Submissão
No suplemento económico do DN de 6.3.2006 vinha uma 'notícia' de pé de página com o título Marca de 'vodka' neozelandesa 'oferece' noiva russa.
Mais um daqueles fait-divers que enchem os jornais. E no melhor pano cai a nódoa, diz-se. É claro, quer isto dizer que mesmo o portador de bom pano pode ser um desajeitado, um incompetente ou um negligente.
De acordo com a 'notícia', uma certa marca de vodka neozelandesa oferece uma viagem a Moscovo com direito a uma excursão 'Encontre uma noiva'.
Diz que 'este tipo de mulher é submissa e que, por isso, é o sonho de todos os homens'.
Mais do que saber se é isto que os homens querem, ficamos a pensar se este é o protótipo da russa ou se a mulher submissa é difícil de encontrar.
Whatever.
Qualquer mulher (ou homem) numa situação de pobreza é, em regra, submisso. Não por vontade, mas pelas circunstâncias. E tal conjuntura económica ou social não é necessariamente russa. É africana, americano-lantina, asiática, e por aí em diante.
E pelo caminho da economia e educação nacionais, quem sabe se as mulheres portuguesas não serão ainda mais submissas.
Whatever.
Isto quanto a elas e a quem as quer.
Num momento Carlsberg e comn base nesta história, diríamos que a submissão é, provavelmente, a palavra mais inútil do mundo.
Imagem: A Submissão de Pancrácio
[pan (tudo) + kratos (força)]
Pancrácio, de 14 anos, era solicitado pelos seus colegas para brincar com eles. Como o rapaz não quis e ao correr a voz de que portava os mistérios cristãos (pão para a eucaristia), quiseram à força poder contemplá-los ao que Pancrácio se opôs, apesar dos golpes que o deixaram quase morto. Quadratus, cristão, tentou socorrê-lo, mas era tarde demais.
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