07 fevereiro 2007

We care.


L. já escreveu várias vezes sobre o Museu Nacional de Arte Antiga.

Uma delas foi para relembrar que existe uma Associação de Amigos, já desde a primeira década do século XX, algo de raro em Portugal dada a ausência deste tipo de iniciativa para suportar social, cultural e [claro] financeiramente os museus.

Teve lugar mais um jantar anual, que contou com uma participação extraordinária, não só dos amigos como dos amigos dos já mais de 700 amigos.

O jantar teve lugar no jardim do MNAA, depois de uma visita à exposição temporária [Colecção Rau] e de um cocktail.

Como é habitual nestas coisas, à excepção de algumas netas giríssimas [18+!] que não passaram despercebidas, a faixa etária situava-se entre os 35 e os [?].

É no entanto conhecida a política de rejuvenescimento levada a cabo pela actual Directora do Museu [já falámos das famosas quase-raves], que esperemos se traduza também numa diminuição da faixa etária dos membros da Associação, sem que isso implique a sua descaracterização ou o afastamento dos actuais membros.

Ao contrário do que por vezes se afirma, os clubes ou associações, e esta em particular, não são apenas um barómetro social, um sítio sempre com os mesmos [tipicamente português] ou um mero 'who's who' da Art Patronage em Portugal.

É certo que as associações também são isso, mas não são apenas isso: contactos dos quais resultam negócios interessantes e se fazem e desfazem casamentos. Que nada têm a ver com o objectivo último da instituição.

No entanto, as associações e este tipo de iniciativas são fundamentais para manter os museus vivos e, mais do que os museus em si [palavra pouco agradável e sem grande expressão] as colecções que estes albergam e que, no caso do MNAA, são enormes, representativas e praticamente únicas.

Se isso inclui ou não alguns espíritos fúteis, paciência. Age-se de acordo com o resultado, que está a ser muito bem atingido.

Focus.