27 fevereiro 2007

Le Robe, mas em português


Um dia calmo na cidade de Lisboa.

Estou no Ritz de Lisboa e preciso de um roupão. Prefiro comprá-lo e vou à loja.

Na loja sou atendido por uma francesa com um português sofrível e sofrido.

A francesa diz que só tem XL.

Podia ser sensual [não a francesa*, mas o XL]. No meu caso, o XL seria uma forma rápida de tropeçar e partir os dentes. E isso não seria -- pelo menos nos meus standards - sensual.

Insisti.

A francesa [soa melhor que 'empregada'] diz-me para ir ao Spa. No Spa é que há. E devem ter vários tamanhos.

'Esta incompetente não conhece o conceito 'tudo pelo Cliente', que no momento concreto se resumia a pegar no telefone e ligar para o Spa', pensei eu.

Sugeri, doucement: 'pode ligar para lá? é mais rápido'.

'Sim, clarro'.

Ligou. Passam uns poucos minutos. Ligam de volta.

Ouço a palavra 'lavandarria' e tremo. Já nem ligava ao facto de demorar um dia. Vão vender-me um robe que vem da lavandaria? Comecei a pensar se estava num hotel estrelado e premiado, que tenho e que me tem acarinhado. Engoli em seco, agradeci e saí.



Notas de fazer rodar o pé, e no final o pescoço:


(*) A Francesa também. Mas não era.

PS - não, não vou dizer porque precisava de um robe num hotel de uma cidade onde vivo.

PPS - sim sou homem.

PPPPPPSSSSS - não, não sou casado.

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