28 fevereiro 2006

Caça aos patos?



Parece que o Vice-presidente dos EUA deu um tiro num amigo.

Calma: foi por azar; estavam à caça.

Disse... azar?

Parece que com uma legislação aberta às armas, temos que deixar o azar entrar na nossa vida.

'A vida, esse jogo de azar'.

Se é assim, azar azar jogo jogo, é aproveitar e correr para um casino.

E claro: esperar não ter azar antes de entrar.

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23 fevereiro 2006

London Eye ::


Para além da questão urbanística, arquitectural e sociológica, o lado financeiro da coisa.

O Grupo Tussaud adquiriu a 100% à BA e à família Barfield [arquitectos] a London Eye, que tanto deu que falar na Londres 'pré-transição de milénio' e que é um verdadeiro 'passeio dos tristes' londrino e na atracção paga mais popular no Reino Unido.

A Tussaud, a maior estrutura europeia de negócio de 'atracções turísticas' e gestora da Eye desde a abertura em 2ooo, representada pela Freshfields , adquiriu 33.3% das acções e dívida, bem como os 33.3% detidos pelos Barfield, somando agora 1oo% das acções da Eye, que vê agora reduzida a sua dívida, bem como as taxas de juro correspondentes.

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22 fevereiro 2006

Por alguma razão misteriosa, sempre que vemos uma, pensamos na outra...



Uma tese sobre a piada da cerveja era coisa boa de ler. YAkkk

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21 fevereiro 2006

Mad About Madeira


O 'slogan' de um dos mais recentes leilões na Christie's: vinhos Madeira.

Fica a nota, da newsletter da Christie's sobre vinhos:

By Michael Broadbent


Christie's is very proud to be offering in its 20th February auction at South Kensington, London, unquestionably one of the best collections of Madeira to come on to the market in recent years; certainly the widest range. Every style from rapier-like dry Sercials to luscious Malmsey, with my favourite and most versatile medium-sweet Verdelho and rich Bual or Boal, in between.

Madeira, endearing and enduring, is—with the possible and rare exception of Tokay essence—the longest living of all wines. It has so many facets and virtues. A complex wine which, with sherry and port, was one of the trios of classic fortified wines the English (and Scottish) merchants and entrepreneurs created in the 18th century and shipped in large quantities to Britain and the many British colonies overseas.

In Britain Madeira's richness and strength countered the cold climate and draughty homes. Conversely and uniquely, it was the only wine which could survive the long sea voyages and the heat and humidity of the American colonies, the West and East Indies, and nourish the Garrisons in India. Times have changed but the wines have not.

Moreover, I cannot recall a single bottle, however old, that has not been delicious to drink. It is a great survivor. Further it can be kept upright in virtually any storage conditions and, once opened, will remain fresh and drinkable for several weeks. What more can one ask?

'Fine Old Madeira' was featured in James Christie's first-ever auction in December 1766. Ten years later Christie's auctioned 'a pipe of very fine old high-flavoured Madeira' for the Governor of Madras; the same year that Lieutenant (later Captain) Cook's ship HMS Endeavor called in at Funchal, the capital and main port of the island, to pick up over 3,000 gallons of Madeira for his two and a half years voyage—to prevent scurvy.

Unbelievably, over forty years later, some of the wine left over from `Captain Cook's voyage round the world' was auctioned at Christie's!

Finally, be reassured, one does not have to be an expert to enjoy Madeira. Enjoy, preferably by candlelight, the shades of glowing amber; the wines inimitable, almost overpowering and penetrating bouquet; its richness, concentration and almost interminable length of flavour.

Now is your chance!

Michael Broadbent, Senior Consultant
Wine Department, London


Enquiries:

David Elswood, International Head
delswood@christies.com
Tel: +44 (0)20 7752 3366

Fine Wine & Vintage Port
Including a Superb Private Collection of Madeira
Sale 7311
20 February 2006, 3:00 pm
85 Old Brompton Road, London



The Evening Sale: Finest & Rarest Wines
Sale 1771
2 March 2006, 6:00 pm
20 Rockefeller Plaza, New York
View a Vintage 1795 Madeira in this sale

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20 fevereiro 2006

Desafios


Já sabemos:

- a leitora acha Lorenzetti mais um tarado;

- o leitor com menos de 12 anos acha Lorenzetti tarado;

- o leitor com mais de 12 e menos de 18 fica a olhar para as pernas e a pensar se elas andarão no Hi5 [não, não 'andam'];

- o leitor com mais de 18 anos e menos de 25 fica a olhar para as pernas e a pensar que já iam;

- o leitor com mais de 25 anos e menos de 30 fica a olhar para as pernas;

- o leitor com mais de 30 anos e menos de 40 fica a olhar para as pernas;

- o leitor com mais de 40 anos e menos de 45 fica a olhar para as pernas e complexado a pensar que podiam ser as suas filhas;

- o leitor com mais de 45 e menos de 60 fica a olhar para as pernas e tenta escondê-lo com um sorriso e murmurando 'que disparate';

- o leitor com mais de 60 anos já nem vê nada.

Será assim?

É que há conclusões bem mais interessantes a tirar.

A análise de cores é um começo.

19 fevereiro 2006

Bossa nova + jazz + 60's pop = ?


Marc Collin e Olivier Libaux, franceses, tocam.

Elas cantam.

E rodam.

E os 3 convencem.

Nouvelle Vague

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Algo


OS movimentos sociais [?] islâmicos são dignos de nota.

Ao lado da violência, da religião e da política mais evidentes, há um lado extraordinário: o que motiva milhares de pessoas a sair à rua? A deixarem a sua casa, o seu trabalho ou o seu entretenimento, e a fazerem cartazes, a gritar a mover-se na praça pública, com expressões de sincera emoção?

Não são actores, são meros cidadãos locais. É o povo.

É sabido que cada um vê o que quer. Aos nossos olhos, podia ser uma manifestação bestial de cidadania: pessoas que de facto se interessam pela coisa pública, pelo viver colectivo, por política.

Pessoas que se sentem ofendidas com o sucede noutros países e culturas, e que defendem o seu e a sua.

Pessoas que se mexem, por não quererem ou não terem distracções como televisões, cinemas, centros comerciais ou férias.

Será um escape? Será uma opção?

Será cidadania? Será manipulação?

Será fanatismo religioso? Será independência e maturidade política e consciência crítica?

Não sabemos.

MAs é algo.

E esse algo merece ser muito bem estudado.

18 fevereiro 2006

No Art Newspaper



umas notas sobre a saga da Colecção Berardo:


Portugal (almost) wins the race to show billionaire’s collection

José Berardo is on the verge of signing an agreement to show his art in Lisbon

Posted 09 February 2006


By Gareth Harris


Mr Berardo’s collection includes Alexander Calder’s Untitled, 1968


LONDON. The Portuguese billionaire José Berardo is set to sign an agreement with the Portuguese government this month to loan art from his collection of some 4,000 Modern and contemporary works on a long-term basis to the Belém Cultural Centre (CCB) in Lisbon.

Mr Berardo, frustrated at excessive red tape which caused lengthy delays to the project, had threatened to send the works to France instead (The Art Newspaper, December 2005, p.1). This seems to have galvanised the Portuguese government into speeding up negotiations with Mr Berardo.

Lawyers for Mr Berardo, who is chairman of the holding company Metalgest, are currently drafting the terms of the agreement which has to be finalised by 15 February. However, if this deal falls through, Mr Berardo told The Art Newspaper that he “is still prepared to work with the French government”.

Mr Berardo met French State officials last November. They proposed possible sites in France for a museum to house his collection. These include a new museum site in Toulouse and the Ile Seguin in Paris, where the French billionaire François Pinault had planned to build a museum to house his contemporary art. Mr Pinault abandoned this project and is to display his collection at the Palazzo Grassi in Venice instead which he purchased last year.

If all goes to plan, the Portuguese agreement entails transferring a portion of Mr Berardo’s works to the CCB with an exhibition drawn from the collection scheduled for late 2006. Future shows under discussion include a retrospective devoted to Frida Kahlo. The other artists represented in his collection include Francis Bacon, Dan Flavin, and the Chapman brothers.

Mr Berardo told The Art Newspaper that the Portuguese government eventually plans to build a new museum in front of the CCB to house his collection, scheduled to open in 2010. He has, however, warned that he will not sell or donate any art to Portugal as he has a “large family”. A spokesperson for the Portuguese Ministry of Culture declined to comment.

The CCB has previously shown three exhibitions of works on loan from the billionaire.

Art Newspaper

Colecção Berardo

Imagem: Giulio PAOLINI [1965] A J.L.B., Colecção Berardo

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Algo


OS movimentos sociais [?] islâmicos são dignos de nota.

Ao lado da violência, da religião e da política mais evidentes, há um lado extraordinário: o que motiva milhares de pessoas a sair à rua? A deixarem a sua casa, o seu trabalho ou o seu entretenimento, e a fazerem cartazes, a gritar a mover-se na praça pública, com expressões de sincera emoção?

Não são actores, são meros cidadãos locais. É o povo.

É sabido que cada um vê o que quer. Aos nossos olhos, podia ser uma manifestação bestial de cidadania: pessoas que de facto se interessam pela coisa pública, pelo viver colectivo, por política.

Pessoas que se sentem ofendidas com o sucede noutros países e culturas, e que defendem o seu e a sua.

Pessoas que se mexem, por não quererem ou não terem distracções como televisões, cinemas, centros comerciais ou férias.

Será um escape? Será uma opção?

Será cidadania? Será manipulação?

Será fanatismo religioso? Será independência e maturidade política e consciência crítica?

Não sabemos.

Mas é algo.

E esse algo merece ser muito bem estudado.

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17 fevereiro 2006

Portugal no seu pior...


... é, por exemplo, quando um taxista nos pergunta qual o valor que queremos na factura.

'PODE SER o que está no taxímetro...'

'Então mas.... não quer que arredonde?!!'

Chegados ao destino, reparamos que a factura está 'arredondadíssima'.

Tudo em benefício do Cliente! Azar, porque, mal sabe o taxista, a factura não vai servir para nada, senão para conforto pessoal na luta contra a evasão fiscal.

Mas agora que se pensa nisso... será que vai ser declarada pelo taxista em questão ou pela sua empresa? É que, afinal, tanta ligeireza nos arredondamentos [recorde-se, 'a favor do Cliente!'] dá para desconfiar.

Senão, o fisco até agradecia. Quer o Cliente gostasse ou não...

16 fevereiro 2006

Portugal no seu pior...


... é, por exemplo, quando um taxista nos pergunta qual o valor que queremos na factura.

'PODE SER o que está no taxímetro...'

'Então mas.... não quer que arredonde?!!'

Chegados ao destino, reparamos que a factura está 'arredondadíssima'.

Tudo em benefício do Cliente! Azar, porque, mal sabe o taxista, a factura não vai servir para nada, senão para conforto pessoal na luta contra a evasão fiscal.

Mas agora que se pensa nisso... será que vai ser declarada pelo taxista em questão ou pela sua empresa? É que, afinal, tanta ligeireza nos arredondamentos [recorde-se, 'a favor do Cliente!'] dá para desconfiar.

Senão, o fisco até agradecia. Quer o Cliente gostasse ou não...

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15 fevereiro 2006

Expresso da Praxe, Praxe no Expresso


Já falámos aqui do delicioso julgamento de algumas pessoas que julgam que a praxe é uma coisa maravilhosa, que não humilha ninguém, é inteligente e divertida, e na qual todos gostam de participar. Uma espécie de mocidade Portuguesa onde, desta vez, todos se podem sujar e fazer ordinarices.

Desta vez -- e bem, até porque o assunto parece ter morrido -- é o jornal Expresso, na sua revista, a abordar o tema.

Conta a história da famosa estudante que 'foi barrada com bosta de porco, mergulhada de cabeça e com os pés amarrados num balde de excrementos de vaca até sufocar e desmaiar. Durante uma semana esteve às ordens de uns veteranos [...] Andou sempre com um penico carregado de bosta de vaca na mão - o seu cartão de identidade obrigatório como caloira da Escola Agrária de Santarém' [Única, Expresso, 4.2.2006, p.21].

Ficámos a saber da existência de um website que divulgamos: Antípodas, de uma associação anti-praxe. Desde logo pelas fotografias publicadas, da qual esta é particularmente expressiva...

Preferíamos ter aqui uma das nossas habituais imagens de um quadro de Vermeer ou até uma foto de Cindy Sherman, ou ainda um belo exemplar da arquitectura contemporânea.

Desta vez é uma foto do nosso país contemporâneo. Não podemos esquecê-lo, até porque vivemos nele. Resta-nos mudá-lo...

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Cartoons e Bombas


Continuamos no Expressamente.

O Expresso de 22.4.2oo6 tem um cartoon com Mahmoud Ahmadinejad atras de uma ogiva nuclear.

Para não restarem dúvidas, coloca o nome: Ahmadinejad.

O sexto Presidente da República do Irão.

Lorenzetti não achou piada nenhuma, contrariamente ao habitual.

É que o balão coloca Ahmadinejad a dizer 'Sim, é uma bomba. Mas é uma bomba pacífica'.

É evidente o que a frase mostra: a ideia de que uma bomba nuclear tira a vida, ponto. Usar a palavra 'pacífico' quanto a um objecto desses é no mínimo irónico.

Até aí tudo bem.

O problema é terem posto uma das partes, quando há outras partes [leia-se países] que também têm armas nucleares.

E esses, caro cartoonista, são os verdadeiramente pacíficos?

Lorenzetti percebeu a mensagem evidente do cartoonista.

Só não percebe é porque o cartoonista não a aplicou a todos os detentores de bombas.

Ou há uns melhores que outros?

A ser assim, as 'outras' devem ser 'pacíficas'...




Imagem: MOAB Bomb, 21,000 pound bomb, US Military

14 fevereiro 2006

Questão 'cart00n Maomé'


Espera-se que quando este post for publicado já tenha acalmado a histeria dos cartoons dinamarqueses que ilustram Maomé.

Este caso parece insólito, mas não é.

Num jornal de clara orientação política num país que não é conhecido pelos extremismos [e que na sociedade internacional é, mesmo, digamos, um Estado discreto], foi publicado um cartoon que viola as regras religiosas -- e de Estado, no caso -- da cultura muçulmana.

Percebe-se que haja uma reacção muçulmana. Afinal um católico também não acharia muita piada a um cartoon islâmico retratando os apóstolos numa orgia, por exemplo.

O que é discutível é:

1. Tomar como agressor não o criador e o editor do cartoon, mas o país onde tal sucedeu;

2. Violar as regras de direito internacional [e de 'boa educação'...] incendiando uma missão diplomática, entre outros eventos menos simpáticos por todo o mundo.

No primeiro caso, isto apenas revela o fosso cultural, político e religioso entre o mundo muçulmano e o mundo dito Ocidental. Que vai ao ponto de considerar que todo um Estado [lei-se a Dinamarca] é responsável por um cartoon de um jornal que nem sequer tem distribuição mundial.

No segundo caso, o recurso à violência, causando danos materiais e humanos, e criando instabilidade e uma crise diplomática.

Isto porque o cartoon não criou uma crise diplomática.

Tal apenas sucederia se o cartoon tivesse sido publicado num jornal oficial, ou de alguma forma com um intento político internacional, o que não parece que tenha sido o caso.

Percebe-se bem a revolta dos crentes em Maomé. E nem se entende que deva contra alegar-se com a liberdade de imprensa. Antes dessa estão os direitos humanos e a religião é um deles.

O que não se percebe são os meios para canalizar essa revolta.

Entendam-se, meus Senhores.


DELACROIX [1849-50], óleo s/tela, Art Institute of Chicago

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13 fevereiro 2006

Ténis



Aqui no Lorenzetti só se usam dois tipos de sapatos nos tempos livres, sem grande imaginação, mas com muito conforto e versatilidade.

No Verão, dentro e fora, usam-se mocassins [em pele castanha enrugada, sem cordões nem fivelas ridículas].

No Inverno, fora, usam-se ténis.

Não temos grande tara de ténis, nem nada que se pareça. Até porque nem são grande coisa esteticamente, nem sempre é fácil encontrá-los com um bom design estético e funcional em simultâneo e com durabilidade. E não podem usar-se em todo o lado.

Fica uma sugestão da Pirelli, que lançou uma gama de produtos que não pneus [!], captando assim consumidores-pessoas e não carros [$€$€$]. O modelo CM01C12 [no nosso caso em castanho escuro]é, para Lorenzetti, o mais confortável de sempre.

Têm sido várias as marcas a lançar produtos que, mais das vezes, não têm nada a ver com o apport dessas marcas. Umas são treta para os 'patos', outras são bem boas. É o caso de algumas das roupas da Vuitton, dos acessórios e roupas da Porsche, dos ténis da Pirelli.

Neste último caso -- se calhar, mais do que pelos pneus, a Pirelli é conhecida pelas meninas dos calendàrios [de garagem!?!] fica a sugestão. Conforto extraordinário, adaptação total e muita velocidade [as solas são um verdadeiro pneu]. Ponto negativo: o tipo de pele não é durável, dado não ser polida, ainda que assim sejam mais elegantes. Mas o conforto compensa.

PS - o Lorenzetti não sabe onde comprá-los em Portugal -- fica o aviso -- se alguém souber dê a dica, dado que estes já estão a dar o berro e é de arranjar uns novos e iguais [!]. Mas é sempre uma boa desculpa para passar por Barcelona...

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Disco Sound


'Disco is the best floor show in town. It's very democratic, boys with boys, girls with girls, girls with boys, blacks and whites, capitalists and Marxists, Chinese and everything else, all in one big mix'

Truman Capote, London Review of Books, 6.1.2ooo

E assim foi na festinha 70's revival do & no Paradise Garage, Lx.

Shake that ass...

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10 fevereiro 2006

Pessoas num museu!!


'Animar' um museu não é coisa muito comum em Portugal.

É excepcional, são aqueles 'dias abertos' e o pequeno charme do de-vez-em-quando-vou-a-um-museu-e-é-cultural-e-nós-museus-de-vez-em-quando-recebemos-pessoas-e-organizamos-coisas'.

Nunca ligámos nenhuma ao 'Dia de S. Valentim' nem ao de Sto. António e afins.

Mas a ideia da Tate é de estalo.

No tal dia do Valentim [!], por 15 libras [uns 4 contos / 20 euros], pode ir-se à Tate, beber um copito de Champagne [uma flûte, para quem prefere o termo], ver o Brief Encounter de David Lean, bem como outros filmes escolhidos pelo museu, um espectáculo de cabaret, ver a exposição temporária Martin Kippenberger, das 19h às 23h [que isto em Londres, quando é 'oficial', acaba cedo].

Além disto, 9 libras de desconto no cartão de membro do museu e 5 libras de desconto em qualquer curso ou workshop da Tate.

Isto pode não ser fantástico. O programa, em si, nem é muito interessante.

Mas é uma ideia, e uma ideia que vende.

E certamente levar à Tate pessoas que nunca lá foram e/ou manter lá pessoas que a conhecem.

Em Portugal não se faz nada disto.

Primeiro não há aberturas de museus fora de horas. Aquilo tem um expediente, caramba!

Abrir um museu depois das 17h? Mas está tudo maluco? Nem pensar.

A ideia da actual directora do Museu de Arte Antiga [a famosa rave, apoiada por Manuel Reis, do Lux-Frágil] é uma excepção feliz no conceito e triste na solidão.

E champagne? Servir bebidas num museu? Oh meu deus... nem numa sala apropriada, quanto mais no resto.

Depois acha-se estranho que as pessoas não vão a museus.

Nós também não vamos a tascas. Não calha, não temos esse hábito. Mas se as tascas fizerem coisas originais e as publicitarem se calhar vamos lá. E se calhar até gostamos. E se calhar até voltamos.

E os museus?

Qualquer dia fecham, porque a população não vê utilidade neles, se é que os conhece.

E aí os seus directores e restantes amigos vão ter de 'abraçar novos projectos', desde logo o fundo de desemprego [caso também não desapareça...].

Mas ninguém se mexe neste país? É que então façam museus confortáveis com entradas bem pagas.

Porque assim não servem a ninguém. Nem aos pobres, que não os conhecem, nem aos ricos, que agradeceriam mais conforto. E nem sequer às obras expostas, muitas vezes mal conservadas.

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It's the religion, stupid !

It's the religion, stupid!


Discute-se em Portugal se os homossexuais devem casar.

A palavra homosexual é um disparate, desde que não se violem os direitos humanos, acho que cada um faz o que quiser.

E o casamento é um sacramento, um acto religioso. Assim nasceu e essa é a sua natureza.

Importar um sacramento para o Direito Civil e para a sociedade em geral faz tanto sentido como abrir uma escola de alta culinária francesa num Rwanda faminto.

O verdadeiro problema não é o casamento ser de gays ou de não gays.

O verdadeiro problema é o casamento civil.

Esse é que não faz, nem nunca fez, qualquer sentido.

O problema começa e morre aí.

Nem o sexo nem o género têm a ver com isto.

Quem quiser que copie da Igreja o que quiser. Mas depois, resolva os problemas que criou.

E este não tem solução.





Casamento em Cana
c. 1495 / 1497
Óleo s/tela, 137,1 x 92,7 cm
National Gallery of Art, Washington, EUA

09 fevereiro 2006

It's the religion, stupid !


Discute-se em Portugal se os homossexuais devem casar.

A palavra homosexual é um disparate, desde que não se violem os direitos humanos, acho que cada um faz o que quiser.

E o casamento é um sacramento, um acto religioso. Assim nasceu e essa é a sua natureza.

Importar um sacramento para o Direito Civil e para a sociedade em geral faz tanto sentido como abrir uma escola de alta culinária francesa num Rwanda faminto.

O verdadeiro problema não é o casamento ser de gays ou de não gays.

O verdadeiro problema é o casamento civil.

Esse é que não faz, nem nunca fez, qualquer sentido.

O problema começa e morre aí.

Nem o sexo nem o género têm a ver com isto.

Quem quiser que copie da Igreja o que quiser. Mas depois, resolva os problemas que criou.

E este não tem solução.





Casamento em Cana
c. 1495 / 1497
Óleo s/tela, 137,1 x 92,7 cm
National Gallery of Art, Washington, EUA

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08 fevereiro 2006

A Um de Fevereiro de 1908



foram assassinados S.M. Fidelíssima El-Rei D. Carlos I e S.A.R. o Príncipe Real D. Luís Filipe.

Em 1.2.2oo6 a Real Associação de Lisboa irá inaugurar uma placa junto ao Terreiro do Paço, na Rua do Arsenal - local do crime - pela 17hoo, para que o crime -- ao qual se seguiu a mudança de regime político -- não seja esquecido.

Além deste acto excepcional, terá lugar o acto habitual, para os interessados: às 19hoo será celebrada Missa em São Vicente de Fora com a presença de S.A.R. os Duques de Bragança, seguindo-se uma Romagem ao Panteão Real onde o S.A.R. D. Duarte de Bragança depositará uma Coroa de Flores junto aos túmulos de S.M. Fidelíssima El-Rei D. Carlos I e S.A.R. o Príncipe Real D. Luís Filipe.

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07 fevereiro 2006

This place is a find if there ever was one - go, World Heritage conoisseurs, before mainstream tourists find out about it!


Assim o diz uma comentadora de seu nome Sheila Ross na newsletter e website da World Heritage.

E não deve ter sido por acaso, uma vez que em 'crise económica', precipitamo-nos numa crise cultural: voltar atrás e fazer a dita barragem.

Será assim? 'Diz que sim'.

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06 fevereiro 2006

Giacomelli


Para os fãs de Helena Almeida, cuja exposição na Bienal de Veneza [fizémos um post sobre essa, segue abaixo] está agora em Lisboa, apresentamos...

Mario Giacomelli.

Para os mesmo interessados, a Phaidon tem um livrito sobre o personagem 81925-2ooo] e obra [fotografia].

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05 fevereiro 2006

Sociologia quase pura


Fica uma amostra [!]. É um entre muitos feitos por um tal Pedro Miguel do Nascimento Veliça, cujo website [AQUI] descobrimos por acaso.

Embora não seja perfeito, é uma das poucas 'análises' dos chamados 'estilos'. A ver.

Aceitam-se sugestões de outros, porque análises de estereótipos é das nossas actividades favoritas.

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03 fevereiro 2006

Lx after dawn


Por aqui adoramos certos insólitos e dar elogios inesperados.

Como à Máxima [!].

Pelos spots escolhidos [ainda que alguns não sejam assim TÃO recentes], que podem ver AQUI.

O LEFT, o LOFT, o BEDROOM e o MAO.

O MAO não conhecemos.

O LEFT está 'muy bien' e tem a vantagem de ter refeições leves. Fica bem perto do EL esse velho amigo. Consegue-se conversar, tem oldies e breakbeat e bebidas razoáveis. Respira-se bem...

O LOFT vale pelas noites de sábado: LOVE GENERATION. É a música da Kapital dos good old days, a mesma turma e ajuda a esquecer o fraquíssimo PEOPLE [pelo menos o conceito, porque o resto não mudou muito] e a recordar o saudoso INDÚSTRIA.

Falando nisso, os ex-INDÚSTRIA abriram o BEDROOM, na Rua do Norte, no Bairro Alto. Está-se bem, ainda que algo entupido. a música pode melhorar, o espaço está giro, ainda que não muito grande e sem muitas beds. Porém, no meio da porcaria generalizada [e o termo é usado mesmo com a conotação escatológica...] do Bairro Alto, não está mesmo nada mal. E tem a JU, essa sensação ex-Sushi Lounge e [felizmente] EX-Art. Admito que o 'je ne sais quoi' de JU, essa barmaid que fecha as contas, seja um plus.

Boas noites.


imagem: LEFT

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02 fevereiro 2006

S:D:D:::::::


'Santos Design District'...

Nunca fomos muito fãs de inspirações americanadas que, na Europa, me soam sempre a provincianismo barato.

A ideia de fundo, porém, é muito, muito boa e merece aplauso.

Ter um spot nacional para a divulgação do design é fundamental. E, claro, garantir uma boa plataforma de negócio para as casas que vendem mobiliário, 'acessórios' e 'soluções'.

Ser em Santos é ainda melhor: continua a ser uma das nossas grandes apostas seguras para investimento imobiliário de longo prazo em Lisboa.

A ideia de S:D:D: parece ser a de juntar uma rede [admitimos que os criadores prefiram a palavra network, mas enfim] de lojas [OK, preferiam 'espaços'] bem estruturados, com produtos bem desenhados, bem feitos e bem apresentados.

Acaba por ser algo de banal: esperemos que venha a ser assim, que toda a cidade ou país sejam assim. Mas não são, pelo menos ainda.

O design continua a ser visto como algo de estranho aos produtos. Como um 'plus' [gostaram, não foi?].

Observações do tipo 'não compro essa cadeira, é caríssima só porque é de design' continuam a encher-nos os ouvidos.

Porque parece claro que o design está sempre lá; pode é ser mau [porque de claro mau gosto ou por ter funcionalidade zero] ou menos apreciado.

Mas existe sempre. É incompreensível que as pessoas não percebam isto, que parece tão simples.

Espero que o 'district' se alargue a todo o país.

Enquanto tal não acontece, muitos parabéns a quem de direito pela ideia. Mesmo que seja [é?] apenas uma estratégia comercial [para que as nove lojas fundadoras desta associação vendam...] é fundamental para a divulgação de uma 'cultura do design', para a revitalização dos espaços [sejam as lojas sejam os destinos dos produtos aí adquiridos] e da própria cidade.

Boa.



Lojas aderentes:

Armani Casa
Ligne Roset
Boffi
Santos da Casa
Conceição Vasco Costa
Domo
Loja do Banho
Paris Sete
Steinwall
York House
A. da Costa Cabral

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01 fevereiro 2006

Truque para combater o FRIO, o stress e altos vôos gastronómicos:


ir ao ginásio.

Run !

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