Iraque: les uns et les autres.
Li hoje no Público que 'o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, defendeu hoje, em Bagdad, que devem ser os iraquianos a encontrar uma solução para a violência no Iraque'.
Podendo essa ser uma realidade simples e aceitável, deixa de ser tão simples aceitá-la tendo em conta que não se deixou os iraquianos, desde o início, tratar sozinhos dos seus assuntos internos.
O Iraque, antiga Mesopotâmia, conhecida como berço da civilização, nunca esteve bem em paz.
Com invasões inglesas em 1918 e 1941 [será qe a actual conta?] veio mais tarde a invasão americana, entre 1980 e 1988.
Pouco depois, a chamada primeira guerra do Golfo, novamente com os americanos, em 1991 [a famosa operação 'Tempestade do Deserto'], e depois dessa, a segunda, que começou em 2oo3 e ainda hoje continua, sem sucesso, sem data de retirada, e com muitos mortos em todos os lados, naquilo que são os escombros de uma terra milenar, cujo património artístico é [veja-se o tesouro de Nimrud, por exemplo], ou era genial, antes de destruído ou roubado por invasores ou oportunistas internos.
Depois de tanta confusão, não sei se faz muito sentido atirar para os 'iraquianos' os restos do seu país, para que o governem.
Até porque já nem deve haver muito para governar. Nem pessoas, nem património.
Seria interessante que a UE tomasse uma posição, em vez de ir a reboque, como de costume.
Foto: painéis de Nimrud no Museu Britânico
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