14 fevereiro 2007

Capitalismo de Fach[ada]: carta aberta aos 'amigos do costume'

Portugal vive um momento muito interessante.

Não se refere Lorenzetti à famosa 'crise', que não se reflecte no parque de estacionamento do Estoril Open e afins, nem nas férias e outras coisas que tais dos portugueses ditos de classe média.

Lorenzetti refere-se à visão de muitos dos 'iluminados do costume', sejam jornalistas, economistas, gestores, 'comentadores' [supostos 'opinion-makers' e 'especialistas'] ou mesmo [imagine-se] políticos [ou como dizem os Franceses, e certamente bem, les 'hommes politiques'] do capitalismo e modelo actual de vida, de sociedade, de economia.

A ideia da economia aberta, em que o mercado funciona por si, com uma alegada mão invisível.... Et cetera...

Vindas as [assim tantas?] OPAs, começa a histeria do proteccionismo.

'Ai a Economia Nacional'

'Ai os centros de decisão'

'Ai os empregos'

'Ai os espanhóis'

'Ai os anéis e os dedos'

'Ai que vamos ser dominados pelos 'grandes grupos' dos 'Estados grandes''


Decidam-se. Sejam coerentes.

Estudem e façam escolhas. Mas assumam-nas.

Se o capitalismo e a economia aberta devem existir, qual o medo da mudança para gestores [e donos] mais eficientes e fecho de empresas ineficientes?

Ou o conceito de 'eficiência' varia com termos lugar nela, com o famoso 'tacho'?

Se a fábrica fechou, é porque já não serve. Não dá dinheiro. Ou dá menos do que noutro sítio qualquer.

E se abriu é porque alguém o queria. E se fechou é porque alguém o quer.

O dinheiro.

Ou uma empresa é pura obra de caridade?

Se os Portugueses são comidos, é porque não comem. Não são competitivos, como 'a malta do costume' adora dizer.

Mas 0s 'amigos do costume' é que não são competitivos.

Gosta de estar no quentinho.

Não estuda, não trabalha e tendo ou não background, não o consolida ou não o substitui.

E são comidos: ou se vendem, ou levam um chuto da Administração.

No fundo, Portugal e 'agir Português' deve estar fora de moda.

Mas no mercado livre temos de assumir isto.

Mesmo que implique o nosso despedimento.

Ou a mudança de nome do país.

Ou a sua integração num qualquer espaço económico.

Ou outra coisa qualquer, por escandalosa que pareça [deve, aí, ser vista como uma shift da procura, que serve de incentivo a que alteremos o nosso comportamento, de forma racional, enquanto agentes económicos do lado na oferta...[!]].

Afinal, a Economia é Livre.

E a mão, Invisível e externa.

Ou não?