A Alternativa
Encontrei-a nas escadas. Tinha-a conhecido há pouco tempo e agoa já nem a vejo, mas na altura, ao vê-la com os auscultadores e o já banal leitor de MP3, fiquei com a curiosidade de saber o que ouvia. Diz-me aquilo que ouves e...
E lá perguntei.
E lá respondeu.
'Ah é música alternativa, você não conhece...'.
Os meus neurónios ficaram a conjugar os elementos da coisa:
- o idiota 'você', a fazer-lhe lembrar as entrevistas da Maria João Avillez;
- o 'Ah';
- o tom;
- a palavra 'alternativa'.
Ao lado a parte emocional [a saber, o tom, o ah displicente, e o 'você' oscilante entre o blasé e o menorizante] tilintou a palavra 'alternativa'.
Alternativa a quê?
Música alternativa a quê? à Rock? e essa não era alternativa à Pop? Ou vice-versa? E essas não eram alternativas ao jazz? e o jazz à clássica? E todas umas às outras, não?
O que é que há de alternativo nisto tudo?
Não faço a mínima ideia. E não vou perder muito mais tempo a descobrir.
Mas faz-me lembrar um post anterior... será Ego?
Sei é que nunca mais falei com ela.
Imagem: Juan GRIS [1926-27] Guitar and Music Paper, Saidenberg Gallery, New York
Marcadores: alternativa, alternativo, ego
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