Ruído.
O ruído continua a ser um problema e Portugal continua a ignorá-lo, como qualquer país atrasado, onde o ruído, como muitas outras coisas, é ignorado e quem dele se queixa visto como um mariquinhas, um chato, ou ambos.
D. Duarte de Bragança trouxe o tema, dado estar a sofrer no Algarve [pobre sítio para passar férias], ainda por cima na [in]famous praia da Rocha, com o ruído dos bares Sasha e Nikki junto da sua casa. Os resultados das medições de ruído, dizia o DN de 14.8.2oo7, eram abaixo do máximo legal.
Como se já não bastasse o turismo manhoso e a construção desenfreada e de estupidez abismal.
Como em muitas outras coisas, a lei está mal feita: é relativamente óbvio que em muitos casos o ruído incomoda [senão nem era apresentada queixa] e se o resultado dos testes de ruído dá errado das 3 uma: ou foi mal feito, ou foi falseado, ou o limite legal está errado, e tem de ser alterado [diminuído].
Por outro lado, é inacreditável o conflito de interesses entre quem mede o ruído ou é responsável pela aplicação da lei [câmaras municipais] e o causador do ruído [a própria câmara, actividades por ela patrocinadas, ou actividades que rendem a câmara receitas em licenciamentos, ou mesmo dinheiro para campanhas políticas do seu executivo, e referimo-nos aqui a câmaras em geral e não às de Faro ou de Portimão].
Admiro D. Duarte por ainda não ter fugido do Algarve e ter ido para algo que ainda seja sossegado, género isolated spot no sul de Itália, França ou, especialmente, Grécia.
Eu já.
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