Timor
L. tem ouvido falar de Timor. Do que é transmitido na imprensa, o primeiro-ministro local ganhou as eleições com uma maioria esmagadora, e entretanto um grupo liderado por um major quis depô-lo.
Esse major passou a ter o apoio da Austrália, que por Lisboa tem sido tida como uma potência local com interesse no petróleo de Timor.
A Austrália enviou um generoso contingente militar para o território; Portugal enviou uns polícias [ainda que a GNR seja formalmente militar].
Entretanto, além do apoio da Austrália, o referido major passou a ter o apoio do próprio presidente, conhecido por 'Xanana' Gusmão.
Além do presidente, o compagnon de route deste, Ramos Horta, passou a apoiar também o dito major ou, pelo menos, a 'exigir' igualmente, tal como a Austrália, a deposição do dito primeiro-ministro eleito por uma larga maioria, em respeito pelas leis vigentes no território [em grande medida preparadas por portugueses], sem que se conheçam manifestações populares maciças [salvo o referido grupo do major] a exigir a demissão do dito primeiro-ministro.
L. suspeita estar a assistir a algo parecido com o que a geração dos seus pais viu na América Latina e tem sido crónico em África. A já clássica luta pelo poder de um local com interesse estratégico e económico, com o envolvimento de pelo menos uma potência estrangeira, em que se depõe ou tenta depor à força um líder eleito democraticamente, sem que se conheçam actos ilegais deste que não foi, de resto, alvo sequer de qualquer processo conhecido.
Um sociólogo, de nome Ivan Nunes e crê L. que o autor do belo blog A Praia, dizia num debate na RTP-N que 'Xanana' Gusmão, o conhecido rebelde e defensor da democracia e independência de Timor Leste, age hoje de modo ditatorial.
A história tem destas coisas.
A GNR continua lá. Petróleo nem vê-lo.
L. detesta perder tempo.
Continuaremos a apreciar a novela de longe. É esta, essencialmente, a diferença entre Ocidente e o 'resto'. Ou como diz o outro, o 'It'.
Imagem [a actualizar]: Salvador, filme de Oliver Stone [1986] que L. irá rever depois deste post. Razões que a própria razão desconhece...
Esse major passou a ter o apoio da Austrália, que por Lisboa tem sido tida como uma potência local com interesse no petróleo de Timor.
A Austrália enviou um generoso contingente militar para o território; Portugal enviou uns polícias [ainda que a GNR seja formalmente militar].
Entretanto, além do apoio da Austrália, o referido major passou a ter o apoio do próprio presidente, conhecido por 'Xanana' Gusmão.
Além do presidente, o compagnon de route deste, Ramos Horta, passou a apoiar também o dito major ou, pelo menos, a 'exigir' igualmente, tal como a Austrália, a deposição do dito primeiro-ministro eleito por uma larga maioria, em respeito pelas leis vigentes no território [em grande medida preparadas por portugueses], sem que se conheçam manifestações populares maciças [salvo o referido grupo do major] a exigir a demissão do dito primeiro-ministro.
L. suspeita estar a assistir a algo parecido com o que a geração dos seus pais viu na América Latina e tem sido crónico em África. A já clássica luta pelo poder de um local com interesse estratégico e económico, com o envolvimento de pelo menos uma potência estrangeira, em que se depõe ou tenta depor à força um líder eleito democraticamente, sem que se conheçam actos ilegais deste que não foi, de resto, alvo sequer de qualquer processo conhecido.
Um sociólogo, de nome Ivan Nunes e crê L. que o autor do belo blog A Praia, dizia num debate na RTP-N que 'Xanana' Gusmão, o conhecido rebelde e defensor da democracia e independência de Timor Leste, age hoje de modo ditatorial.
A história tem destas coisas.
A GNR continua lá. Petróleo nem vê-lo.
L. detesta perder tempo.
Continuaremos a apreciar a novela de longe. É esta, essencialmente, a diferença entre Ocidente e o 'resto'. Ou como diz o outro, o 'It'.
Imagem [a actualizar]: Salvador, filme de Oliver Stone [1986] que L. irá rever depois deste post. Razões que a própria razão desconhece...
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