O BES e Ronaldo, 'o futebolista português com o ar mais rufia e suburbano'
Em 19.1o.2oo7 fizémos referência ao alegado 'ar mais rufia e suburbano' de Cristiano Ronaldo referido no Eixo do Mal:
O programa da SICNotícias referia-se em particular ao facto do BES, um banco 'tradicional' português, ter escolhido para dar a cara' pelo Banco -- no entender do repórter no vídeo acima -- 'o futebolista português com o ar mais rufia e suburbano'.
Esta semana passou-me pelas mãos uma fotografia de Cristiano Ronaldo num colchão em cima de um relvado, fotografia essa que ilustra um anúncio do BES enviado aos seus clientes base.
Diz a ilustração da imagem 'Fixe esta imagem durante alguns instantes. O que é que aconteceu? Nada. Porquê? Porque o Ronaldo é como o dinheiro, parado não rende. Ponha o seu dinheiro a mexer [...]'.
E para subscrições superiores a 2500 euros, há 'oferta de um dvd do Cristiano Ronaldo', mas claro, 'limitado ao stock existente'.
Que excitante.
NOT.
Até o Expresso, outrota 'jornal e referência' publicou um vídeo intitulado ' aNa Cama com Cristiano Ronaldo':
A capa do DVD vem até no anúncio: Ronaldo, bronzeado [aliás, mildly tanned], o título 'Planeta Ronaldo: a ambição de ser o melhor' e um rodapé 'Edição especial Banco Espírito Santo', com o logo do banco.
Acho adorável como um dos princípios base da eficácia da publicidade foi seguido: adequação ao público alvo.
Caso o Eixo do Mal tenha razão, o público alvo ou é o 'rufia suburbano', ou os admiradores de rufias suburbanos. E portanto deitei o anúncio para o lixo. Não fiz porém como um colega meu, que acumula cartas do BES numa pilha, que nunca abriu, e a secretária também parece não o fazer.
Tenha 'Cristiano Ronaldo' ou não um 'look' rufia e suburbano [pelo menos o seu nome é algo não muito longínquo], a utilização de um jogador de futebol em tshirt e calções num colchão [ainda por cima num momento em que a imagem pública do jogador estava associado a alegadas prostitutas inglesas -- e essas terão feito o colchão render... mas não paradas, de facto, e sem receber gorjeta], é de mau gosto.
Não só de mau gosto, como não se viu noutro banco, nem sequer português.
E digo-o porque o BES tem uma tradição positiva face a outros bancos: está associado a uma fundação, a um museu e a uma escola de artes decorativas fundamentais para a arte portuguesa.
É triste ver esta associação a camas e futebolistas. Ou melhor, não por serem futebolistas, mas por terem um ar duvidoso. E porque em qualquer caso -- ou pelo menos no meu -- um futebolista não é propriamente uma referência de vida...
Mas enfim, nem todos podem ser como o Wegelin, ou qualquer outro dos grandes private bankers suíços.
PS - qual é o problema daquelas unhas? Que há ali algo...
O programa da SICNotícias referia-se em particular ao facto do BES, um banco 'tradicional' português, ter escolhido para dar a cara' pelo Banco -- no entender do repórter no vídeo acima -- 'o futebolista português com o ar mais rufia e suburbano'.
Esta semana passou-me pelas mãos uma fotografia de Cristiano Ronaldo num colchão em cima de um relvado, fotografia essa que ilustra um anúncio do BES enviado aos seus clientes base.
Diz a ilustração da imagem 'Fixe esta imagem durante alguns instantes. O que é que aconteceu? Nada. Porquê? Porque o Ronaldo é como o dinheiro, parado não rende. Ponha o seu dinheiro a mexer [...]'.
E para subscrições superiores a 2500 euros, há 'oferta de um dvd do Cristiano Ronaldo', mas claro, 'limitado ao stock existente'.
Que excitante.
NOT.
Até o Expresso, outrota 'jornal e referência' publicou um vídeo intitulado ' aNa Cama com Cristiano Ronaldo':
A capa do DVD vem até no anúncio: Ronaldo, bronzeado [aliás, mildly tanned], o título 'Planeta Ronaldo: a ambição de ser o melhor' e um rodapé 'Edição especial Banco Espírito Santo', com o logo do banco.
Acho adorável como um dos princípios base da eficácia da publicidade foi seguido: adequação ao público alvo.
Caso o Eixo do Mal tenha razão, o público alvo ou é o 'rufia suburbano', ou os admiradores de rufias suburbanos. E portanto deitei o anúncio para o lixo. Não fiz porém como um colega meu, que acumula cartas do BES numa pilha, que nunca abriu, e a secretária também parece não o fazer.
Tenha 'Cristiano Ronaldo' ou não um 'look' rufia e suburbano [pelo menos o seu nome é algo não muito longínquo], a utilização de um jogador de futebol em tshirt e calções num colchão [ainda por cima num momento em que a imagem pública do jogador estava associado a alegadas prostitutas inglesas -- e essas terão feito o colchão render... mas não paradas, de facto, e sem receber gorjeta], é de mau gosto.
Não só de mau gosto, como não se viu noutro banco, nem sequer português.
E digo-o porque o BES tem uma tradição positiva face a outros bancos: está associado a uma fundação, a um museu e a uma escola de artes decorativas fundamentais para a arte portuguesa.
É triste ver esta associação a camas e futebolistas. Ou melhor, não por serem futebolistas, mas por terem um ar duvidoso. E porque em qualquer caso -- ou pelo menos no meu -- um futebolista não é propriamente uma referência de vida...
Mas enfim, nem todos podem ser como o Wegelin, ou qualquer outro dos grandes private bankers suíços.
PS - qual é o problema daquelas unhas? Que há ali algo...
Marcadores: BES, Cristiano Ronaldo, Eixo do Mal, publicidade
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