22 abril 2008

'Casamentos gay'

O Bloco de Esquerda propôs a existência de casamentos gay.

Discordamos.

E não por serem gay, mas porque o casamento é um sacramento, um acto religioso, e não deve ser considerado um acto civil. Seja hetero ou homossexual.



Sendo o Estado laico, não deve interferir com a liberdade religiosa e 'importar' o casamento para o Código Civil, como o fez. Da mesma forma que não deve agora alargar esse pseudo-casamento aos gays.

Lorenzetti percebe que os não religiosos gostem de fazer festas e vestir-se de branco, etc etc, sejam hetero ou homossexuais, e podem fazê-lo fora da Igreja, se assim o quiserem. Mas o que não faz nenhum sentido é criar figuras jurídicas só para a festarola, como se o casamento fosse uma banalidade e não um sacramento.



Só falta o Estado fazer baptismos 'laicos', ou ter funcionários públicos a administrar a extrema unção a gays e não gays. Não se trata de igualdade entre cidadãos: trata-se de um estado laico. E não deve haver casamento gay no Estado, como não deve haver casamento não gay no Estado, mas sim na Igreja, para quem seja religioso.



A discussão que o Bloco de Esquerda quer ter deverá ser com o Estado do Vaticano e não com o Estado Português.

Mais do que propor o casamento gay no Código Civil e Constituição, ficaria bem ao Bloco de Esquerda eliminar o casamento de qualquer lei, pois ele depende da Igreja e não do Estado.

Isso sim, seria progressista.

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