Le Robe, mas em português
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Um dia calmo na cidade de Lisboa.
Estou no Ritz de Lisboa e preciso de um roupão. Prefiro comprá-lo e vou à loja.
Na loja sou atendido por uma francesa com um português sofrível e sofrido.
A francesa diz que só tem XL.
Podia ser sensual [não a francesa*, mas o XL]. No meu caso, o XL seria uma forma rápida de tropeçar e partir os dentes. E isso não seria -- pelo menos nos meus standards - sensual.
Insisti.
A francesa [soa melhor que 'empregada'] diz-me para ir ao Spa. No Spa é que há. E devem ter vários tamanhos.
'Esta incompetente não conhece o conceito 'tudo pelo Cliente', que no momento concreto se resumia a pegar no telefone e ligar para o Spa', pensei eu.
Sugeri, doucement: 'pode ligar para lá? é mais rápido'.
'Sim, clarro'.
Ligou. Passam uns poucos minutos. Ligam de volta.
Ouço a palavra 'lavandarria' e tremo. Já nem ligava ao facto de demorar um dia. Vão vender-me um robe que vem da lavandaria? Comecei a pensar se estava num hotel estrelado e premiado, que tenho e que me tem acarinhado. Engoli em seco, agradeci e saí.
Notas de fazer rodar o pé, e no final o pescoço:
(*) A Francesa também. Mas não era.
PS - não, não vou dizer porque precisava de um robe num hotel de uma cidade onde vivo.
PPS - sim sou homem.
PPPPPPSSSSS - não, não sou casado.
Marcadores: competencia, hotel, idiomas, linguas, produtividade, qualidade, rigor, ritz, roupao, servico, spa
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