Gustav Leonardt
continua a visitar-nos e a tocar com o seu génio, inclusive em zonas relativamente remotas do país, apesar dos seus quase 90 anos [nasceu em 1928, ano marcante da história portuguesa].
Desta vez foi na fantástica biblioteca pública de Évora, fundada por Frei Manuel do Cenáculo e detentora de uma extraordinária colecção do século XVIII que em muito ajudou a um ambiente acolhedor numa noite de Verão, pouco [e ainda bem] iluminada, onde o ruído veio sob a forma de sinos de igreja e sobretudo de uns quaisquer javardos que berravam na rua, por estupidez, bebedeira, ou ambas, por esta ordem.
Dizia o DN que 'o grande cravista holandês Gustav Leonhardt dá hoje um recital, às 21.30, na Sala de Leitura da Biblioteca Pública de Évora, interpretando obras de Frescobaldi e Froberger'.
Mas afinal não houve nenhum dos compositores. O programa foi bem melhor: depois de Couperin, Leroux, Balbastre, deliciei-me com Du Phly e as minhas favoritas Allemande, Les Graces, La Pothouein. E depois do intervalo, com La Rameau, La Monttigny, La Sylva e La Boisson, de Forqueray, que adoro e recomendo como umas das melhores peças que conheço para cravo entre os não clássicos do mainstream 'cravístico'.
Obrigado a quem me disse e levou.
Links:
Masterclass de Évora
Fundação Luis de Molina
Biblioteca Pública de Évora
Marcadores: barroco, biblioteca, cravo, Évora, Gustav Leonhardt, música
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