaw drivers...
Há 50 anos que na China e no Paquistão que foi oficialmente abolido o rickshaw.
A única crítica a este fim dos rickshaws é o desemprego que causa. No entanto, há alternativas que o Estado pode co-financiar [uma vez que ao permitir a prática, que era de resto um dado pitoresco e turístico da Ásia] alternativas.
E a alternativa mais directa é a implementada há 50 anos [e com bons resultados] no Bangladesh, Tailândia e Indonésia, onde as 'liteiras' são agora puxadas por bicicletas ou então motorizadas [3 rodas].
Havendo uma alternativa de sucesso 'à mão', não se pode senão aplaudir -- nesta matéria -- o 'mayor' de calcutá.
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