A Câmara de Maravilhas. e hoje?
''prover de todo o mobiliário e necessidades...' o palácio da Fortaleza é o que Jan Huyghen van Linschoten escreveu ser uma das mais prementes tarefas a que os novos vice-reis tinham que meter ombros, já que, aquando da saída do antecessor, este levava tudo o que o enchia, ficando a parecer '...uma casa destruída e roubada...'. [...] mal o novo titular chegava a Bardês, instalando-se no Colégio dos Reis Magos, onde esperava a saída daquele que ia substituir, os seus procuradores promoviam o despejo da residência, pois era do respectivo salário que tinha que prover a manutenção e equipamento e não ficava '...nem uma cadeira ou um banco, nem um soldo do tesouro...'. Assim, do leito às cadeiras, passando pelos mais comuns instrumentos de cozinha e pelos tecidos, tudo era comprado com dinheiro do vice-rei, que se tornava assim seu proprietário legítimo'.
Pedro DIAS [2004] Arte Indo-portuguesa, Coimbra: Almedina
Francisco LOPES [155o]Saleiro
Colecção de Escultura e Artes Decorativas do KHM de Viena
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