EUA estão out. Mas de vez?
Nos anos 60 e 70 os Estados Unidos marcavam a agenda mundial, juntamente com a URSS, no famoso mundo bipolar.
Entretanto a URSS caiu e o mundo tornou-se unipolar: os EUA mandavam na choldra.
No entanto, nessas mesmas décadas, Londres começou a ser o grande mercado financeiro mundial, apesar de as duas grandes economias (em geral) estarem baseadas em NY e Tóquio. E obviamente que os russos, já na guerra com os EUA, transferiram todos os seus activos financeiros de NY para Londres.
quando o preço do petróleo quadriplicou em 1974, também esse dinheiro foi canalizado do médio-oriente para Londres.
Não havendo uma regulação mundial dos negócios, o direito inglês tornou-se o fundamental para as grandes transacções financeiras internacionais.
Os EUA começavam a ficar nervosos. Mas hoje devem estar mais.
Além de perderem o mercado de obrigações, soube-se nos últimos meses que perdem agora o mercado de acções, mesmo que a Euronext seja detida pela NYSE [embora a LSE ainda resista, e tal resistência tenha sido apontada como a razão do mega salário da CEO da LSE no passado ano].
E os empréstimos [referimo-nos aos grandes sindicatos bancários] estavam já sediados em Londres em não NY, até porque tiveram origem nos Eurodollars ou Eurocurrencies, os depósitos massivos de dólares em Londres.
Esta semana aparece outro sinal de ascensão londrina e decadência norte-americana: a libra atingiu o valor mais alto contra o dólar desde 1992: 1 libra vale 2 dólares.
E, se quisermos incluí-la, também a misteriosa morte de abelhas nos EUA, que não afecta só o mel [!] mas a polinização, i.e. toda a agricultura dos EUA, que representa uma fatia essencial da sua economia [e que como se viu, está fragilizada fora das commodities] e as constantes intempéries [já não sobram nomes para furacões], para não falar da mania dos tiroteios em escolas e afins.
Isto é capaz de vir a ser giro. Se o governo inglês fosse ultraconservador e a Comissão Europeia liderada por um francês, então...
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