22 janeiro 2006

Portugal, Presidenciais 2oo6


A antecipar as discussões de Domingo, há três questões práticas a colocar quanto ao futuro Presidente da República:

I. Irá residir para Belém?

II. Irá desempenhar o cargo com dignidade, designadamente em matéria de política externa?

III. O que irá mudar na política interna?


Há duas correntes de 'opinião' quanto à residência em casas oficiais:

1. É chique, é aproveitar!
2. É saloio, que disparate!

Por aqui não achamos chique nem saloio, achamos que faz parte do cargo que, caso contrário, não incluiria uma residência oficial.

Não residir na residência oficial é pois incumprir os deveres do cargo.

Está tudo dito.


E em termos de política externa? Será que o próximo Chefe de Estado desempenhará com dignidade o cargo, representando de forma sóbria uma Nação com quase mil anos de história? Conhecemos várias histórias de vários candidatos e isso ajuda ao nosso sentido de voto quanto a este aspecto. Podemos usar aquele critério simples e eficaz quando se trata de um cargo de forte componente diplomática e social: não votemos em alguém que nos embaraçasse caso o convidássemos para jantar em nossa casa. E perguntemo-nos, caros co-eleitores: convidaríamos qualquer um dos cinco candidatos a jantar nas nossas casas? Claro que não. Da mesma forma, não nos sentiríamos bem em ser representados por tal indivíduo no exterior. É a nossa imagem que está em jogo. E à mulher de César não basta sê-lo... E ao Chefe de Estado, passe a expressão, a nossa 'mulher' e a 'mulher' da nossa Pátria, não basta ser mulher de Portugal (César)... Tem de parecê-lo e comportar-se com dignidade. Pois uma Nação fundamental na civilização ocidental, como é a nossa, tem de dar o exemplo, ser exemplar. E não motivo de chacota e desilusão. Cuidemos pois de eleger um representante digno. E para isso, bem sabemos, de nada serve um doutoramento. A verdadeira educação social está em casa, na academia está a formação profissional.

E o que irá mudar na política interna? Provavelmente nada, dada a ausência de poderes do Presidente neste aspecto, salvo a famosa bomba atómica, as mensagens ao Parlamento e o poder de influência em termos de opinião pública e através da comunicação social. Como 'provedor' dos Portugueses, e porque estamos em democracia, o Presidente não vai, pois, alterar o expectro político.

O critério de voto, por estes lados, é pois simples: um homem capaz de gerar consensos, não belicoso, com uam educação que lhe permita representar Portugal de forma digna.

No seu íntimo, os Portugueses sabem quem [não] tem estas características.

A responsabilidade pelo que suceder é vossa, não é dele.

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