Estado, privados e escolas.
Foi hoje divulgado pela imprensa uma sondagem segundo a qual 'Três em cada quatro pessoas inquiridas entendem que a administração pública funciona "pior" ou "muito pior" do que o sector privado'.
É claro que isto não significa que 'a administração pública funciona "pior" ou "muito pior" do que o sector privado'.
Significa apenas que as pessoas inquiridas 'acham' que 'a administração pública funciona "pior" ou "muito pior" do que o sector privado'.
Em todo o caso, é interessante pensar no recente caso dos rankings das escolas, segundo a qual os alunos das privadas surgem como detentores dos melhores resultados nos exames nacionais.
É claro: tal não significa que as escolas privadas sejam melhores do que as públicas, i.e. que o ensino nos privados seja melhor que o público, ou que o público seja pior que o privado.
O que é certo é que o tipo de gente [sejamos claros] que frequenta um colégio e o tipo de gente que vai para a escola secundária ou o ciclo lá do bairro é bem diferente.
A diferença é, sobretudo, de estrato social e de conforto das instalações.
Seria mais interessante [para não dizer útil e realista] realizar o ranking ponderando o background socio-económico dos estudantes e a qualidade das instalações dos colégios e escolas analisadas.
Digam o que disserem, com o politicamente correcto do costume, o background é 95%.
E esquece-se, por exemplo, que os estudantes do privado podem ser expulsos e atirados para o público. E não o contrário.
Pois.
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