13 agosto 2004

Algarve vazio vs. Noite cheia

Dizem que o Algarve está vazio.

Apenas notei que o Algarve está Alarve, não por qualquer elemento geográfico ou humano local, mas pelos turistas nacionais que enchem a sua noite.

Os dois paradigmas da 'contemporânea' noite jovem do Algarve são o Klube e a Casa do Castelo.

O primeiro coloca o clube no próprio nome. O segundo é 'Clube' antes da 'Casa'.



Ambos clubes, supõe-se que a sua frequência seja, no mínimo, filtrada, ainda que os critérios sejam sempre algo nebulosos.

No Klube o filtro é simples: não conseguir chegar, porque a estrada está cheia de miúdos a beberem directamente de garrafas e dos seus carros estacionados à beira da estrada, causando filas enormes.

No Castelo, como para lá chegar ainda temos de mover-nos por estradas secundárias, a coisanão é tão feia. Porém, uma vez chegados ao destino, deparamo-nos com um caos que envolve wannabe clients, polícias (GNR) nos inevitáveis trajes fluorescentes, funcionários do Clube. Estacionar é mentira, pelo menos se não estiver para andar num terreno semelhante ao Kansas. A coisa ficou mais excitante há uma semana, com a chuva que caiu pelas cinco e muito da manhã.

Em ambos os casos, o interesse da casa é apenas financeiro, como se nota por consumos mínimos ou não, mas sempre pela entrada indiscriminada de pessoas. Seria interessante, pelo menos, aumentar o número de metros quadrados por pessoa.

Seja como for, ambas as 'casas' respondem ao mercado: e os portugueses continuam a não se importar com a confusão, alguns parecem até gostar, como num olhar algo orgulhoso para um umbigo provinciano.

Até quando?

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