'Trabalho Doméstico'
Lorenzetti gosta de Lido, mas detesta a lida.
O trabalho doméstico. Arrumar depois de cozinhar, fazer camas, atender telefones, limpar o chão, substituir lâmpadas, engraxar sapatos, comprar papel higiénico, essas coisas.
Não gosta sequer de conduzir.
É claro, pode pois perguntar-se se Lorenzetti, caso seja homem e casado, obriga a mulher a fazer isto tudo.
Nada disso.
Lorenzetti nunca percebeu a discussão sobre a igualdade entre sexos no trabalho doméstico.
Porque nunca ponderou fazê-lo. E, muito menos, obrigar a sua cara metade a fazê-lo.
É que as palavras serviçal e cônjuge não são, pelo menos para mim, compatíveis.
E a ideia de esforço individual associado a limpeza de chão também não.
Daí que a opção seja ter um 'terceiro elemento' que trate dessas coisas.
E o mais interessante na discussão sobre a igualdade entre sexos no trabalho doméstico é que os seus protagonistas -- mais das vezes mulheres -- não são sequer afectadas pelo problema.
Porque as Marias tratam do assunto enquanto 'elas' discutem na televisão.
'Elas' podiam arranjar algo mais interessante para fazer.
E os espectadores também.
Começando, por exemplo, por arranjar uma empregada. One will do. Generally speaking of course.
PS - é claro que Lorenzetti prefere o assistente (sem sexo incluído...) que guie, que faça as compras (desde charutos a papel higiénico), recados, resuma os noticiários e os jornais do dia, responda a cartas, trate da segurança, de marcar jantares, bricolage, viagens, tudo menos fazer posts. Vou pensar nisso.
Marcadores: casamento, empregadas
<< Home