20 abril 2008

Cavaco Silva

estava a ser menos mau, mas na Madeira estragou tudo.

É verdade.



Todos sabem quanto Lorenzetti achava Cavaco fraco, e não apenas pela sua origem de Boliqueime, ou de ter rodado o carro para o congresso e voltado líder do PSD e futuro Primeiro-Ministro [PM], ou por se achar ter sido um bom PM numa altura em que, com os fundos europeus, qualquer PM seria bom PM, ou pelo famoso momento do bolo rei.



Como PR, Cavaco nem ia muito mal. Ia até melhor que Sampaio, cujo intervencionismo -- sobretudo o golpe de Estado em que tirou Santana Lopes sem justificação plausível -- foi fatal.



Cavaco tem sido aquilo que se espera de um PR: não faz nada, diz bem de tudo e todos ou não comenta. É quase invisível, sobretudo com um governo PS cujo líder é ex-JSD e faz aquilo que o PSD de Cavaco faria no Governo.



A diferença é que já não contam com grandes fundos europeus. Mas mesmo assim ainda planeiam mais betão e autoestradas... Antes era Ferreira do Amaral, hoje é Jorge Coelho. Tudo bons rapazes, e a caravana passa.



Mas a visita à Madeira foi de escândalo e demonstra o estranho poder e a reverência absurda pelo governador do ilhéu.



Pactuar com o regime da Madeira é desrespeitar a democracia e a boa educação, que não tolerariam os comportamentos conhecidos de 'Alberto João'. Sobretudo o último, de chamar 'bando de loucos' aos membros do Parlamento Regional e fascista ao PND e referir-se aos 'tipos do partido socialista' e , não indo, como deveria, o PR ao Parlamento regional, mas encontrando-se com o governador do ilhéu que, fumando charuto, nos chama de cubanos e colonialistas, e aos jornalistas, chamou de 'bastardos' e, finalmente, de 'fdp'.

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