People will be People ?
A edição da Bloomsbury foi cancelada e acabou por aparecer-nos através da HarperCollins.
Escritores, agentes, editores, tricas, whatever.
Apareceu-nos com os capítulos The Seven Ancient Wonders of the World, Conkers, Laws of Football, Dinosaurs, Fishing, Juggling, Timers and Tripwires, Kings and Queens, Famous Battles, Spies, Making Crystals, Insects and Spiders, Artillery, e como não podia deixar de ser, Girls!
Mais do que contraponto a coisas como Manual de Caça e Pesca para Raparigas ou coisas o género, este é um revival interessante de Boy's books.
Não tenho dúvidas [passe o toque presidencial lusitano]'de que' [idem idem aspas aspas portuense] a tendência é, como sempre, cíclica.
E no caso actual, de retorno às coisas simples. A 'brutal simplicity', como dizem na MC&Saatchi. A comida 'orgânica' é um exemplo.
Mas mesmo em termos de vida. Não estou a ver a ideia de 'trabalho, trabalho, trabalho' por muito mais tempo. A Europa não resistirá ao ritmo chinês. E portanto iremos [espero] perceber que a dolce vita também tem o seu lugar.
E que ficar agarrado ao blackberry ou palm ou whatever o dia todo não serve de nada.
O mesmo acontece à criançada. Para quê TV ou iPod o dia todo?
Há imensas coisas para fazer. E dinheiro não é [assim tão grande] desculpa. A falta dele [calma com as interpretações, caros tarados do clicka no comment] pode até ser um estímulo...
Este livro não é nada perfeito, mas é uma boa tentativa.
Polémico como se lê no artigo de Wendy McElroy ('feminista') na Fox News: 'a practical manual that returns boys to the wonder and almost lost world of tree houses and pirate flags. It celebrates the art of teaching an old mutt new tricks and accepts skinned knees as an acceptable risk for running through fields with the same dog yapping along [...] Those results make publishers take notice. But social commentators are also reacting with both applause and condemnation. [...] Condemnation arises because The Dangerous Book breaks the dominant and politically correct stereotype for children's books. It presents boys as being deeply different than girls in terms of their interests and pursuits [...].
É certo que neste ponto nao haverá grandes diferenças no século XXI: ego é a palavra transgeracional, e no caso de quem se mexe sem dificuldade e já sai [ou ainda sai] à noite é basicamente sexo e dinheiro. Mesmo que lá no fundo se pense fazer outra coisa. Ou mesmo que cá ao de cima se façam outras coisas.
Continua a autora, dizendo que 'In celebrating old-fashioned boyhood and providing a blueprint on how to reclaim it, The Dangerous Book is revolutionary. It discards decades of social engineering that approaches children as being psychologically gender neutral. The book implicitly rebukes school texts that strip out gender references. Instead, it says 'boys will be boys'; they always have been, they always will be, and that's a good thing. [...] Thus The Dangerous Book achieves social revolution without preaching or politics; it does so in the name of fun'.
É polémico e interessante.
Interessante porque aparece na era da televisão e da democratização da javardice.
Mas sobretudo, porque os temas estão minimamente actualizados, ainda que o índice pudesse ser bem mais aperfeiçoado, inclusive quanto ao século XX [Arte? Tecnologia? desportos sem ser futebol e cricket? Style? Gastronomy? Travelling? ].
É claro que o índice também engana. Quem diria que fala [e fala...] de xadrez? Mas fala e dá dicas.
A ver, sobretudo para quem não herdou livros de conselhos [caso em que também se recomenda o do Marquês de Fronteira e Alorna, publicado e disponível nas livrarias em Portugal].
The Dangerous Book for Boys
John IGGULDEN e Hal IGGULDEN [desde que vi o 2oo1 Odisseia no Espaço tremo com o nome Hal].
ISBN: 0007232748
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