12 outubro 2005

A caça da gata ao gato



Já terei falado por aqui [?] do Thomas Crown.

O filme de 1999, The Thomas Crown Affair.

Foi um remake do fime de 1968.

Acabo de ver o de 1968, protagonizado por Steve McQueen e Faye Dunaway.

A história é algo diferente, desde logo [e para não arruinar surpresas] pelo tipo de roubo: confesso que prefiro, neste aspecto -- e talvez só neste, embora a música do segundo também seja mais feliz -- o segundo filme. Um roubo 'de arte' tem sempre mais charme, mais interesse, requer mais 'perícia' e sugere métodos mais curiosos.

O roubo 'de banco' é um clássico que embora possa não ser banalizado, é banalizável... Há sempre um 'mistério' [o 'mistério' de todos os clássicos] no roubo 'de banco', mas o espírito Crown é bem mais interessante -- pela natureza da personagem -- com o roubo do quadro. Bem sei que estou a inverter a ordem, e acaba por ser uma preferência pessoal. É certo que no primeiro filme o roubo é de um banco, pelo que a noção que tenho de personagem, é a sugerida pelo segundo filme. Porém, pessoalmente, é a personagem mais atraente. Confesso que não gostei de ver Crown no primeiro filme a seguir dicas num leilão e a assumi-las, perante Vicky, como suas. Quem viu ou quem vir, perceberá. Porém, é certo que é a versão mais real, menos rosa. O 'financier' Crown retratado no filme é, em geral, less expert e mais diletante. Porém, suficientemente cuidadoso para ter o seu perito at disposal. Assim acontece em 1968. Mas convenhamos que o de 1999, tem uma autonomia que o torna um personagem verdadeiramente interessante.

Após esta nota, a que mais me marcou nas diferenças entre ambos os filmes, direi que no resto o argumento é igual.

Já no 'resto' que não é o argumento, o de 1968 fica a ganhar. e em grande. É ver. O DVD anda como um recente ex-primeiro-ministro: por aí.






Vejam a galeria de fotos deste filme, no já 'clásssico' IMDB.